C a p í t u l o U m - M e u P a s s a d o

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"Amor não se conjuga no passado; ou se ama para sempre, ou nunca se amou verdadeiramente."
(M. Paglia)

LORENZO

Lunedì, 20 de novembro.

Eu pensei que minha vida não poderia ficar mais complica, mas me enganei. Meus últimos dias foram pensativos e enigmáticos. Estou tentando entender ate agora, toda loucura que está fervilhando em minha cabeça. Ainda sem acreditar que Noora estava viva todos esses anos e o por que ela me escondeu isso de mim por tanto tempo.

Flashback ON

Noora?

Cambaleio pra trás e pisco algumas vezes. Meu rosto deve estar branco pelo impacto, pois minha visão se embaraça um pouco.

— Sim, sou eu meu amor. Estou viva. - ela sorrir tentando me abraçar, mas logo me afasto absorto e sem palavras para o que vejo a minha frente.

— Mas... E-eu te vi morta. - engulo seco segurando minha comoção ao vê-la.

Chocado.

Essa seria a palavra certa para o que estou sentindo no momento.

— Eu sei, é muito complicado tudo isso mas irei lhe explicar tudo o que aconteceu.

Apesar dos cabelos estarem mais escuros e curtos, eu sempre irei reconhece-la.

É a Noora.

Vendo a confusão em meu olhar e meu estado, ela olha ao redor e então diz.

— Eu imagino a confusão que deve estar sua cabeça agora, é melhor irmos para um lugar mais reservado.

Apenas assinto minha cabeça e caminho em direção ao café que iria até tudo isso acontecer. Estou soando frio e permaneço longe dela.

Que porra está acontecendo?

Escolho uma mesa afastada, e me sento de frente pra ela. Na minha cabeça passam milhares de coisas, mas preciso ouvir de sua boca o qual será sua explicação.

O garçom se aproxima da mesa, e logo me reconhece.

— Boa tarde Sr. Lorenzo, o que vão querer. - antes de responder, Noora faz seu pedido.

— Um baunilha latte pra mim e um espresso macchiato pra ele, com duas colheres de açúcar. - ela volta seu olhar para o meu — É o que ele mais gosta.

— Gostava, quero um cappuccino tradicional.

O sorriso desfaz de seu rosto e ela pigarreia enquanto o garçom se afasta.

— Então...

Ela respira fundo, encara suas mãos e logo depois seus olhos verdes encontram os meus. Aqueles mesmos olhos verdes por qual me apaixonei há cinco anos atrás.

— No dia em que Salvatore me sequestrou, quando eu levei um tiro e disse que te amava eu pensei que iria morrer. Desmaiei e acordei seis meses depois de um coma em um hospital. Os médicos perguntaram se eu estava bem e a primeira coisa que perguntei foi se você estava vivo. Eles não souberam responder e me avisaram que eu fiquei em coma por seis meses. Na hora eu fiquei chocada, e só cai na real quando meus pais foram correndo me ver e começaram a me explicar tudo o que tinha acontecido naquele dia. Eu estava praticamente morta quando a Interpol chegou no cativeiro, um minuto a mais eu teria morrido. Eles me levaram para o hospital as pressas e logo fui operada, mas meu estado era crítico e fiquei em coma induzido. - o garçom trás os pedidos e ela continua —Estava em um hospital da pequena cidade em em que eles moravam, no norte da Itália por precaução. Ninguém me interrogou pois estava em outra cidade e o caso já tinha sido arquivado. - ela respira fundo e engole seco — Então meus pais me avisou que estava dada como morta. Foi uma iniciativa da Interpol de me proteger depois que descobriram que você e Salvatore estava envolvidos no caso. E eles me avisaram que iria continuar assim, para o meu bem pois tinham medo de Salvatore. Ele estava solto e poderia fazer algo comigo se soubesse que estava viva. Eu rebati e briguei com os dois falando que eu aceitaria se ao menos pudesse dizer a você que estava viva. Eles não deixaram e falaram que se você soubesse, Salvatore poderia descobrir de algum jeito que estava viva e descobrir meu paradeiro. E vendo o quanto os meus pais sofreram com o acidente, de quase ter morrido e o quanto eles sofreram durante o coma, eu acabei aceitando. Foi muito difícil deixar você acreditar que estava morta, mas aceitei por eles e por mim. Eles disseram que quando ele fosse pego, eu poderia voltar pra você. A realidade era que eu estava com medo do que podia acontecer se Salvatore descobrisse. Ele não me deixaria em paz, nem a mim e nem a minha família.

Sedução Mafiosa: Para Sempre SeuOnde histórias criam vida. Descubra agora