Uma hora depois...
Acordei com o barulho da janela batendo na parede. A toalha livre dos meus cabelos úmidos e amassada por sobre o travesseiro. Alguns dos fios soltos estavam secos, outros ainda não.
Levantei-me e notei que o vento estava forte. Fechei a parte de vidro da janela e sentei na cama novamente. Pensei, pensei, em várias coisas, mas na principal ainda mais : Emmett. Não é possível, isso já está se tornando um hábito.
Em seguida, levantei, abri a gaveta na qual havia guardado a carta e a peguei. Desci, com a mesma nas mãos e sentei no sofá. Liguei a televisão e em meio a um comercial e outro, encarava a carta e refletia sobre aquilo. Aquilo, que me deixava nervosa e me dava borboletas no estômago. Não sei como ainda não vomitei.
[...]
Decidido. Depois de passar horas na sala, lendo, vendo televisão, comendo, conversando com meu irmão e principalmente comendo, decidi aceitar o convite de Emmett para o dia seguinte. Fui até o meu quarto, tirei dezenas de roupas do meu guarda-roupa e fiquei alguns minutos descartando opções, guardando-as de volta e separando as que gostava. Por fim, separei um look que tinha montado e amado, e então, deixei na poltrona ao pé da cama. Longa noite.
Dei boa noite ao meu irmão e a minha mãe e fui me deitar. Apesar de não estar com sono, sabia que o dia seguinte seria cansativo. E põe cansativo nisso!
Nova York, quarto da Rosalie, 10h47min, domingo.
Acordei desajeitada, já revirando na cama, sem sono, há alguns minutos. Tentar dormir de novo? Seria em vão, a ansiedade palpitava em mim como nunca antes. Tentei ignorá-la - em vão novamente - e joguei os cobertores de lado, levantando-me depressa o bastante para me sentir tonta. Continuei andando apesar do escuro em meus olhos, um nublado causado pela confusão que deve ter sido formada quando levantei rápido demais.
Fui até o banheiro e me olhei no espelho. A cara amassada e mais branca do que nunca, exceto por todos os dias quando durmo demais, me fez pensar bem sobre tomar um banho. Entrei no chuveiro, passei o sabonete pelo meu corpo, o shampoo e o condicionador pelos meus cabelos, enxaguei um de cada vez e fiquei mais algum tempo lá dentro, para acordar melhor. Depois, me enrolei na toalha e saí.
Vesti uma blusa branca de tecido leve e mangas curtas, uma calça de cotton preta e calcei os chinelos. Sequei o cabelo de leve com a toalha e desci para a cozinha. No caminho, encontrei Edward.
—Bom dia, mana. - ele me deu um beijo e sorriu -
—Bom dia, Ed. - sorri de volta e continuei a descer as escadas. Parei por um instante para fazer um simples convite. - Vamos tomar café? - olhei para trás, o encarando no corredor -
Ele permaneceu em silencio, talvez pela estranheza do convite. Sorri, sendo mais convidativa.
—Vamos. - ele disse, por fim.
Então descemos juntos, e quando chegamos á cozinha, lá estava minha mãe. Ótima manhã, Rose. Ironia pesada, logo de manhã.
—Bom dia, mãe. - Edward disse, chegando primeiro à cozinha. Estrategicamente pensado por mim, planejei para que adiássemos a possível briguinha matinal.
—Bom dia, filho. Dormiu bem? - ela deu um beijo no rosto dele, parando por um segundo, de fazer seu pão com sei lá o que.
Edward assentiu positivamente em resposta, enquanto eu me aproximava da geladeira para pegar o leite.
—Bom dia, mãe. - falei, enquanto encarava as prateleiras da geladeira, procurando pela caixa de leite.
—Bom dia, Rose. - ela sorriu, pelo que vi de canto de olho.
Depois de alguns segundos procurando o tal leite, resolvi perguntar. Como um leite some assim, gente?
—Mãe, você colocou o leite na geladeira ontem? Porque ele não está aqui. - dei mais uma olhada, fechando a porta da geladeira em seguida.
—Acabou o leite daí, tem mais no armário. - ela indicou o armário no canto esquerdo da pia, aonde fui para pegar o que queria.
