Pode me ouvir, ou não?

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Pov Caroline

O Olhar de desaprovação de minha mãe sobre mim, me colocava um certo receio, medo talvez, engoli em seco, como explicar a sua mãe, que estar em um noivado arranjado, por interesse o que ela devia imaginar, como?

-Então Caroline, pode me explicar isso, apesar de saber do que se trata, aqui está bem especificado, não tiveram nem a decência e o pudor de colocarem palavras menos explicitas.

-Mãe, eu

-Nada de eu Caroline, você transa com um homem que nem é seu marido o que já tinha me deixado chateada, eu até relevaria, pois, os anos passaram, e muitas coisas mudaram, sei que jovenzinhas como você dormem com seus namorados muito antes do casamento, mas chego em casa e encontro isso? -Ela jogou o contrato sobe a mesa- É uma pouca vergonha, você se comportou como uma qualquer.

Abaixei a cabeça envergonhada, não teria como rebater era a verdade nua e crua, por mais que doa era a verdade.

-Eu só me pergunto o que porquê disso? Você nunca foi uma menina interesseira, sempre lutou pelo o que quis, quer saber nesse momento dou graças a Deus que seu pai esteja morto, se não ele morreria de desgosto hoje mesmo, você sempre foi a número um na vida dele Carol.

Não contive e comecei a chorar, essas palavras foram uma bofetada em meu rosto.

-Porque Carol, porquê?

-Mãe, eu não sei- Na verdade eu sabia sim, era para salvar a vida dela, eu tinha me sujeitado a tal coisa para salvá-la, e me salvar também, por que se ela partisse meu mundo com toda certeza desabaria, mas a quis poupar de toda verdade, não queria que ela se sentisse culpada.

-Não sabe? Isso de pessoas que se vendem, eu conheço por outro nome, conheço como prostitutas

-A senhora está sendo cruel.

-Cruel, não seja dramática Caroline, é a verdade, uma mulher que vende seu corpo em troca de algo, que não se entrega por amor, paixão, ou até mesmo o desejo é conhecida como prostitutas, sim são prostitutas. Como você foi capaz de enganar a mim, a família do rapaz, pelo amor de Deus Caroline, como foi capaz?

-Mãe, eu mais o Hugo estamos nos acertando

-Não se atreva continuar a contar mentiras, essa não foi a criação que te dei Caroline

-Não é mentira mamãe

-Chega Carol, você quer que pense o quê, se ponha no meu lugar de mãe, você sempre foi quieta, preservada e do nada comporta com uma adolescente rebelde, escuto a noite inteira você transar com aquele rapaz, acordam depois das quatro na casa dos pais deles -sinto minha bochecha corar no mesmo instante- Quando chego em casa, vou procurar a certidão da Julieta e me lembro que estava na sua pasta de documentos, pois da última vez você a levou para fazer exames, e encontro esse contrato, Caroline o que você tem na cabeça?

-Eu não sei, me perdoe mãe.

-Eu não tenho que te perdoar, suas escolhas, suas consequências.

-Mãe

-Não quero mais saber dessa história, quer saber você morreu para mim Caroline, só não te mando embora dessa casa, porque ela é sua, seu pai a deixou em seu nome, mas não me dirija a palavra.

-Não precisa, eu saio.

Eu nem sei porque disse isso, mas estava com muita dor no coração, ela tinha me excluído de sua vida, fui para meu quarto chorando, pegando uma pequena mala, não sabia para onde iria, nem o que faria, talvez dormisse em uma pensão essa noite, e amanhã, tentaria uma vaga no campus da faculdade, falta um ano para termina meu curso, então até lá, me arranjava. Olhei para o lado e Julieta me olhava com um olhar triste

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