Senhora Bertolazzi

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A marcha nupcial anunciava que em poucos minutos Caroline se daria de encontro ao grande tapete vermelho que a levaria para o altar onde seria a senhora Bertolazzi de vez e não poderia sair desse maldito contrato mesmo se quisesse, e a raiva dela ainda era maior que tudo pois o homem que estava em um terno muito bem alinha ao seu corpo másculo esteve fora por uns dia, em Las Vegas para ser mais exata, a cidade do pecado, então ele não escondeu dela um minuto se quer que teve não sei quantas mulheres em sua cama, já que a mesma tinha gritado com ele no telefone que ele nunca mais a tocaria, ela tinha raiva dele por a obrigar casar, sentia frustrada que tinha se apaixonado por ele mesmo que em pouco tempo, mas sim ela tinha se apaixonado por ele, mas qual é, ele era lindo, irresistível, sedutor, foi o único que ela se envolveu de fato, aquele que tirou sua pureza que a fez ter seu melhor orgasmo, mas quando lembrava que sua mãe mal olhava pra ela por culpa daquele maldito contrato trincou os dentes.

Ela trajava um vestido longo e reto, tinha um véu comprido, as mangas eram rendadas com flores singelas em uma costura perfeita que iam até o cotovelo, o decote era em forma de coração, seu cabelo estava em um coque flor muito sofisticado, as unhas estavam pintadas em um tom de rosa claro, a maquiagem era discreta, mas seus olhos estavam banhados por uma sobra azul clara, mas muito bem harmoniosa, não tinha nada de desagradável em sua pele, ela estava deslumbrante.

- Sabe que não precisa fazer isso Caroline! Porque insiste nisso?

Rodrigo amigo de Hugo que seria padrinho de casamento deles, falava com ela, antes do patriarca da família Raul Bertolazzi a conduzisse ao seu filho.

-Porque falta ainda um pouco para o tratamento da minha mãe acabar, mesmo ela não conversando comigo e me odiando sei que ela vai terminar de fazer por minha irmãzinha que a pediu chorando.

Ela engoliu em seco quando se lembrou de Julieta, já não a via algum tempo, ela adorava sua pequena irmã de apenas dez anos, ao mesmo tempo que ela era tão esperta, mostrava a infantilidade com a inocência transbordado em seus olhos.

-Sabe que posso pagar o que deve ao Hugo, e isso estará acabado, aprendi gostar de você Carol.

Ela limpou uma maldita lagrima que escorreu em sua bochecha

-Você tem sido um amigo, uma pena que conheci você em intermédio dele, mas isso é uma dívida minha, eu que tenho que arcar, mas obrigada assim mesmo.

Rodrigo a deu um beijo na testa e saiu para encontrar a esposa que já estava ocupando o lugar no altar, agora faltava pouco minutos para seu inferno particular lhe for apresentado formalmente, ela teria que lutar contra seu próprio sentimento por Hugo, teria que ser assombrada pelos surtos dele em relação a uma mulher que ele amou de verdade, um fantasma, a Suzana, teria a tal Barbara que olhava indiscretamente para o Hugo, mas ela era forte, ela prenderia aquele sentimento ali e o deixaria trancado, que ele explodisse diante de seus olhos, mas sua mãe iria ser salva, sua irmã teria um futuro, ela era quem segurava sua família, e iria fazer por elas

-Vamos norinha

Ela olhou para porta e lá estava o seu "sogro", ele estava feliz, sabia que era o sonho dele ver seu único filho casado, o pobre não sabia que seu filho a comprou, ela se sentia assim, uma prostituta de luxo.

-Claro vamos.

-Você está deslumbrante minha menina

Ela sorriu para ele, e se lembrando que seu pai a chamava assim e se aqueceu por dentro.

-Obrigado senhor Bertolazzi.

-Nada de formalidades menina, você será da família me trate por você.

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