Peguei a caixa e me servi com uma caneca até a metade. Depois, coloquei o leite na geladeira.
—Obrigada. - agradeci, gentilmente, enquanto acrescentava achocolatado ao leite, e mexia com a colher sobre a pia.
Sentei à mesa, ao lado de Edward, no lado contrário ao que minha mãe estava, já que ela ocupava todo o outro lado com a toalha dela e os pães. Comi uma torta que minha avó havia feito e eu havia trazido para cá e bebi o achocolatado, em meio a uma conversa e outra com meu irmão e algumas meias palavras com minha mãe. Depois, lavei e deixei tudo em ordem, com a ajuda de Edward e minha mãe e subi para o quarto, para arrumar a cama, abrir as janelas e ler um pouco.
Horas depois...
As horas passaram rápido, se assim posso dizer, mas não tranquilamente. Bom, isso significa que as páginas que li do meu livro, não me acalmaram nem um pouco e não me lembro de nem uma que li. Ou seja, vou ter de ler tudo de novo, outra hora, é claro.
Agora sentada na cama, a insegurança e a ansiedade me pegaram de jeito. Levantei, mesmo com o coração na mão e as mãos trêmulas - e olha, eu não sei porque me sinto assim - levantei, peguei tudo o que havia separado para me arrumar - maquiagem, roupa, sapato, brinco, penteado no passo a passo no celular - e fui para o banheiro. Lá, coloquei o vestido que minha avó havia me dado de presente há alguns meses, mas que eu nunca havia usado. Modéstia à parte, ficou lindo. Depois, coloquei as botas de cano baixo que combinavam perfeitamente com aquele vestido, fiz minha maquiagem, - composta por: rímel, sombra e batom vinho -, as unhas estavam feitas em francesinha com as pontas brancas e o restante em renda, prendi meu cabelo num coque meio solto no topo da cabeça e tirei uma foto, pra analisar. Por incrível que pareça, mesmo que pareça que eu não me importo, o que é um pouco raro, eu precisava MESMO estar PERFEITA.
Look Rosalie:
http://www.polyvore.com/first_date_with_emmett_cullen/set?id=204532161
Suspirei, sabendo que talvez, aquela fosse uma tarde desastrosa, mas talvez, conforme eu desejava, seria a tarde perfeita. Passei um perfume qualquer que estava em cima da minha cômoda, já que eu gostava do aroma de todos e fui para o corredor, com o celular na mão e o dinheiro que talvez precisaria, dentro da capinha do celular. Eu até teria pego uma bolsa, mas a pressa falava mais alto.
Três horas e quatro minutos. Mandei uma mensagem para Emmett, porque não havia avisado que iria, e a essa hora ele deveria estar pensando que eu havia recusado o convite ou desistido de ir. Dizia apenas isso na mensagem:
"Com amor, Rosalie. ♥."
Fui até o quarto de Edward e pedi:
—Ed, estou saindo para encontrar com Emmett no Oestville Park. Vou caminhando, é perto daqui, mas não quero levar muita coisa, então, será que pode abrir a porta pra mim? - sorri, encarando-o.
—Claro, Rose. Vamos lá. - ele levantou de imediato.
Descemos as escadas, nos despedimos e saí pela porta que ele abriu. A porta fechou atrás de mim. Fui atravessar a larga rua, a rápidos passos, para chegar logo ao encontro de Emmett, o mais rápido possível.
Na pressa em comum que eu e um motorista tínhamos, um carro veio em minha direção, quando eu atravessava a rua, querendo apenas chegar à calçada. No fim, por mais depressa que eu corresse, tudo que vi foi um clarão e logo depois, tudo se apagou com o som de uma buzina e um freio. As pessoas pareciam murmurar horrorizadas, antes de eu esquecer de tudo, porque depois disso, tudo o que eu me lembro é do escuro que se formou por completo.
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Assim, do meu jeito.
FanfictionRosalie Lilian Hale, uma líder de torcida americana, completamente patricinha, amava pentelhar as pessoas com seus cabelos loiros, senso de moda e salto alto, por quanto tempo fosse contável. Parte desse comportamento se esmaeceu no dia em que Rosal...