Capítulo 20 - Treinamento intensivo

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  !LEIAM AS NOTAS NO FINAL DO CAPÍTULO!

     Me aproximei lentamente e me assustei quando ela me dirigiu seu olhar cinza.

— Primeiro sente-se. — Ela apontou para uma toalha laranja, com a estampa de várias mandalas, sentei. — Não quero que me veja como sua avó, quero que me veja como sua superior. Tenho afeto por você Víollet, mas não a amo. Tem que se provar digna do meu amor primeiro.

      Me desestabilizei por alguns segundos. Era estranho, não tinha ficado chateada com aquilo. Não estava obcecada ou determinada a conquistar o amor de uma desconhecida.

— Antes de saber lidar com os seus poderes, primeiro você tem que entender o que você é. Sente com as pernas cruzadas, apoie os braços nelas, incline a cabeça para trás e feche os olhos. — Fiz o que ela mandou. — Você é mais do que uma menina com a tonalidade do cabelo loiro, mais do que bonitos olhos azuis, retire os bloqueios, quebre os muros. Liberte-se.


       Uma pessoa vai muito mais além do que a simples aparência física, ela é definida por sua essência, mas qual era a minha essência?

       Uma pessoa vai muito mais além do que a simples aparência física, ela é definida por sua essência, mas qual era a minha essência?

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— Como foi? — Desabei na cadeira dobrável enquanto observava Arthur jogar tênis.

— Péssimo, ela me fez ficar sentada em posição de índio por duas horas. — Minhas pernas estavam dormentes e os nós dos meu dedos doloridos.

      Durante duas horas fiquei sentada com as pernas cruzadas sem fazer nada. Helena ficava repetindo: Liberte-se. Liberte-se. Liberte-se. Depois do almoço teria que treinar outra vez, mas em um lugar diferente, no bosque, onde sem querer eu havia colocado fogo.

— Você vai comigo! Ela quer me treinar no bosque, não vou ficar lá sozinha com ela. Não quero que ela me faça ficar sozinha no meio de árvores estranhas, vai que sou atacada por algum bicho enorme e venenoso. Vai comigo Arthur?

      Ele deixou a bolinha de tênis cair e ficou me olhando durante alguns minutos, não deveria ter pedido isso a ele. Não o conhecia direito. Eu e minha capacidade de estragar as coisas.

— Claro que vou. — Me aproximei devagar e lhe dei um abraço. Ele ficou surpreso, mas logo retribuiu.

— É verdade que na Terra os idosos comem as crianças quando elas completam determinada idade?

        Arthur tinha se candidatado para me acompanhar na caminhada para meu quarto, antes do almoço nós dois precisávamos tomar um banho e trocar de roupa. Minha calça estava suja de grama e ele estava muito suado. O olhei espantada.

— Claro que não! Quem te disse isso? — Ele me olhou confuso.

— Todo mundo diz isso, é uma das histórias que é contada para as crianças antes de dormir.

— Sério? Que coisa horrorosa, na Terra contamos histórias sobre fadas, elfos e outras criaturas mágicas, mas de um jeito fofo e não assustador.

A HERDEIRA: Filha De ZeusOnde histórias criam vida. Descubra agora