A HERDEIRA: Filha De Zeus

Capítulo 39 - Laço

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Arthur, bateu na porta de uma casa estranha, a construção tinha um tamanho médio e várias runas eram gravadas na entrada, distingui a silhueta do corpo de uma mulher com três cabeças humanas que pareciam gritar. Engoli em seco, aquilo não podia ser bom. Depois de mais três batidas, alguém atendeu. Arthur falou algo como: precisamos usar o seu banheiro, por favor. Não prestei atenção no que falavam, minha atenção estava voltada completamente para as runas.

— Não vai entrar, querida? — Despertei dos meus devaneios e encarei a senhora, meu queixo caiu. — Faça silencio, lhe explicarei tudo. Agora entre, se não seus amigos irão desconfiar de algo errado. Não vou lhe fazer mal.

A senhora parada ali na minha frente, era a mesma mulher que eu achei ser a bibliotecária do castelo, Amélia.

— Prove, que não quer me fazer mal ou eu grito. — Ela me olhou com impaciência, mas respondeu.

— Sei, que escuta Genevieve. — Arregalei os olhos, incrédula. — Não sou tola, criança. Tenho mais idade, do que você possa contar nos dedos. Agora, entre.

Adentrei a casa e fiquei surpresa. Meus amigos, estavam parados em um salão extremamente luxuoso, havia uma vidraça belíssima no teto, com a figura de mandalas e com um símbolo de três triângulos se interligando no meio. Móveis rústicos e com a aparência de serem caros, estavam por todos os lados. Quadros, decoravam as paredes e vi um pequeno jardim de inverno, com flores estranhas.

— Fiquem a vontade, altezas. A aventura, que viveram certamente ficará na história de suas vidas. Me chamo Amélia, os quartos ficam no andar de cima. Gostaria, que a senhorita me seguisse.

Antes que pudesse começar a ir atrás de Amélia, Arthur me impediu segurando o meu braço.

— Vou ficar bem, qualquer coisa eu grito. — Com relutância, ele me soltou.

Amélia, me guiava para uma grande porta dourada, observei o corredor que estávamos. Ele era bem iluminado e não parecia assustador, a senhora viu que eu parecia nervosa e tentou puxar assunto.

— Sou mãe delas.

— Como? — Perguntei nervosa.

— Sou a mãe de Harriet, Genevieve e Caroline. Me considere, como a sua segunda tutora. — Corri um pouco e fiquei do seu lado, ela continuou a falar. — Foi excepcional o feitiço de fogo que executou. Ela te ajudou?

— Genevieve? — Perguntei insegura, ela assentiu. — Sim, como você pode estar viva? E como você sabe sobre o feitiço?

— Tenho meus truques. — Ela me empurrou para dentro de um quarto.

Ele era simples, mas aconchegante. Tinha uma cama de dossel, um criado mudo e um guarda-roupa.

— Te trouxe aqui, para trocar de roupa. Pegue este vestido, era dela.

Peguei a peça de roupa entre minha mãos e a admirei. O vestido era azul e possuía mangas, em sua saia havia pequenas estrelas prateadas.

— É lindo. — Elogiei.

— Era o preferido dela. Escute Víollet, precisa conversar com Genevieve, aceitá-la. — Segui para de trás de uma pequena cortina e comecei a me trocar. — Odeya é uma tutora maravilhosa, mas ela só pode ensiná-la o básico. Você pelo menos sabe qual é o seu dominus?

— Não, meu tio Edward disse que uma ehderclar não tem um dominus específico. — Falei, saindo de trás da cortina, já vestido.

— Ele, não pode estar mais enganado. Minhas meninas, tinham um dominus, cada um mais extraordinário do que o outro. — Ela deu palmadinhas na cama, indicando que eu sentasse. Fiz o que ela mandou. — O seu dominus é a escuridão, por enquanto.