segredos pt 2

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estavam jogado em seu rosto, o tirei com cuidado a vendo dormir tão serena, ela está conseguindo me virar de ponta a cabeça, não estou apaixonado, mas sei lá, ela mexe comigo, do jeito que nenhuma mulher mexeu depois de Suzana, mas não era do jeito que Suzana mexeu, era diferente mas chegava a me incomodar, mas sei o tanto que o amor machuca e não quero passar por isso novamente.

Coloquei o edredom sobre ela, ela se aninhou em mim sem perceber, fiquei a observando ela é tão linda, seus cabelos ondulados somente nas pontas, com uma cor acobreada, sua pele clara, seus olhos eram verdes acastanhados, boca tão pequena, ela parecia frágil, mas não era sabia muito bem se defender, acariciei seu rosto, a vendo abrir os olhos rapidamente, então ela tinha sono leve.

-Desculpe te acordar

-O que estava fazendo?

-Só te observando dormir, perdi o sono, acho que vou embora me desculpe te incomodar em sua casa, estava bêbado e agi por impulso em vir aqui

-Não precisa ir Hugo, espere amanhecer.

Ficamos nos olhando, me aproximei dela, ela umedeceu os lábios, queria beija-la mas tinha medo de levar um tapa na cara, ela era capaz com toda certeza.

-Hugo me termina de contar a sua história com a Suzana.

Engoli em seco eu sabia em qual parte havia parado, e essa história me machuca ainda, afinal só tem dois anos desde que tudo aconteceu.

-É complicado

-Eu posso entender Hugo

-Já que te contei uma boa parte vou terminar então.

Ela assentiu e se aproximou de mim, como se fosse contar algum segredo, senti sua respiração quente em mim, relaxei e comecei a contar

-Como te disse Suzana começou a ficar diferente comigo, fria e nervosa foi até um dia que peguei ela transando com Dênis, meu primo, fiquei com um ódio mortal, e sai da casa dela, mas ela veio atrás de mim, e implorou para conversar comigo, e acabei aceitando eu a amava, que acho que seria capaz de perdoar seu deslize, ela começou me falar que nos envolvemos cedo demais, que até então achava que me amava, mas com Dênis ela se encontrou, e me pediu perdão, o meu amor era tão grande que abrir a mão de minha felicidade para ela ter a dela, mesmo que já tinha comprado uma casa para depois de sermos marido e mulher, de ter feito planos, mas aceitei, sempre falavam que quem ama, abre a mão do seu bem estar, pelo próximo, e foi o que fiz naquele momento, mas o pior estava para acontecer, estava na fossa, estava bebendo muito, foi ai que meu pai me mandou para Los Angeles, para terminar o curso lá, e fiquei só dois anos, quando voltei descobrir  que Suzana e Dênis viviam brigando porque ele não queria assumir um compromisso e ela estava grávida, toda vez que via ela abaixava a cabeça e mal me encarava , mas percebia que ela sofria e muito.

Respirei fundo, não queria falar, mas já que comecei terminarei afinal já estava no final mesmo

-Ela pegou em flagrante Dênis com outra mulher, ele é mais novo do que eu somente um ano, na época ela tinha dezoito, ele dezenove e eu vinte, tem dois anos desde então, ela se suicidou grávida, foi aí que nasceu nosso ódio, ele é o culpado, somente Dênis, ele nem se quer sentiu a morte dela, minha mãe fala que ele não é culpado, ele era jovem e inconsequente que Suzana apareceu para destruir a família, porque éramos amigos, se ela estivesse viva por Deus Caroline que não teria ódio dele, mas ela está morta, e o filho dele, e ele se diverte como nunca.

-Meu Deus Hugo, eu sinto muito.

-Não sinta, me sinto culpado, se eu não a deixasse livre para ele, provavelmente ela estaria viva nem comigo e nem com ele, mas viva, Dênis é sujo, ele não presta.

-Não sei nem o que dizer a você, mas você não tem culpa em nada.

