Capítulo 8 - O inesperado

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(...) — Eu quero tentar. Agora é a minha vez de te dar prazer.— disse nos ouvidos de Cosima, colocando uma das mãos na virilha da parceira, levando cada pelo do seu corpo a um extremo arrepio.

Delphine iniciou com pequenas mordiscadas na altura da virilha de Cosima. Suas mãos subiram até a altura da bariga da morena, explorando cada parte, fazendo cada contorno, sentindo cada trecho de sua pele macia e quente, a massageando enquanto a boca permanecia nos arredores do seu centro. O corpo da morena praticamente implorava pela aproximação em seu sexo. Delphine, apesar de novata no assunto, definitivamente sabia como provocá-la e instigá-la.

Delphine tentava se guiar pelos próprios instintos, tomando como ponto de partida o que Cosima havia feito em seu corpo, suas sensações. Aos poucos ia se conhecendo melhor e percebendo aquilo que mais lhe trazia prazer, o que com certeza ajudaria na hora de dar prazer à sua parceira. A ligação com Cosima parecia algo extrassensorial, como se sentisse transportada para um mundo à parte, alheio a tudo, em que apenas as duas importavam.

Já estava curiosa por saber como era o gosto da sua amada e, por isso, provou-a logo em seguida. Sua língua sentia a umidade de Cosima e o calor irradiado dali, o que simplesmente deixou Delphine extasiada. Sua língua rodeava o clitóris da jovem em movimentos ágeis, que se revesavam com suaves compressões de seus lábios naquela área. "Como você é deliciosa", ela murmurava, sem cessar seus ousados movimentos. A língua logo se infiltrou no interior de Cosima, que já se arqueava e quase rasgava os lençóis da cama. Ela simplesmente estava amando aquela ousadia. Cosima já havia se relacionado com várias mulheres, algumas muito experientes, como era o caso de Aysnley, mas com Delphine era diferente. Ela não sabia explicar ao certo, tinha receio inclusive de estar se entregando demais, mesmo após recentes desilusões, mas era como a Terra e a Lua, havia uma força que as atraía de uma forma inimaginável, algo que simplesmente acontecia. Era incrível a ligação das duas, como os corpos conseguiam se conectar e compreender o que cada uma desejava de uma maneira natural.

Foi a vez de Delphine experimentar colocar seu dedo no centro de Cosima. Com movimentos lentos, primeiramente, como reconhecimento, mas com um ganho de ritmo gradativo, enquanto a língua estimulava o clitóris. Cosima gemia e isso era como música para os ouvidos de Delphine. A cadência foi crescendo e Cosima foi cada vez mais chegando próxima ao clímax. A morena se segurou ao pescoço da parceira, de forma intensa, até mesmo insana, seus corpos colados pelo suor, com uma quase dormência, quando atingiu o ápice.

— Pelo visto, os números não são seu único talento. — foi a única coisa que Cosima teve energia para dizer.

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Delphine estava recostada sobre Cosima, que acariciava seus cabelos e a aninhava. Seus corpos nus envoltos exclusivamente pelos cobertores. As duas espertamente, talvez até tardiamente, tinham unido as duas camas de solteiro e forrado o ponto de encontro delas, para que simulasse, na medida do possível, uma cama de casal. Permaneceram ali incontáveis minutos, apenas se sentindo, de forma que se ficassem ali pra sempre, seria o suficiente para ambas.

— Eu tenho que comparecer ao Rh amanhã para prestar esclarecimentos. Chegou uma notificação pra mim lá no escritório. — mencionou Delphine saindo momentaneamente do transe em que as duas se encontravam.

— Nossa, eles foram rápidos. — Cosima ergueu as sobrancelhas surpresa e pegou os óculos que estavam sobre a estante próxima. — Aynsley comentou mesmo que isso aconteceria, vou avisá-la, pois parece que ela tem que te acompanhar. Ela deve te dar instruções sobre o que falar, como agir, para solucionar de uma vez esse problema.

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