Me ensina amar de novo?

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Pov Caroline

Olhei exasperada para o nariz de André que sangrava e olhei pra Hugo que tinha o maxilar travado, e os olhos estavam transbordando ódio e puro desejo de matar, podia ver isso em seu olhar com facilidade.

-Nunca mais toque no que me pertence, não suporto, odeio que toquem no que é meu, entendido.

Abrir a boca levemente abobalhada pelo dizeres de Hugo, nunca pensei que ele fosse tão possesso assim, senti ele me puxando escada a baixa, sem dar tempo para André falar algo ou revidar, o que foi bom, não queria um escândalo, sua mão apertava fortemente meu pulso, tudo bem que ele me salvou daquela encrenca, mas estava doendo, e todos estavam nos olhando, ele estava dando um prato cheio para faculdade.

-Hugo me solta, está me machucando- Falei baixo ele se virou e me encarou e seus olhos ainda transbordam raiva, ele me prensou no carro, no lado do motorista

-Você é minha entendeu, minha

Ele disse e me beijou com força, e aquele beijo se mostrava dominador, nunca esperava aquele lado dele, não correspondi, e ele fazia a todo custo tentar me forçar a corresponder, mas estava assustada na verdade, eu que queria deixar as coisas fluírem, mas não conhecia esse lado dele, o empurrei ele pareceu acordar de algo e me olhou preocupado, mas não percebia arrependimento

-Caroline me desculpa, só odeio que mexem com o que é meu, e aquele cara te segurava possesso, queria arrancar a cabeça dele, não sabe como me segurei

-Eu não sou sua Hugo

Ele me olhou sério e sorriu sarcástico

-Sim, você é minha, eu te comprei, nunca se esqueça disso!

Minha mão coçou para dar uma bofetada em seu rosto, ele pareceu perceber a besteira que tinha falado e me olhou com dor

-Carol, me..

Não o deixo terminar, não queria chorar na frente dele, o empurrei para o lado e fui para o carona me sentando, ele entrou e começou a dirigir, as vezes ele olhava rápido para mim, mas voltava a atenção para estrada

-Sabe qual é o problema Hugo, eu sei que me vendi para você, sei que me comprou ok

Disse rude, ele tentou pronunciar algo mas olhei para o lado, olhando São Paulo passar por nós, estava com raiva dele, com vergonha de mim, porque eu tinha que ser tão complicada? Percebi que o problema era eu e não ele, ele foi uma grande influência para me perder, mas eu me permitir entrar nessa, então a safada da história sou eu, percebi o carro parar no estacionamento do prédio na sua vaga, desci do carro, ele desceu de pressa e correu para dentro do elevador junto comigo e fomos para cobertura, percebia sua inquietação, sabia de sua claustrofobia, mas estava muito irritada com ele,comigo, que não o distraí com conversas como fazia sempre, saímos no corredor do senhor frescura, e entrei em casa vendo Raul olhando algo em seu notebook enquanto falava pelo celular, nem o cumprimentei e Hugo veio logo atrás, subi a escadas correndo e bati a porta do quarto.

-Carol, me deixa entrar,vamos conversar, esse quarto ainda é meu-Ele batia na porta

-Seu uma ova, nosso agora, sou sua esposa, se esqueceu -Nem sei porque falei aquilo, mas era meu direto, então usaria isso ao meu favor

Fui até a cama pegando um travesseiro e um edredom no closet abrindo a porta e jogando no rosto dele

-Tenha um boa noite Hugo

Soquei a porta em seu rosto, até achei engraçado, sempre vi isso em novelas, ou filmes e achava legal, as mulheres mandarem nos homens a ponto de os porem para fora do quarto e hoje eu fazia isso, filmes nem sempre eram uma mentira do inicio ao fim, escutei Raul perguntando se era nossa primeira briga e Hugo o pedindo para o deixar e não se meter, escutei Raul rir e Hugo socando a porta do quarto de hóspede

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