Sina - A viagem

Capítulo 18

Muito bem, pessoaaal! Como prometido, aqui está o capítulo 18 completo! 

Catarina recebeu o aviso, será que ela vai conseguir seguir o que a Cigana aconselhou?

Boa leitura, comentem, votem e espalhem o amor por Sina <3

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Eu já havia imaginado meu casamento várias vezes. Eu e Elise fazíamos isso sempre que não tínhamos nada para fazer aos 9 anos. Na minha cabeça, meu casamento seria um evento maravilhoso, ao pôr do sol, ao ar livre, na praia ou no campo. A minha música de entrada seria tocada por uma orquestra e pétalas brancas estariam voando ao meu redor enquanto eu estivesse caminhando em direção ao homem da minha vida. Depois que nós completamos 15 anos, começamos a ver que nem todos os homens eram príncipes encantados e que nós não éramos aquelas princesinhas frágeis da Disney – com exceção da Mulan, porque Mulan é e sempre vai ser minha princesa favorita – e que nós não precisávamos sonhar exclusivamente com um casamento, que a vida tinha muitas outras oportunidades para nos oferecer. Até que eu conheci o traste com quem eu passei a maior parte da minha adolescência e início da vida adulta, e foi ai que eu voltei a imaginar a minha cerimônia da Disney.

O homem da minha vida, por muito tempo, teve o rosto do Bernardo, mas agora tinha um rosto completamente diferente.

Mas eu tinha que lembrar que aquele casamento não era meu, eu estava ali substituindo a real noiva, tudo isso para uma causa nobre. Mas era difícil lembrar desse pequeno detalhe enquanto todo mundo estava voltado para o evento do ano que, de fato, seria o casamento de Cedric e Marie. E quando eu digo todo mundo, era todo mundo mesmo.

A cidade inteira parou para se preparar para o casamento das altezas reais dos dois reinos mais poderosos da região, eu não sei o que tinha de tão extraordinário nesse casamento, mas eu vi umas duas ou três mulheres chorando de alegria quando descobriram que o casamento estaria próximo. Muito provavelmente isso era reflexo da necessidade do povo de Baltícia em comercializar com Vásquez, ou então era apenas o frisson de uma princesa e um príncipe estarem se casando. Independente da causa de tanto alarde, meu coração ainda doía toda vez que eu lembrava que, não, eu não estaria ali para viver uma vida com ele. Eu passei meses resistindo aos encantos de Cedric, assim como ele tinha feito comigo, mas infelizmente eu acabei caindo na minha própria armadilha e agora toda vez que eu olhava para Cedric o meu coração doía, doía por que eu sabia que, depois que eu partisse e Marie voltasse, nada iria mudar para ele.

Já para mim as coisas seriam um pouco diferentes.

Eu realmente não conseguia imaginar como seria minha vida depois que eu voltasse para o meu tempo e para o meu país. Quer dizer... Quanto tempo já havia passado desde que tinha ido para o passado? Uns 6 meses? O tempo corria igual nos dois lados da moeda? Eu ainda teria meu emprego e minha casa ou teria que morar embaixo da ponte e morrer de fome? Tudo isso, além de toda a tristeza de ter que deixar a pessoa que eu amava, estava preocupando a minha cabeça e o meu coração.

Mas ali eu não era Catarina, ali eu era a princesa Marie, noiva, feliz, sorridente e mais brilhante que o sol. E era esse o papel que eu tinha que manter.

Mesmo que, por dentro, tudo em mim estivesse em fragalhos.

Dias após o pedido de Cedric e a oficialização do noivado, toda a cidade parou por pelo menos dois dias em uma festividade intensa em comemoração ao noivado, bandeiras com os brasões das famílias Leoni e Passamani foram espalhadas por todas as ruas da cidade e, todos os dias, flores amarelas, que eu descobri através de Magdalena serem símbolos de eternidade, eram jogadas pelos muros do castelo, isso era o povo desejando que a união entre eu e Cedric, ou melhor, entre Marie e Cedric, fosse eterna.