Capítulo 17 - Let's go!

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Quinta-feira, 06h00min...

POV. ROSALIE

Com o som do despertador alto soando ao meu lado, abri os olhos, desesperada, e bati a mão no celular, que voou para o chão.

—Bom dia. - falei para mim mesma, em voz alta, enquanto ouvia o meu celular se espatifar no chão. -

Lembrando-me qual compromisso me fazia acordar cedo naquele dia, levantei apressada e peguei o celular no chão, sem prolongar demais aquilo. O despertador havia desligado, evidentemente, então apenas coloquei o aparelho novamente sob o criado-mudo e fui em direção ao banheiro, tomar um banho e me ajeitar.

(...)

Em alguns minutos, depois de arrumar minha cama e abrir a janela do meu quarto, me olhei no espelho, finalmente. Eu tinha resistido a isso, confiando que não me deixaria encontrar defeitos no modelo que montei ontem. O seguinte era composto por uma regata rosa bebê, puxando um pouco para o bege também, com um amarrado na frente, uma calça jeans rasgada nos joelhos, com uma Alpargatas das Havaianas nos pés, bege e de tecido. Para acessórios, dessa vez eu usava apenas um brinco de pedras brancas, em formato de folhas extensas pela curva que seguia o desenho da orelha. Na maquiagem, o batom rosado claro, quase em tom de pele e nos olhos, os cílios maiores por causa da máscara.

Look Rosalie:

http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=215935693

Em seguida, desci para tomar meu café, estranhando o silêncio na casa. As malas já estavam no andar de baixo, - "malas" porque, acabei resolvendo fazer duas - uma sendo menor, claro. - por precaução. - então era só tomar café.

Seguindo para a cozinha, me servi de pão com creme de amendoim, e para beber, um cappuccino, que fiz em dois minutos na cafeteira. Sentei-me na mesa e tentei comer devagar, para que não me sobrasse mais tempo do que precisava para organizar a cozinha, e escovar os dentes, depois.

—Bom dia, filha. - minha mãe entrou na cozinha, vestindo a blusa polo vinho que usava no trabalho e uma calça jeans simples. -

—Bom dia, mãe. - sorri, agradecendo por me sentir menos sozinha. -

Logo, lembrei que Edward também iria viajar, e imaginei por que raios ele não estava acordado ainda, sendo assim.

—O Edward acordou? - perguntei, finalizando minha refeição com um último gole de cappuccino, enquanto levantava da mesa. -

—Não, filha. - ela fez uma cara de "óbvio", e riu. - Ele já saiu para a viagem, não te contou que iria?

—Contou... É, eu devia ter imaginado que ele sairia cedo. - pensei, dando de ombros por um segundo. -

—Ele saiu às 05h30min. Até perguntou de você, eu disse que achava que iria mais tarde. - eu assenti, concordando, enquanto guardava a louça já lavada. -

Depois de fazer menção que iria subir, o fiz, subindo as escadas de dois em dois degraus, me aproveitando das chances de zero por cento de cair, com as alpargatas pouco escorregadias nos pés.

Quando cheguei ao meu quarto, logo passei em frente ao espelho e corri para o banheiro, onde escovei os dentes e ajeitei o cabelo outra vez. Quando fiquei parada ali, comecei a pensar em tudo de novo: nos pesadelos, nos beijos, no começo de tudo aquilo, no acidente e tentei dar uma espiada em como seria aquela viagem, imaginando no meu inconsciente. Vagamente, imaginei as coisas boas que poderiam acontecer, e depois acabei me perdendo nos defeitos que poderiam surgir naquelas mesmas memórias. Pensei no meu irmão também, quando terminei minha linha de raciocínio sobre a viagem, e em como tudo era mais difícil sem ele ali pra me distrair e acalmar.

Assim, do meu jeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora