Capítulo 21 - Lado sombrio

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Os corredores do castelo eram claros, mas existia uma ala que ficava na primeira torre, que me dava arrepios. Arthur havia me dito que de maneira alguma eu deveria me aventurar naquela ala, nem meu primo sabia o que continha ali. Encarei a bolinha flutuante a minha frente, ela havia sido invocada para que eu não me perdesse.

— O que você faz aqui? — Alice vinha furiosa ao meu encontro.

— Eu também estou morando nesse castelo, querida prima. — Ela me fuzilou com o olhar e saiu pisando forte. Mimada. Continuei seguindo a bolinha.

Passei por várias áreas ainda desconhecidas por mim e finalmente cheguei até o jardim. Depois que saí do quarto de Ithan, encontrei Zaky no corredor. Ele havia me dito que uma figura muito importante queria falar comigo em quinze minutos. Então me arrumei de pressa e saí.

Em um banco virado para a floresta estava uma figura estranha, pelo porte dava constatar que era um homem. Ao me aproximar percebi que o desconhecido usava um suéter vermelho com a figura do papai Noel, calças verdes e um óculos armação tartaruga.

— Até que enfim! Pelos santa beleza de Paris, pensei que não fosse chegar nunca. — O sujeito se levantou do banco e me deu um abraço rápido.

— Desculpe, mas quem é você? — O homem estranho tirou o óculos e eu percebi de quem se tratava.

— Apolo? — Perguntei para confirmar.

— Fala mais baixo criatura, Miranda não sabe que estou aqui. — Me sentei no banco ao seu lado.

— Minha mãe não gosta de você também? — Ele balançou a cabeça positivamente. — Qual o problema dela com vocês?

— Ela tem problemas apenas com alguns de nós. Não são todos os deuses, já que ela engravidou de Zeus. — Ouvimos o som de um trovão ao longe.

— O que veio fazer aqui?

— Vim te trazer isso aqui. — Ele me entregou uma mochila com estampa militar. — Aí dentro tem tudo o que você vai precisar nas duas viagens. Boa sorte.

— Como assim duas viagens? — Ele me encarou por um longo tempo. Parecia estar tentando decidir se iria ou não contar.

— Digamos apenas que você vai precisar de sorte quando cruzar com um certo cão. Agora preciso ir, antes que sua mãe descubra que estou aqui.

— Espera, você tem que me dizer mais. — Segurei seus braços o mais forte que conseguia. Ele estava preso, não conseguiria escapar.

— A única coisa que posso dizer é que não confie em tudo o que Miranda fala Víollet. Só por que sua mãe acha que determinada pessoa é um monstro, não quer dizer que ela realmente seja. — Seus olhos ficaram tristes, estava como sempre, confusa.

— Vou conseguir realizar a minha missão? — O perguntei aflita.


— Não posso dizer minha criança, conhecer o futuroé perigoso. Apenas confie em si mesma e em hipótese alguma use os seus poderes.Eles são perigosos sem uma instrução devida para usá-los.

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A HERDEIRA: Filha De ZeusOnde histórias criam vida. Descubra agora