Capítulo 18 - Um Duende Simpático

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     ! LEIAM AS NOTAS NO FINAL DO CAPÍTULO !

       Minhas sapatilhas de cor nude eram extremamente confortáveis. Me desanimei um pouco, as construções eram iguais a da Terra, ninguém estava nas ruas. Tinha pouquíssimas pessoas e as que meus olhos conseguiram ver, eram humanas, sem nenhuma calda, orelhas pontudas, assas ou olhos de cores diferentes. Soltei um suspiro frustrado.

— Cadê as criaturas mágicas? — Afrodite tinha ficado muito silenciosa quando adentramos a sede.

— Estão dormindo, o sol falso ainda irá nascer. Agora equivalente a Terra deve ser quatro horas.

— Então porque no bosque o céu estava azul? Tipo, muito azul. Espera aí... Você disse sol falso?

— O tempo no bosque é diferente do tempo na sede, enquanto lá é dia aqui é noite e vice versa. Aqui como na Terra tem a lua e o sol, só que eles são falsos, são imitações dos verdadeiros.

— Então aqui é uma parte da Terra só que com magia? — Perguntei, estava confusa, tinha ficado muito confusa nas últimas horas.

— Sim e não. É uma outra dimensão, mas também estamos ligados a Terra. A diferença é que os humanos não podem saber da nossa existência, mas sabemos da existência deles. Pense nisso aqui como continentes, a Terra é dividida em seis continentes. O nosso mundo, podemos chamá-lo assim, é dividido em reinos. Meyer é o principal, graças a alguns motivos a irmã da sua mãe governa outros sete reinos.

— E esses sete reinos tem sub reis não é? Eles são chamados de os sete conjuntos.

— Exatamente. Existem outros reinos, como o reino da floresta proibida, o reino dos Fairy e assim por diante. — Conseguia sentir uma pontada de animação, queria ver um gnomo voando, espera gnomos podem voar?

— Gnomos podem voar? — Deveria estar com muita cara de boba, porque ela me olhou horrorizada.

— Não, gnomos não podem voar, isso seria aterrorizador. O que você tem na sua cabeça querida?

— Talvez muita fumaça, deve ter sido efeito da fumaça. — Dei de ombros.

— Agora estou lembrando, o que você fez em relação ao bosque que você incendiou?

— Eu disse que possivelmente teria incendiado um bosque, não que o tinha feito realmente. — Falei em minha própria defesa.

— Ok. O que fez em relação a isso Víollet? — Os intensos olhos azuis da deusa me examinavam, engoli em seco.

— Saí correndo, não sou capaz de apagar o fogo. Espero que aqui tenha bombeiros.

— É bom incendiar algumas coisas, faz bem pra alma. — Pensei que ela iria me dar uma bela bronca, talvez os conceitos dos deuses sejam diferentes.

   Voltamos a andar e só então percebi que tínhamos parado. Ao longe, um falso sol começava a surgir, a visão era maravilhosa. O céu começava a ter pontinhos laranjas e azuis, parecia a tela de um pintor profissional. Sorri e me deixei ficar maravilhada com aquela cena que aparentava ter saído de uma tela.

       Estávamos paradas no fim da sede principal, após um pequeno gramado ficava localizado o castelo. Estava preocupada com Daisy e Ithan, não os tinha visto em lugar algum.

— Como entraremos lá? — Questionei aflita, comecei a passar o peso do meu corpo de uma perna para outra.

— Simplesmente entramos, não existe mistério algum. — Ela declarou isso com tanta seriedade que fiquei espantada.

A HERDEIRA: Filha De ZeusOnde histórias criam vida. Descubra agora