Auction

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Você não é o primeiro a tentar e descobrir
O que há de errado comigo
Eu vou ser o primeiro a admitir que sou difícil de agradar
Estou com medo de descobrir que eu poderia ser bom para você
Por que é um passo mais perto da vida com você
E isso não é comigo, não
Nick Jonas - unhinged

Helena Blake pov

Senti minha cabeça doer e abri meus olhos, estava escuro como se estivesse de olhos fechados. Meu corpo estava em movimento,  eu dentro de um carro e podia sentir de que havia um saco na minha cabeça, era a explicação para a escuridão que eu enxergava. Pisquei duas vezes e balancei a cabeça, aquilo não poderia estar acontecendo comigo. Fui tentar tirar o saco, me levantar e sair dali, mas com às mãos presas em algemas, eu não poderia fazer nada. Estava completamente assustada, prestes a ter um ataque de pânico de tanto que meu coração batia fortemente em meu peito.

Senti o carro começar a parar e depois o freio, ele havia estacionado. Eu já estava perdendo um pouco de ar, também com aquele saco na cabeça... Tinha certeza de que estava no porta malas. E acho que estava sim, ouvi a porta do carro ser aberta e depois bater, logo depois algo se abriu na minha frente e sente uma brisa em algumas parte do meu corpo.

Meu corpo foi pego por mãos grandes e saí do porta malas. A pessoa foi me guiando com suas mãos em meus ombros, não pronunciei nada até perceber que estávamos entrando em uma casa. Outra vez, ouvi uma porta se abrir e entramos. O capuz que estava em minha cabeça foi retirado e pude respirar com mais facilidade. Tive que deixar meus olhos um pouco fechados para se acostumar com a luz do ambiente. Eu estava em um quarto branco e com uma cama de casal, onde havia duas caixas em cima dela.

— Você tem quinze minutos para se arrumar, as roupas estão na caixa. — Ordenou o homem, quando me virei para vê-lo, ele já estava saindo do quarto, não deu para ver como ele era, apenas seus cabelos pretos eram visíveis pra mim.

A porta foi fechada e fiquei sozinha no quarto, lembrei das ordens do homem e me aproximei das caixas em cima da cama, abri uma delas e havia um vestido vermelho carmim, aberto atrás e com um decote na frente. Abri a outra caixa e havia um par de sapato preto com salto alto e fino.

Meu Deus, o que estava acontecendo? Para que isso? Eu fui para o banheiro e me livrei das roupas, às mesmas que estava usando na casa do Jungkook antes de me tirarem de lá a força. Liguei o registro do chuveiro e senti a água morna me molhar.

— Droga! — Resmunguei.

Jungkook deveria estar se divertindo com Sook nesse momento, não deve nem estar lembrando da minha existência. Saí do banho depois de uns seis minutos, desliguei o registro e me sequei na toalha. Saí do banheiro e vesti o vestido, calcei os sapatos e fiz um penteado simples. Havia uma penteadeira com maquiagens em cima dela, fiz uma simples, mas passei um batom vermelho para combinar com o vestido.

Quando os quinze minutos se passaram, o mesmo homem que havia me levado pro quarto, apareceu já vestido de smoking branco. Soltei um suspiro e dei um sorriso de lado na tentativa de seduzi-lo, ou apenas ser simpática, mas foi em vão. Caminhamos juntos pelos corredores até chegar em um salão, onde havia várias mesas com homens em volta. Todos estavam elegantes, vestindo somente smoking preto. No palco, estavam seis meninas, incluindo eu. O homem me conduziu até elas, subi no palco e fiquei ao lado de uma.

Sem saber o que estava acontecendo, eu observei às expressões das garotas, estavam tão assustadas quanto eu. Acho que nem mesmo elas sabiam o que estava acontecendo, ou já sabiam e por isso temiam.

Às luzes do palco foram acesas e direcionados ao palco, iluminando eu as outras garotas.

— Bem-Vindos a mais um leilão!

Ouvi uma voz masculina dizer e o eco das palmas preencher o local. Com ajuda das luzes, eu pude ver perfeitamente o Taehyung no fundo da plateia com um sorriso debochado entre seus lábios. Foi aí que caiu a ficha, nem Jungkook e nem ninguém poderiam me salvar do meu trágico destino.

Depois de todas as meninas serem vendidas, eu era a única que estava no palco, sozinha e com medo do louco que me compraria.

— Eu tenho 100 milhões de dólares, alguém da mais? — O homem que comandava o leilão, disse.

Os valores só aumentavam junto com meus desespero. Eu não queria ser vendida, não sou mulher disso!

— Meu lance é de 250 milhões de dólares! — Disse o homem a minha direita.

— Vendida, venha buscar seu prêmio.

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