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Narrador

Lucille foi até a sala de estar onde sua mãe tocava piano e seu pai se deliciava com a melodia, parou no meio e disse:

— Hoje vou trazer uma rapaz aqui!

A mãe para de tocar e a encara

– Mais um daqueles? — O pai pesa o semblante.

— Não, esse é diferente!

Os responsáveis se entreolham.

— Ok, vou pedir para Rose preparar um jantar especial. — A mãe avisa e se retira.

— Onde o conheceu? — O pai encara a menina.

— Através da minha colega de quarto.

— A Mary Kate? É esse nome né?

— Sim! — Sorri.

— Certo, vamos conhecer o tal rapaz e vê o que vai suceder.

[ ... ]

O jantar foi agradabilíssimo, Jeremy e Louise ficaram encantados por Jake e orgulhosos por Lucille.

Após o jantar eles foram andar pelo enorme jardim da casa da garota.

— Sua casa é de tirar o fôlego. — A encara.

— Preferia que essa fosse eu mas ok...

Ambos gargalham e ela o leva até a entrada.

— Eu ainda não entendi tudo isso, desculpa. Mary pediu para eu fazer isso? É o que? Algum tipo de fachada para seus pai ou...?

— Não! Eu não quero me meter, mas as coisas entre vocês terminaram. Como você bem sabe ela disse que eu podia te chamar. Desculpa, mas eu adorei conversar com você naquele dia que foi no dormitório. Mesmo por pouco tempo, eu te achei diferente...

— Tudo bem!— Sorri — Bom, mais uma vez eu adorei o jantar. — Dá um beijo no rosto da menina

— Obrigada, Jake. Nos vemos?

— Claro, Boa noite! — Ele entra em seu carro e a menina da um tchauzinho.

[ ... ]

Mary passou o resto do dia repousando e Stanley estava muito preocupado com a filha, pensando seriamente em tira-la da universidade .

Às 20:00 eles já estavam na cama.

[ ... ]

A rua estava silenciosa e deserta, ele não tinha com o que se preocupar. Andou lentamente até a cerca e abriu o pequeno portão. Continuou andando sob o gramado recém cortado e colocou o pé no degrau da escada de madeira que range em resposta. Com uma espécie de grampo conseguiu abrir a porta com extrema facilidade. Aí pode perceber o quanto Stanley estava descuidando de sua segurança.

Entrou na sala e observou a decoração simples e antiga.

Subiu lentamente a escada passando a mão pelos quadros na parede. No topo da escada havia uma porta para a esquerda e outra para a direita. Ele sabia qual escolher, já tinha observado de fora. Foi para a direita e abriu lentamente a porta.

Viu Mary dormindo calmamente, sentiu um forte impulso de falar com ela mas sabia que não podia.

Encostou a porta e desceu as escadas, deu uma vistoria pelos cómodos térreos e não achou nada. Sabia que teria que voltar novamente para explorar o quarto de Stanley e o porão.

Blind EyeOnde histórias criam vida. Descubra agora