C a p í t u l o C i n c o - D e s a v e n ç a s

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CATERINE
Florença, 27 de dezembro.

Resolvi vir fazer compras com Telma, pois estava faltando algumas coisas na dispensa. Parando pra pensar é a primeira vez em meses que entro em um mercado, a última vez foi quando ainda estava morando com meus amigos. Telma e Silvia sempre fizeram as compras, mas como estou sem fazer absolutamente nada, eu decidi vir com ela. Assis nos trouxe no mercado mais próximo e não pude deixar de reparar no quanto o humor dele melhorou. Depois que a Bella me contou tudo que rolou entre os dois é impossível ver aquele cara fechada, durão que ele sempre foi pra mim. Quem diria? Minha melhor amiga tendo um caso com meu segurança.

Sorrio pois é inevitável com as lembranças dos detalhes sórdidos que Bella fez questão de me contar, enquanto pego alguns alimentos enlatados.

— Sra. Bertolazzo, irei pegar alguns legumes.

— Ok, te encontro no caixa.

Telma se afasta e passo meus olhos pelos produtos antes de pegar uma lata de palmito.

— Lorenzo adora palmitos.

Travo meu maxilar, olho pra trás e encontro Noora parada ao lado de um carrinho com aquela cara de songa monga. Fecho meu rosto, me viro para ela e cruzo meus braços lhe encarando.

— O que você quer?

— Nada, apenas te dei uma dica.

— Eu não preciso das suas dicas, conheço meu marido muito bem. - ela abre um sorriso cínico e minha vontade é de voar na cara dela para desfaze-lo.

— Se está dizendo...

Aperto meus olhos e dou dois passos em sua direção.

— Você acha que me engana? Volta dos mortos e da uma de coitadinha pra cima do Lorenzo? Ha ha só um aviso, eu não sou burra sei que está escondendo algo. - continuo lhe encarando feio e ela mantém a pose de songa mas vejo que em seus olhos há algo sombrio.

— O que eu quero você já sabe, lutarei pelo Lorenzo e nem você e nem ninguém vai me impedir. - sorrio debochada.

— Acho que você não terá grandes resultados já que estamos super bem, depois da noite inteira de amor que tivemos no Natal depois que ele mandou você ir embora. - ela engole seco.

Toma sua puta.

— Uma hora ele vai se cansar de você e perceber que me ama.

Encurto o espaço que há entre nós duas e digo baixo puxando uma mecha de seus cabelos sem cor.

— Eu faço bem gostoso, do jeito que ele ama e não é só na cama é na vida dele também, tanto é que ele me pediu em casamento. Ele fez isso na sua época? Ah eu acho que não querida. Então se afasta do meu homem ou da próxima vez eu deixo uma marca nessa sua cara de sonsa. Capiche?

Dou as costas jogando meu cabelo na cara dela e antes de virar para a próxima sessão, olho pra ela novamente que continua estátua.

— E a propósito, eu sei que essa sua historinha não passa de uma farsa e pode ter certeza que eu irei te desmascarar.

Saio rebolando indo em direção ao caixa com um sorriso vitorioso no rosto.

Caterine 1 x 0 Noora.

(...)

— Amiga do céu não acredito que você disse isso a zumbí. - Bella para de mastigar assim que descrevo minha manhã no mercado.

— Caterine? O que houve com minha amiga que fazia parte dos 3% que não brigava por causa de macho? Evaporou?

Sedução Mafiosa: Para Sempre SeuOnde histórias criam vida. Descubra agora