- Não é verdade.-Virei para o outro lado, não queria que ela me visse frágil, eu tinha sim, querendo ou não tinha minha parcela de culpa, deixei o caminho aberto, e ela foi de cabeça e agora está a sete palmas de terra no chão.

POV Caroline

Senti um ódio dessa Suzana, por causa dela, ele se fechou, se isolou para o mundo, essa menina fez um rapaz maravilhoso se torna frio e calculista, por causa dela, ele quis se casar apenas de aparência e com um contrato.

Ele parecia que tinha pego no sono, fechei meus olhos tentando dormi, mas estava impossível, o dia não demoraria clarear.

(...)

Acordei sentindo umas pernas sobre mim, já era quase dez horas ele ainda dormia, senti algo duro em minha bunda, não pode ser, cobrir a cabeça, vendo o volume formado em sua cueca, o empurrei com tudo

-Que jeito educado de acordar alguém

-Você é nojento

-Não fiz nada, só dormia sua louca

-Não é isso que seu pênis diz

Ele olhou a sua cueca boxe vinho e fazendo cara de riso

-É só vontade de mijar Caroline, todo homem pela manhã é assim, achou que ele ganharia vida assim do nada

-Nojento, sai daqui, vai no banheiro e põe uma calça

Ele levantou rindo e logo voltou com sua calça e pulou na cama se cobrindo

-Pode dá o pé, aqui não é pensão para você dormir até meio dia não, e minha mãe deve querer usar o quarto dela.

-Ela sabe que somos noivos, ela não vai nos atrapalhar, na cabeça dela estamos derretendo de tanto amor.

-Hugo é sério, para, aqui é a casa da minha mãe.

-Mas, não estou fazendo nada, a não ser que quer que eu faça, você quer?

-NÃO- Falei exasperada, vendo ele rir de meu desespero

-Caroline obrigado viu, se dormisse em casa provavelmente teria uma noite terrível.

-Não tem de que- Ele já estava próximo demais, me olhava fixamente

-Caroline- ele falou praticamente em sussurro

-Oi

-Eu vou te beijar, estou querendo isso a noite toda, promete que não me dará um tapa

-Não posso prometer, mas nada te impede de tentar- Ele riu e se aproximou e selou nossos lábios, minha mão automaticamente foi para seus cabelos mexendo naqueles fios louros, e macios, e sua mão foi para minha cintura me puxando para ele, fazendo nossos corpos se chocarem, o beijo estava veloz, como se ele precisasse de mim, e eu dele, senti suas mãos acariciando minha coxa, estava tudo quente naquele momento, minha mente e meu coração gritava para parar aquilo, mas meu corpo não obedecia, senti ele me colocando de barriga para cima, já que estava de lado durante o beijo, e se deitou sobre mim, puxando meu lábio inferior, nunca senti meu corpo tão quente, como agora, meu coração estava acelerado e o dele também estava, senti falta de ar, ele começou a mordiscar meu pescoço, não sei se foi por instinto mas o joguei para o pescoço para o lado  dando livre acesso sobre o mesmo.

- Carol a mamãe te, ops, desculpe

Julieta entrou com tudo no quarto, fazendo Hugo saí de cima de mim sem graça, me olhando procurado resposta, mas nem eu tinha, pelo o que tinha acabado de acontecer, Julieta nos olhava sem entender, graças a Deus ela é só uma criança

-Mamãe está chamando vocês para tomar café.

-Estamos indo Ju, pode ir na frente.

Tomamos café em silêncio, tinha vergonha de encara-lo, o acompanhei até a porta, minha mãe nos olhava com admiração, ele me puxou e me deu um beijo rápido, e correspondi, afinal estava no contrato que perto da família, trocaríamos carinhos.

-Precisamos conversar-Ele disse baixo

-Eu sei

-Mas não faremos isso hoje sei que nós dois precisamos pensar, e minha mãe remarcou o almoço para sexta-feira

-Amanhã?

-Sim, lá conversaremos

-Tudo bem até Hugo

-Até Caroline, e aquilo não terminou

-Não devia nem ter começado

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