Dezembro, 2025
Vestido em apenas uma fralda vermelha, o pequeno recém-nascido no berçário mexia suas pernas e braços enquanto chorava. Ele era o único bebê ali.
- As vacinas acabaram - uma mulher loira, vestida em um jaleco vermelho, anúnciou de pé na porta do berçário, ela tinha uma expressão neutra.
Um homem de cabelos grisalhos estava ao lado dela, ele também vestia um jaleco vermelho.
- Quantos bebês sobraram? - O homem perguntou, sua expressão neutra igualmente a da mulher.
- Apenas um aqui - ela respondeu e indicou o recém-nascido que havia parado de chorar, seus olhinhos estavam fechados e ele parecia cansado - Mas tem mais três outros no berçário do andar de cima
- Leve todos eles para a sala de execução - o homem falou, seu tom de voz sempre calmo e sua expressão sempre neutra.
- ... sim, sim senhor - a mulher assentiu, mas devido a sua leve hesitação, o homem a encarou.
Ele se aproximou da mulher e segurou o braço dela com força. Ele virou o braço dela, levantou a manga e pressionou seu dedo no espaço entre o polegar e o indicador dela.
- Onde está seu chip? - o homem perguntou e apertou o braço dela com força, para que ela não pudesse sair.
No segundo seguinte um barulho alto de alarme soou por todo o hospital.
Era agora.
A mulher moveu sua mão livre agilmente para abrir o jaleco e puxar um revólver do coldre em sua cintura.
Ela mirou a arma na cabeça do homem, antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, e atirou. Dois tiros.
O homem caiu instantaneamente e sangue espirrou no rosto da mulher, nas roupas e nas paredes.
- Ah, merda, merda, merda! - a mulher respirou, um pouco aliviada por poder agir normal agora, sem fingir não sentir nada diante aquelas coisas.
Sons de tiros soaram e pareciam vir do andar de baixo. Ela se apressou indo até o único bebê naquele berçário. Ele agora chorava de novo, seu rostinho e bracinhos haviam sido sujos com os respingos de sangue.
- Shh, shh, está tudo bem agora - ela tentou acalmar o recem-nascido. Ela segurou o braço dele e olhou a pequena pulseira de papel com o nome dele - Você vai ficar seguro agora, Louis. Shh!
A mulher saiu do berçário, em um dos braços segurava o pequeno bebê Louis e o outro ela estendia a sua frente segurando o revólver.
Ela se encostou na parede quando ouviu passos, logo um homem de jaleco vermelho, que ela não conhecia, apareceu no topo das escadas. Ela mirou nele e atirou. Dois tiros. Ela só tinha mais duas balas agora. O homem caiu e sangue espirrou para todos os lados.
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[R]evolution | l.s au
Science Fiction[FINALIZADA] Um lugar onde é proibido amar ou ter qualquer sentimento de afeto ou compaixão. Aquela era a realidade atual de parte do Reino Unido. Um lugar onde todos que nascem recebem uma vacina para não ter sentimentos e apenas servir ao líder. ...