Capítulo 08 - Apolo

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          Era estranho estar sentada em uma mesa tomando chá com uma deusa. Principalmente quando essa deusa é Afrodite, os seus olhos gélidos estudavam o meu rosto a cada instante. Assim que Afrodite apareceu, fez Cérbero sumir e os ataques de esqueletos cessaram. Akira ficou ajudando os feridos, enquanto Kíron havia nos acompanhado até uma sala. Afrodite insistiu que queria conversar comigo a sós, mas Daisy e Ithan deixaram bem claro que felizmente esse desejo não poderia ser concedido.

— Não se preocupe querida, não demorarei muito. Adoraria que esses seus amigos me deixassem a sós com você, mas como eu sei que eles não vão, irei falar do mesmo jeito. Eu aprecio a lealdade que vocês tem com ela, mas vocês não podem protegê-la pra sempre. — Afrodite lança um olhar mortal para Daisy e Ithan, mas quando seu olhar se direciona a mim, se suaviza. — Eu esperei tanto por esse momento, Víollet. Você se parece tanto com sua mãe e ao mesmo tempo é a minha cara. Pelo menos a minha bênção serviu pra algo a mais do que te proteger.

              Ithan engasgou, Daisy derrubou sua xícara no chão e eu arregalei os olhos.

— O quê? — Meu tom de voz deve ter saído esganiçado, pois a deusa se afastou ligeiramente para trás.

— Deixe me mostrar querida, assim será mais fácil.

               Afrodite pegou na minha mão e eu senti que minha cabeça se desprendia do meu corpo, uma tontura me invadiu e minhas memórias ficaram turvas.

               Era uma lembrança, uma lembrança de quando eu tinha cinco anos. Uma versão de mim pequena saiu correndo atrás de Will, com um cabo de vassoura na mão, eu me lembro exatamente porque eu estava furiosa daquele jeito. Will tinha comido meu pudim.

              Tia Ruth, a mãe da Daisy, morava perto da nossa casa, Will saiu correndo em disparada para lá. Eu tentei acompanhar ele, mas acabei tropeçando em uma pedra e caí. As últimas coisas que me lembro foi de ter fechado os olhos bem forte por causa da luz do farol de um carro, de ter sentido uma ventania se formando e quando abri os olhos novamente o carro estava do outro lado.

             Observando a cena agora, percebi que não tinha sido o vento que havia feito com que o carro fosse arremessado. E sim a figura de uma mulher. Uma mulher alta, com cabelos louros, cuja a beleza era incomparável com a de outro ser.

— Eu te protegia desde do momento que você nasceu Víollet, bastava apenas você estar atenta aos detalhes.

               Minha boca escancarou e eu quase ia engolindo um mosquito.

— Eu só vim te fazer uma visita. Creio que Apolo deve lhe fazer uma surpresa em breve, por isso quero que fique com isso.

                Ela pegou meu braço e prendeu nele uma pulseira. Uma pulseira prata com um delicado detalhe de uma flor ao meio.

— Apenas quando você precisar aperte a flor, eu vou voltar a ver você em breve, querida. Apenas lembre-se de uma coisa, nem tudo que vemos e ouvimos é real, na maioria das vezes pode ser ilusão da sua cabeça.


Com um clarão ela desapareceu e me deixou para trás, com inúmeras dúvidas.

— Definitivamente, chega de maluquices por hoje.


       Já era noite. Depois de ter recebido a visita de uma deusa, Daisy, Ithan e eu fomos ajudar alguns campistas feridos. Minhas pernas estavam pedindo clemência, meus olhos eram mantidos abertos com muito esforço, tanto esforço que Daisy estava precisando me arrastar para irmos para o nosso quarto.

A HERDEIRA: Filha De ZeusOnde histórias criam vida. Descubra agora