Almoço pt 1

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Pov. Caroline

Amanhã seria o maldito almoço na casa dos Bertolazzi, não tinha como fugir, mas estava envergonhada, extremamente envergonhada pelo o ocorrido no quarto mais cedo entre mim e Hugo, tudo bem que foi só um beijo, um beijo muito quente por sinal, o que deu em nós dois? Aliás o que deu em mim? Ele é homem é claro que ele continuaria se não fossemos interrompidos por Julieta, mas e eu teria continuado? Sinceramente não sei, acho que devido ao calor do momento e a situação que ambos se encontravam, acho que teria sim continuado, o que ele tem, que não me deixa pensar com racionalidade? Não posso e não devo deixar esse contato tão íntimo acontecer conosco novamente, Lembre-se Caroline é um contrato, você salva sua mãe e ele ganha direito na empresa e mostra para sociedade que está casado como o pai ambiciona.

Em frente ao guarda roupa que divido com minha irmã escolho uma roupa apropriada para amanhã, o que se usa em um almoço em uma sexta com a família de seu "noivo" milionária, acabei optando por um vestido rosa, uma sandália com tiras simples, cabelos iriam soltos mesmo e uma bolsinha de mão preta com o básico, sou pobre, não posso tentar ser o que não sou, nunca tentaria ser o que não era, tinha pavor de pessoas que se comportavam assim, minha mãe e meu pai me criaram com humildade e muito sacrifício e se se sou o que sou hoje é a eles que devo.

Me joguei na minha cama pensativa, as coisas agora seriam mais difíceis, amanhã com certeza será marcada a data do casamento, não teria como fugir, tem apenas mais ou menos quinze dias, que dona Ana começou com seu tratamento, e já está mais corada, mais disposta, e isso que me incentiva ir adiante com esse contrato, ir para uma nova casa, uma nova vida, me assusta, optei por eu mesma cuidar de todas as tarefas da casa alegando que queria em casa poder ser somente Caroline, não a senhora Bertolazzi, mas na verdade sentindo acuada dentro daquela casa, sou desperta de meus pensamentos com meu celular tocando 23 da Miley Cyrus me deu foi vontade de dançar a tempos não fazia isso, olhei no visor vendo que era minha amiga Lindsay, sorri espontânea a quanto tempo não conversamos uns vinte dias

Ligação On

-Linda

-Carol sua vagabunda que saudade mulher -Sorri, ela não muda nunca, nunca mesmo

-Sumiu Linda

- Não ria de mim, mas os eletrônicos têm repulsa de mim, eles fogem de mim, perdi o carregador- Ri alto depois dessa- Mas e aí como anda a vida? -Fiquei calada e só suspirei, a voz dela aumentou e afinou.

-Não me diga que finalmente perdeu a virgindade?

-Não sua louca, não é isso- Falei rindo

-Pelo amor de Deus Carol, já deve ter teias de aranhas aí em baixo, mas então porque o suspiro pesado?

-Eu vou me casar me breve

-O QUÊ? – Tirei o celular do ouvido com o grito que ela deu- Como assim casar? Com quem? Milagre de Deus! E me pergunto como seu namorado ainda não te deu um trato? Não espera, não falamos a tanto tempo assim de onde saiu esse noivo?

Suspirei, ela como sempre não me dava tempo de falar

-Lindsay

-É Linda Carol, Linda, odeio meu nome

-OK Linda, muitas coisas, quero você de volta aqui, preciso de seu ombro

-Conheço essa voz, amiga até me esqueci, sou burra, te liguei para isso, e gastando uma fortuna de credito sua vadia, eu volto semana que vem

Sorri feliz uma notícia boa.

-É sério isso Linda?

-Sim, mas aqui, quem é seu noivo, como uma pessoa arruma um noivo assim?

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