Capítulo Vinte e um

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Seis Meses

- As ações da empresa tem crescido muito, temos praticamente eliminado  a concorrência.- Julia mostrou-me as planilhas que ela trouxera em sua pasta.

- Isso é muito bom!- Falei mostrando minha animação.

- Temos que comemorar. Falei com algumas pessoas da igreja, e aproveitando  o aniversario do pastor, iremos fazer um jantar hoje após o culto. Vamos?- Ela juntou as mão implorando por um sim, embora eu tenha recusado todos os convites feito para mim nos últimos seis meses.

- Não sei Julia, ainda estou trabalhando para descobrir onde minha esposa está, se minhas contas estiverem certas, ela já deve está com quase sete meses de gestação, e não saber onde ela está tem me deixado louco.

- Por isso Caio, você precisa esfriar a cabeça e confiar que Deus está cuidando dos dois.- Disse pegando minhas mãos.- Vamos?- Pediu novamente.

Eu suspirei. Julia estava certa, assim como a Ana e a Cristina. Tenho vivido como uma maquina, só penso no trabalho e nada mais, não me surpreende o fato da empresa está crescendo tanto, tenho me esforçado cem por cento aqui, e em nada mais.

- Tudo bem então, eu vou. Mas só porque envolve comida.- Falei brincando. 

Nós dois começamos a rir. Nos últimos meses, Julia tem feito eu me sentir bem, acho que nunca rir como quando eu estou com ela. 

- Sabia que com insistência eu conseguiria te tirar da bat-caverna.- Falou, se referindo ao fato dela ter me comparado a Batman, pela fato de eu não ter sorrido tanto nos últimos meses.

- Obrigado Julia, você tem sido uma ótima amiga.- Falei sincero.

- Eu sei, eu sou demais.- Sorriu e me fez rir junto.- Tenho que ir agora, preciso terminar mais algumas coisa e depois eu vou pra casa. Nos vemos no culto, deixe a capa em casa Bruce Wayne.- Ela caminhou para fora do escritório e acenos antes de fechar a porta.

Eu me recostei na cadeira e suspirei pensando em como a Regina estaria agora, se estava feliz, se estava com alguém; confesso que essa última parte me deixa com o coração em pedaços. Ficar meses sem saber dela tem me tirado o sentido de viver. Precisava voltar pra igreja, deixar que Deus tomasse o centro da minha vida, que consolasse esse meu coração ansioso. Talvez a ideia da Julia não fosse ruim.

Levantei-me e caminhei para fora do escritório. Martha, minha nova secretária, se despediu de mim antes que eu entrasse no elevador.

Fui direto para minha casa e desabei na cama.

Meu celular tocou de um numero desconhecido, me bateu á esperança de que talvez fosse a Regina.

Imediatamente o peguei e atendi.

- Alô?- Esperei por uma resposta, que veio logo em seguida, acompanhada com a minha frustração do dia.

- Caio? Sou eu o Diggie, trabalho para a Mídia off Word, peguei o seu número com á Martha, imagino que ela tenha lhe avisado sobre a minha ida ao seu escritório hoje cedo.- Diggie Hathy  falou tão rápido que eu tive que me esforçar ao máximo para entender cada palavra.

-Ela avisou sim, desculpe não ter atendido, eu estava em uma reunião.- Me deitei novamente, com o telefone em mãos.

- Não tem problemas.- Falou ele.- Eu só preciso de um tempo com o senhor, para poder fazer uma entrevista para a MW. Quando posso ter um minuto do seu tempo.

- Amanhã às dez. Estarei com a minha sócia e nos dois poderemos lhe conceder essa entrevista.

- Ótimo!- Diggie desligou depois de acertar todos os detalhes da tal entrevistas.

Joguei o telefone no criado mudo e me deitei novamente, fiquei de barriga pra cima encarando o teto. 

- Droga Regina!- Murmurei frustrado.

- Falando sozinho agora?- Cristina indagou sentando-se ao meu lado.

- Como você entrou?- Indaguei me sentando.

Ela levantou a chave da Regina na altura dos meus olhos. Eu assenti.

- Preciso devolve-la?- Indagou e eu neguei.

- Tem falado com ela?- Ela assentiu.

- Ela me disse que estava bem, que voltou a exercer a medicina onde ela está, que tem feito o pré natal direito e...- Ela hesitou um pouco.- É uma menina.- Ela sorriu e eu retribuir. 

- Vou ser pai de uma princesa.- Falei 

- Vai!- Ela segurou a minha mão me passando conforto.- Você vai conhece-la.- Falou convicta.

-Queria poder ir até elas.- Falei esperando que a Cristina me dissesse onde ela estava.

- Eu não sei onde ela está Caio, ela não me disse.- Falou cabisbaixa e eu assenti.

- Eu estou cansado de esperar!- Falei sincero.

CONTINUA

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