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Pov. Caroline
Mais um dia cansativo, depois de trabalhar ajudando Raul Bertolazzi naqueles balancetes, correndo para a faculdade, meu curso de administração, passando um pouco das dez, chegando no simples portão de minha casa, respirando fundo, tinha que ser forte por elas, minha mãe Ana e minha irmãzinha Julieta.
-Onde estão as mulheres mais lindas deste mundo? -Gritei enquanto abria a porta da sala.
-Carol -Minha irmãzinha veio me abraçando com carinho, tão nova ainda e enfrentando tantas coisas.
-Oi Ju, minha pequena conta pra mim como foi o dia?
-A mamãe está fazendo sopa de batata, e hoje ela teve dor, mas pediu para mim não te contar, mas é nosso segredo, não conte que te contei.
-Pode deixar baixinha, vai lavar as mãos para jantar - de novo essas dores, minha mãe tenta ser forte ,mas eu sei que a cada dia que se passa, está mais difícil para ela.
-Boa noite mamãe-Falei vendo uma senhora baixinha, no fogão, com um pano de prato jogado nos ombros, seus cabelos castanhos escuros nos ombros, com um sorriso que encanta a todos, ela sempre meiga e acolhedora, mesmo com tudo, que vem passando a anos, sua luta incansável, hoje com certeza ela estava em um dia bom.
-Minha querida, nem vi que tinha chegado, estava preparando a sopa que Julieta tanto ama -Ela disse me abraçando.
-Já pedi tanto a vocês para jantar mais cedo, não precisa esperar por mim.
-Claro que não Carol, jantaremos todas as noites juntas.
Enquanto fui ao quarto que dividia com minha irmã, minha casa realmente pequena, mas muito acolhedora, uma casa em tons claro, amarelo e branco, dois quartos, uma sala, um banheiro que divide com três mulheres, então é aquela loucura, uma cozinha pequena, e um pequeno jardim que faz tão bem a dona Ana, minha rainha.
Joguei minha bolsa com meus materiais, em cima da minha cama, pegando uma blusa grande do Mickey , e uma calcinha, tomando um banho quentinho, levando todo cansaço do dia embora, meu estômago gigantesco ronca, preciso comer, com meus cabelos molhados e soltos, sento na mesa da cozinha, vendo aquela sopa de batata maravilhosa.
-Como foi seu dia filha?-Mamãe me pergunta como em todas noites.
-Cansativo, meu chefe está fazendo um balancete atual da empresa, e me pediu para ajuda-lo, e a faculdade dando graças a Deus que  falta pouco pra terminar só mais um ano.
-Você precisa se diverti minha princesa, você tem vinte dois anos, mas parece que tem quarenta como sua mãe, dançar, ter namorados, beijar.
Tinha certeza que corei, morria de vergonha de minha mãe falar dessas coisas comigo, ouvi sua risadinha.
-Você é muito tímida Caroline, vem dizer que nem um rapaz na faculdade ou na empresa não chama sua atenção? Porque você é muito linda.
-E eu mamãe não sou linda? -Julieta perguntou rindo, e fazendo carinha de ciúme.
-Você é a mais linda dessa casa princesa, mas só tem dez anos, e espero que demore para crescer ainda. -Minha mãe disse rindo, e nós a acompanhando.
-Sim mamãe as vezes tenho algum divertimento, mas sabe que meu foco no momento é me formar e crescer profissionalmente, e sim as vezes dou uns beijos, não sou de ferro também. Ela sorriu, sei que ela se sente culpada, por me dedicar a ela, e a Julieta, por isso menti, a última vez que dei um beijo foi dois anos atrás com vinte anos, é até estranho falar isso, mas minha vida é uma correria, então não tenho tempo de pensar em rapazes.
Enquanto mamãe lavava os pratos, eu secava e Julieta guardava.
-Vai dormi Ju, amanhã você tem aula cedo.
-Mas Carol, eu quero ficar com vocês, por favor, não estou cansada ainda.
-Não Julieta, vai logo, eu vou me deitar daqui uns minutos.
-Caroline?
-Obedeça sua irmã, Julieta, vai agora, dá um beijo na mãe anda.
Julieta fez um bico enorme mas deu um beijo em minha mãe, e outro em mim, e saiu pisando duro.
-Ela tem o gênio de seu pai, ele faz tanta falta.
-Eu sei mamãe, mas vamos viver né, ele está descansando agora.
-Eu sei meu anjo, mas é difícil, saber que nunca mais teremos ele em casa.
Meu pai morreu a pouco mais de um ano, em um acidente, um carro bateu nele enquanto ele atravessava a rua, minha mãe não se conforma, foi quando entrei pra Coopercol, e assumi o lugar dele.
Trabalhando e cuidando das duas mulheres.

-Mãe vou me deitar, estou cansada, te amo -Ela me deu um beijo, fui para meu quarto Julieta já dormia, depois fala que não estava cansada, dormiu tão rapidamente, trancei meu cabelo e me joguei na minha cama, olhando em meu celular vendo que se aproximava de meia noite, estava tão cansada que nem precisei me entreter em meus pensamentos, até o cansaço me levar.

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