Capítulo 25

781 51 10
                                    

           

Domingo - 11 de Fevereiro

- Porra, picinho, que preguiça, porque a gente marcou esse almoço na casa da mãe, eu to morto, temos mesmo que ir? - To largado no sofá da sala do apartamento que alugamos na segunda feira passada. Minhã mãe conseguiu com uma amiga, a filha dela foi morar no exterior com a família, então o apartamento tá todo mobiliado, era só entrar, foi perfeito.

Perfeito, a última semana foi uma loucura, mas perfeita. Ao acordarmos no domingo, ainda na casa do Tomtom, a primeira coisa que fizemos foi ligar para o Malik, juntos. O guri ficou tão feliz que até dançou, foi fofo, emocionante e muito engraçado também. Teve um momento mais tenso, logo no início da conversa, quando ela ouviu ele me chamar de pai, eu tentei reagir de forma natural, mas de rabo de olho, vi a mudança nela e Malik também.

- Tá tudo bem, Dotôa? Porque tá chorando?

- De felicidade, guri, é lindo ouvir você chamando o Marcos de Pai, lindo. - A resposta dela me relaxou, a mudança que notei foi de emoção.

Depois da conversa com Malik, falamos com nossas famílias e ambas queriam comemorar, acabamos todos na casa dela, num churrasco, mas, com a promessa que no domingo seguinte, ou seja hoje, almoçarmos todos na casa dos meus pais.

A questão de onde ficaríamos surgiu durante o churrasco, Mayla quem quis saber onde moraríamos. A gente se olhou e riu, não tínhamos pensado nisso e Tomtom chegaria de viagem no meio da semana seguinte.

- Vocês podem ficar aqui. - Volnei disse animado.

- O seu quarto também está disponível em casa, meu filho. - Minha mãe também entrou na conversa.

Nem é preciso falar, claro que todos entraram na discussão sobre onde nós iriamos morar, argumentos não faltavam para ambos os lados. Eu puxei a Emilly para um canto, deixando nossas famílias na discussão.

- O que tu acha de tentarmos achar um lugar pra nós, só pra nós, a gente aluga um apartamento mobiliado já, essa discussão de onde devemos ficar não vai ter fim. Aí, depois que o guri nascer, a gente procura com calma algo nosso.

- Eu ia adorar, meu bem, mas em tão pouco tempo, será que a gente consegue? - Ela me abraça feliz com a ideia.

- Se nossas famílias nos ajudarem com a mesma disposição que estão discutindo onde ficaremos, acho que sim, e até quarta podemos ficar no Tomtom.

- Eu super topo.

Voltamos para perto deles e comunicamos nossa decisão, claro que primeiro houve muita reclamação, mas depois, nos apoiaram. Mayla já foi para a internet procurar, Volnei foi ligar para uns amigos corretores e minha mãe para as amigas. No fim do dia já tínhamos três lugares para ver e fomos todos, depois de mais um momento CONSELHO DE FAMÍLIAS, o escolhido foi o que estamos agora, nem tanto pelo apartamento, mas pela velocidade com que conseguiríamos entrar.

Na quinta fomos almoçar na casa dos meus pais, mais uma armação Harter Araújo, mas agora com o intuito de que e minha irmão nos entedessemos. Quando todos saíram da sala e nos deixaram sozinhos, começamos a rir, não tínhamos muito o que falar, somos difícies, muito parecidos, cabeças duras, mas nos amamos, então foi bem mais simples do que minha mãe e Emilly imaginaram.

Já estávamos nos despedimos quando a bolsa da Carol estorou e mudou os nossos planos, não iriamos mais pra casa e sim para o hospital, ainda tentei convecer a Emilly de deixá-la na casa do Volnei, mas ela insistiu em ficar.

Estávamos no quarto, aguardando a dilatação necessária, quando Carol me chamou pra perto dela.

- Irmão, posso te pedir uma coisa? - Eu a olhei preocupado, ela estava séria.

Enquanto não volto pra vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora