NÃO É UMA FANFIC DE PERCY JACKSON!
Capa feita pela @AllyMccallHale do projeto Black Star, da conta @annhyunu2.
As pessoas sempre tem um destino traçado para você, expectativas. E elas realmente esperam que você as cumpra ou que até mesmo as supere...
Depois que Edward fez aquela cena na cozinha ele havia saído correndo. Eric e eu estávamos parados no mesmo lugar, esperando o meu tio dar o ar da graça de aparecer. Não entendia o que exatamente eu estava fazendo ali, mas não conseguia ir embora. Na verdade eu não poderia ir, já que não sabia onde estava.
— O que exatamente eu estou fazendo aqui? — Eric me olhou impaciente.
— Edward queria conversar com você, sabíamos que não viria por conta própria então eu fui obrigado a te apagar. — Ele deu um sorriso de lado, cerrei meus olhos e dei um soco naquele rostinho bonito.
— Isso foi por me bater, seu imbecil. — Falei entre dentes, esfregando minha mão (agora) ferida.
— Ficou louca? Sua maluca. — O canto esquerdo de sua boca havia se ferido, sorri vitoriosa.
— Acho que quebrei minha mão. — Falei mais pra mim do que pra ele. Eric revirou os olhos e saiu da sala. Será que ele ia se vingar do soco me matando?
Cinco minutos depois ele voltou com uma caixa de primeiros socorros. Ele sentou no sofá e me chamou para que eu me aproximasse. Sentei devagar, sem tirar meus olhos dos seus. Ele pegou minha mão bruscamente.
— Ai. — Ele me olhou com raiva.
— Não estaria doendo se você não tivesse me acertado. — Dei de ombros.
— Agora estamos quites. — Ele terminou de enrolar minha mão com gaze e se aproximou do meu ouvido.
— Ainda não. — Meu coração se acelerou e meus pelos se eriçaram.
Agradeci a Zeus por Edward ter aparecido na sala justamente naquele momento. Ele olhou do canto da boca de Eric até a minha mão enfaixada e franziu a testa.
— Demorei porque não estava encontrando essa belezinha. — Ele nos mostrou um livro encapado com uma brasão ao centro.
— O que é isso? — Eric perguntou, o encarei.
— Isso é um Grimório. Era das bruxas que amaldiçoaram a nossa família, mas nunca consegui abrir. Precisa do sangue de uma bruxa e eu sou um lobo, então obviamente ele nunca foi aberto.
— Você não é um bruxo? — Eric me encarou como se eu fosse louca.
— Claro que não, sou um licantropo. — Franzi minha testa. O que raios era isso?
— É um nome sofisticado para lobo, minha querida. Agora me de sua mão. — Estendi minha mão enfaixada para ele. — Não essa mão, a outra.
Ele furou meu dedo com um alfinete e pingou uma gota do meu sangue no brasão. O livro abriu instantaneamente.
— O que quer com esse livro? — Ele folheava as páginas com pressa e seu olhar estava vidrado.
— Ehderclar na língua dos elfos significa supremacia. Eram bruxas, que deram origem a todas as criaturas mágicas. Elas eram misturas de várias espécies, possuíam vários dominus. — Explicou Edward.
— Ela não pode ser isso aí ou pode? Elas não ruíram com o próprio poder? — Perguntou Eric.
— Achei. Existiam três ehderclares, elas eram irmãs. Elas foram as criadoras de todos os seres mágicos, mas uma sucumbiu as trevas. Para o bem da humanidade e do mundo mágico elas mataram a irmã e consequentemente se mataram.
— O que isso tem a ver comigo? — Eu temia a resposta.
— Poder assim Víollet, não acaba. Almas grandiosas assim não se perdem ao vento. Só há uma explicação lógica para isso, você é a criança que herdou o poder das três irmãs. A profecia fala sobre você.
Fiquei em choque demais para dizer alguma coisa. E se a voz que eu escutava fosse de uma dessas irmãs? Preferi não comentar nada com Edward ou Eric, não confiava neles e pressenti que isso deveria ficar guardado apenas para mim.
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— Edward mandou eu vir te chamar. — Eric falou, ao abrir a porta do quarto provisório ao qual eu estava.
Depois de encher minha mente com mais informações do que eu pudesse processar, Edward me mandou para um dos quartos do local, para que eu pudesse pensar em tudo o que meu tio (que não estava morto) havia me dito.
— O que ele quer? — Perguntei confusa.
— Não faço a mínima ideia. — Ele deu de ombros.
— O que você é dele? Filho? — Ele começou a rir. Depois de cinco longos minutos ele me respondeu.
— Herdeiro da coroa, apenas. — Franzi minha testa. — Meu pai morreu em um acidente de carro e Edward me adotou.
— Como pode ser herdeiro da coroa? Não tinha que ser filho para fazer parte da linhagem da sucessão ao trono? — Ele levantou e começou a andar, fiz o mesmo.
— Em Meyer a coroa é passada para os filhos dos governantes atuais, sempre o primogênito. Sundeny é outra dimensão, governa quem o rei escolher, sendo filho legítimo ou não.
— Sundeny? Outra dimensão? — Perguntei assustada.
— O reino a qual seu tio governa se chama Sundeny. No reino mágico existem cinco dimensões, Meyer é a primeira e Sundeny a segunda. — Parei de andar um pouco. Era muita informação pros meus neurônios.
— Como minha mãe não soube que meu tio ainda estava vivo? Ele governa a segunda dimensão mais poderosa de todo o mundo mágico!
— Os governantes não possuem comunicação entre si. A única vez que precisaram se unir foi há quinhentos anos atrás, atualmente é cada rei e reino por si.
Estávamos novamente na cozinha, meu tio lia concentrado o mesmo livro de mais cedo.
— Preciso que sente-se. — Fiz o que ele pediu. — Vou voltar para a dimensão da sua mãe, está mais do que na hora de termos um encontro de família.
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Notas da autora: Oii, gente. O que vocês acharam do capítulo? Me digam, vocês shippam a Víollet com o Eric ou com o Ithan?