Capítulo 15 - Invitation

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Mansão Cullen, 16h30min...

POV. EMMETT

Me acostumar com a ideia de que Rosalie viria aqui esta noite não era tão fácil assim. Tudo tinha que parecer tão eu justo nesse dia? Tudo o que eu arrumava, saía do lugar pela minha própria inquietude, fosse em me jogar no sofá organizado e bagunçá-lo, ou em eu mesmo não parar de tirar comidas da geladeira e fabricar louça para lavar, quando eu deveria guardar tudo e ficar quieto, de uma vez só.

—Mãe, estou indo tomar banho. – avisei-a, subindo as escadas de dois em dois degraus.

—Certo, a comida para o jantar vai estar pronta logo, depois que guardá-la vou me trocar também. – ela respondeu, com seu tom cuidadoso e razoável.

Entrei no chuveiro, tirando as peças que me vestiam num segundo, e jogando-as em frente ao boxe de vidro. Deixei que a água tentasse me acalmar os ânimos, enquanto abria os olhos só para pegar o sabonete ou o shampoo à minha frente. Sem me dar conta, agilizei o processo com a forma rápida como o fiz por inteiro, e logo estava saindo do banho com uma toalha enrolada na cintura, pronto para me vestir.

Ao adentrar meu closet, depois de vestir uma cueca Box qualquer da minha gaveta no guarda-roupas, escolhi dentro de alguns minutos, uma camisa de mangas curtas, de botão, jeans clara e uma calça também jeans, escura. Para os pés, escolhi um All-Star preto de cano médio, que a calça pudesse esconder. Como único acessório que eu usava e, aliás, nunca tirava, o bracelete preto com o brasão da família Cullen.

Assim, logo eu estava pendurando a toalha que usara sobre o gancho no banheiro, e passando um perfume qualquer entre alguns da Calvin Klein, guardados na prateleira principal do armário da pia. Depois que o fiz, escovei os dentes e desci, pronto para que, finalmente, o relógio me permitisse sair, batendo os ponteiros em 17h20min.

Assim que dei os últimos passos em direção ao sofá, e pude, novamente, me afundar nele, vi minha mãe arrumando um arranjo de flores sobre o piano de cauda branca, ao lado da porta de entrada, de vidro. Pareciam orquídeas, e a cor arroxeada nas pontas das pétalas combinava perfeitamente com o branco do instrumento em que estavam apoiadas.

—Já? – ela me encarou, surpresa e com um sorriso nos lábios.

Olhei no celular: "17h08min".

—É, talvez eu esteja adiantado. – dei de ombros, rindo.

—Bem, isso é bom. – ela sorriu. – Não se preocupe em ansiar por tudo, logo ela estará aqui e tudo dará mais certo do que nunca. – como quem lia meus pensamentos, minha mãe chegou perto de mim, atrás do sofá, e acariciou meus cabelos devagar, aproveitando o arrastar demorado das palavras na frase que formulara.

—Obrigado, mãe. – sorri, erguendo uma mão para trás para afagar seu ombro.

Logo ela se afastou. Me deu um beijo no topo da cabeça e sumiu no subir das escadas. E então, fiquei na sala imaginando, como quem não tenta evitar, como seria aquela tarde, e aquela noite. Talvez eu não devesse pensar mais, certo? Mas não podia evitar. Era agonizante.

Na casa de Rosalie, 17h23min...

POV. ROSALIE

Certo, eu tinha menos de dez minutos para terminar minha maquiagem, pendurar a toalha que ainda estava sob o meu braço, e pegar uma bolsa discreta para colocar meu celular e nécessaire. E, além disso, mostrar minha pontualidade, ficando pronta no momento em que Emmett parasse o carro em frente a minha casa. Muitas tarefas para uma Rosalie só, não é? Bem, talvez eu consiga.

Assim que terminei minha maquiagem, composta por máscara de cílios preta, delineador preto, formando um desenho de olho de gatinho nos olhos e batom vermelho, pendurei minha toalha que pendia em meu braço direito, guardei os instrumentos de maquiagem na nécessaire, e fui escolher uma bolsa simples no guarda-roupas.

Assim, do meu jeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora