O mês de julho foi marcado por mais dois ataques no Reino Unido, um em Londres na Inglaterra e dois em Belfast na Irlanda.
– Definitivamente ele parece ter achado um lugar preferido além de Paris – disse Adelaide para Orion enquanto as duas trabalhavam no caso em sua escrivaninha.
– Já está falando em mandar gente nossa para lá para trabalhar com eles na investigação, assim como fizeram nos outros países – disse Orion enquanto preenchia um pergaminho.
– E você está torcendo para que seja você? – Perguntou Adelaide, sentada na frente da amiga.
Orion olhou para o horizonte por um tempo. Seria assim tão ruim voltar para lá? Mas e Boone? E toda a sua vida aqui? Pensava ela.
– Não sei, eu iria se mandassem, mas só se o Boone fosse comigo – disse ela.
– A quanto tempo você não vai lá? – Perguntou Adelaide.
– Desde o aniversário do meu irmão em maio, eu vou agora para o aniversário da minha mãe – disse Orion.
– E você vai ver o seu ex?
– Não – disse Orion a olhando –, ele nunca vai nos eventos que ele sabe que eu vou estar, a não ser o batizado da minha sobrinha, esse eu sei que ele vai, ele vai ser o padrinho da outra criança... – Disse Orion, sentindo uma pontada de nervoso e enjoo.
– E como vai ser isso? Está nervosa? – Perguntou Adelaide, parecendo se entreter com a história.
– Sim, muito, eu não o vejo desde aquele dia no cemitério e eu não sei como vai ser ver o Tiago.
– E o Boone, vai com você? – Perguntou Adelaide.
– Não sei, vai eu acho, eu sinceramente não sei e nem quero pensar nisso agora – disse Orion, pegando um novo pergaminho de sua mesa.
– Orion, Orion, eu ainda acho que você precisa resolver isso do seu passado e seguir em frente com o Boone, quem sabe casar, quem sabe ter filhos... – Disse Adelaide com seu jeito sincero e espontâneo de sempre.
– Não sei do que preciso seguir mais em frente Adelaide, eu já deixei o Tiago para trás e ele me deixou também.
– Mas seus olhos ainda brilham quando você fala dele – disse Adelaide.
– Chega, é sério, vamos trabalhar? – Brigou Orion, olhando sério para a amiga.
Adelaide começou a discutir o caso com Orion, mas sua mente vagou longe, vagou para o dia em que ela e Tiago haviam decidido terminar o relacionamento dos dois.
Orion estava sentada no expresso de Hogwarts, aquela era sua última viagem, a viagem de volta para casa depois de seu sétimo ano na escola, aquele terrível ano que passou voando, ela e Tiago, como sempre nos últimos tempos, não se falavam e nem se olhavam direito, apenas sentavam um do lado do outro enquanto os outros riam e se divertiam. Orion pensava que os dois estavam evitando uma conversa que não devia e nem podia mais ser adiada.
Depois de chegar em casa, Orion foi surpreendida com a visita do rapaz, finalmente a hora daquela conversa chegara e eles foram até a praia para tê– la.
– O que nós vamos fazer? – Perguntou Tiago caminhando ao seu lado e quebrando o silêncio entre eles.
– Quanto a nós? – Perguntou Orion, já se adiantando e sabendo o tema da conversa.
– Sim, quanto a nós... – Disse Tiago triste.
– Eu não sei Tiago, eu te amo, eu te amo de verdade, mas eu não consigo – Orion começou a falhar a voz e querer chorar– , eu não consigo olhar para você e não pensar nele...
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Assassino da rosa branca (segunda geração) - Livro 8 (EM REVISÃO)
FanficCinco anos depois dos acontecimentos do livro "Orion Macmillan e os quatro escolhidos", a auror Orion Macmillan se vê no meio de um grande mistério, um assassino bruxo que mata trouxas e nascidas trouxas com a maldição da morte e deixa uma rosa bran...