O Assassino da rosa branca (segunda geração) - Livro 8 (EM REVISÃO)

A ROSA EM ABERDEEN (PARTE 1)

Orion chegou em casa ainda muito nervosa, ela se sentou em um banco no lado de fora da casa e ficou obervando o mar por um tempo antes de entrar.

- Eu costumava fazer a mesma coisa que você quando estava chateada, ainda faço na verdade – disse Hydra, se sentando ao lado da filha com duas xícaras de chá flutuando ao seu lado, Orion pegou uma e deu um gole.

- Ele está realmente doente, realmente, realmente doente, eu não sei se ele está sofrendo porque não sei se ele está lúcido o suficiente para isso – disse Orion, ainda observando o balanço do mar na frente dela e relaxando com o seu som.

- Eu sei e eu sei que eu deveria sentir mais do que eu sinto agora talvez, mas eu não consigo – disse Hydra, dando um gole em seu chá e parecendo miseravelmente culpada.

- Ele te agrediu a sua vida jovem inteira mamãe, ele te deixou com uma cicatriz, ele te rejeitou, você não deve nada a ele, tenha certeza disso – disse Orion olhando firme para a mãe -, mas seria bom que vocês pudessem arrumar tudo antes dele...

- Dele morrer – completou Hydra -, eu sempre achei que isso ia acontecer, mas os anos foram passando e nada, ele tentou me salvar algumas vezes durante a guerra, ele nunca me quis morta, apenas controlada, isso é verdade, mas isso não compensa tudo o que ele fez comigo, eu ainda não consigo...

- Você não precisa mamãe, mas você talvez fossse se sentir melhor se fizesse, eu não sei o quanto ele ainda vai viver – disse Orion.
- Eu vou ver o que eu faço Orion, sinceramente, mas não agora, agora eu vou dormir e você deveria fazer o mesmo – disse Hydra alisando o rosto da filha.

- Você foi... aliás, você é uma mãe maravilhosa, você sabia disso? – Perguntou Orion sorrindo para a mãe.

- Eu tentei meu máximo – disse Hydra.

- Você e papai me deram tudo que eu poderia esperar, eu não sei o que eu seria se eu tivesse vivido como você, a vovó Narcisa foi carinhosa eu sei, mas... Você foi, aliás, você É muito forte mamãe, eu tenho muito orgulho de você – disse Orion, olhando os olhos da mãe que ficavam mareados agora.

- Obrigada por me dizer isso – disse Hydra ainda disfarçando as lágrimas emocionadas.

- Eu aprendi hoje que é melhor dizer logo o que você sente para as pessoas que amamos, nunca se sabe quando pode ser tarde demais... – Disse Orion voltando a olhar para o mar.

- Eu sei, seu eu pudesse voltar no tempo tem tanta coisa que eu queria ter falado para tanta gente, mas eu acho que principalmente para o meu primo, Sirius Black, porque para o Fred eu disse o quanto eu amava tantas vezes que ele até me enchia com isso, a minha prima Tonks eu disse que a amava também, até ao Lupin eu agradeci por tudo por muito tempo, agora o Sirius... o Sirius eu nunca pude falar nada, nunca pude conversar com ele direito e ele era tão parecido comigo em tantas coisas... – Disse Hydra também observando o mar.

- Ele ficou doze anos preso injustamente, não ficou? – Perguntou Orion, voltando a olhar para a mãe.

- Sim e quando saiu eu só descobri que ele era inocente anos depois, nem tive a oportunidade de conversar com ele direito antes dele morrer, foi no mesmo ano, minha detestável tia Bellatrix fez o trabalho sujo, assim como fez com a Tonks...

- Eu não entendo como as vovós Narcisa e Andrômeda podem ter tido uma irmã assim – disse Orion um horrorizada.

- Eu sei disso, é meio impossível de pensar na Bellatrix agora que ela não existe, mas ela me torturou, tentou me roubar a Libra, ela era um monstro... – Disse Hydra com uma voz atormentada.

- Eu sinto muito mamãe – disse Orion segurando a sua mão.

- Tudo bem, está tudo no passado agora, graças a Deus – Hydra olhou para a mão da filha e depois para os seus olhos cinzas -, seu nome é em homenagem a ele, sabia? Ao Sirius? – Perguntou Hydra.