A TRANSFERÊNCIA (PARTE 2)

808 100 32
                                    


Orion acordou sem saber aonde estava, via uma sala branca e muito iluminada, estava deitada em uma cama branca e relativamente confortável.

– Ei, você acordou – disse uma bruxa com uma veste azul clara.

Orion olhou ao redor melhor e percebeu imediatamente que estava no hospital bruxo de Paris.

– O que houve? – Perguntou Orion nervosa.

– Calma, calma, seu marido está do lado de fora lhe esperando, sua amiga também, você está bem, reagindo bem as poções – disse a bruxa.

– Okay, mas o que houve comigo? – Perguntou Orion de novo, agora mais nervosamente.

– Você foi atingida em campo, um feitiço quase mortal, está desacordada já tem dois dias, mas está reagindo bem.

– Como eu fui atingida, eu peguei a minha varinha de volta...

– Eu vou deixar que te expliquem melhor, eu sei apenas dos detalhes de curandeira, talvez eles saibam explicar, vou pedir para sua amiga e seu marido entrarem, okay? – Perguntou a enfermeira.

– Sim, meu namorado, não marido – corrigou Orion.

A Enfermeira não ligou muito, apenas saiu e foi chamar Boone e Adelaide.

– Ai meu Deus Orion, pelo amor de Deus, não faz mais isso com a gente! – Disse Boone, correndo ao seu abraço.

– Quando falaram o que aconteceu eu quase morri de agonia – disse Adelaide, agora também abraçando a amiga.

– Alguém me conta o que aconteceu pelo amor de Deus? – Pediu Orion agoniada tentando sentar.

– Calma, fica sentada, eu vou falar – disse Adelaide, contando detalhes sobre como o bruxo a atingiu antes que ela pudesse atacá– lo, mas que ele foi preso pelo auror que estava lhe dando cobertura e agora aguardava julgamento.

– E era ele mesmo o nosso cara? – Perguntou Orion.

– Sim, era ele mesmo, pelo menos isso veio de bom dessa confusão toda – disse Adelaide sorrindo.

– Eu não gosto disso, eu não gosto disso mesmo, isso de você ser auror, de você se arriscar tanto, eu não gosto disso – disse Boone um pouco irritado.

– Bem, Boone me desculpe, mas esse é meu emprego, é isso que eu faço, eu vou sempre ter que me arriscar, é para isso que eu ganho – disse Orion, agora mais irritada do que ele.

– Eu sei Orion, mas já é a segunda vez que eu te visito no hospital – disse Boone.

– Terceira... – Corrigiu Adelaide um pouco sem graça.

– Eu sou uma auror e isso vem com o trabalho poxa – disse Orion tentando ser mais delicada.

Orion passou alguns dias no hospital antes de poder voltar para casa, ela recebeu a visita de seus pais (Peter quis tomar o comando dos seus cuidados e acabou discutindo com um dos curandeiros chefes).

– Me desculpe senhor Macmillan, o senhor pode ser chefe, ou diretor, ou o que seja do hospital em Londres, mas aqui mando eu! – Disse o bruxo depois de muita discussão.

Orion voltou para casa, mas ganhou dois dias de folga (o que a estava deixando agoniada, já que tudo que queria era volta para o trabalho).

– Você é a única pessoa que eu conheço que não aprecia uma boa folga – disse Boone enquanto servia café na cama para a namorada.

– Eu sei, mas é que eu quero muito trabalhar logo, eu preciso contar tudo que aconteceu, dar o meu relato, eu preciso! – Disse Orion pegando um pedaço de torrada do prato que Boone trouxe na bandeja.

O Assassino da rosa branca (segunda geração) - Livro 8 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora