Capítulo 9 - Keep an angel by your side

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POV. EDWARD

Entrava em meu quarto, quando ouvi meu celular tocar, perto da janela que dava vista para a rua e acesso á varanda. Ouvi o som de uma buzina de carro prolongada, mas ignorei. - Afinal, ouvimos isso o tempo todo em Nova York. - Vi no visor do celular, de longe, uma ligação perdida de Bella. Curvei-me para pegá-lo, porém, o cantar dos pneus tão perto, e novamente o som de uma buzina, me chamaram atenção. Pelas frestas da janela vi um grupo de pessoas se juntando perto do carro. "Melhor ir dar uma olhada.", pensei e o fiz.

Abrindo a janela, encostei-me às grades que faziam o muro baixo da sacada. Estendi o olhar ao longe, procurando por entre os prédios e casas mais a frente da minha, e não encontrei nada. Estranhei. Inclinei o pescoço para procurar mais perto da porta de casa, na avenida, e então identifiquei de havia vindo o som alto da buzina e o aglomerado de pessoas. Parecia um atropelamento, ou uma colisão de um pedestre com um carro. Depois de alguns segundos pude ver os cabelos loiros da vítima jogados na calçada, assim como seu corpo que fora arremessado. Mas, havia alguma coisa muito familiar. Espera... Minha irmã?!

Rosalie, Rosalie, Rosalie!

Peguei meus sapatos ao lado da cama, junto com o celular e desci rapidamente, em questão de segundos, calçando meus pés com tais sapatos, enquanto tropeçava pela escada, com pressa. Um tremor leve tomava conta de mim. Minhas pernas mal conseguiam se sustentar em dados momentos, mas me mantive firme, visto que, agora que teria de tomar as rédeas da situação.

Saí pela porta, girando a chave e arrancando-a da fechadura, levando-a para o meu bolso em seguida. Atravessei a rua com pressa, sem preocupação com o fluxo de carros, porque o tal carro do atropelamento barrava a passagem. Chegando perto do grupo de pessoas, pedi licença apressadamente e passei por entre as pessoas, até chegar à minha irmã, desacordada no chão. Me ajoelhei e tomei seu rosto em minhas mãos, apalpando sua nuca e as bochechas, agora mais brancas do que coradas, na tentativa - em vão - de reanimá-la.

—Rose? - afastei seus cabelos do rosto e voltei seus olhos fechados para os meus - Rosalie, fala comigo, por favor. - encostei meu dedo em seu pulso, que ainda palpitava. Passei um de meus braços ao redor de seu pescoço, por onde ergui sua cabeça, com cuidado. "Não vai acordar tão cedo. Melhor não mexer na fratura que pode ter se formado.", pensei novamente, comigo mesmo. Peguei o celular e liguei imediatamente para a emergência. Dei o endereço ao serviço de paramédicos de emergência e expliquei o ocorrido brevemente.

Alguns minutos depois...

Por sorte, os paramédicos daqui sempre foram muito eficientes. Sendo assim, chegaram logo e colocaram minha irmã na maca, para dentro da ambulância, onde fui como acompanhante, em silêncio por todo o caminho, pensando em como eu só conseguia desejar que ela ficasse bem.

POV. EMMETT

Antes sentado num banco do parque marcado para o encontro, agora de pé, impaciente, com o celular nas mãos, lendo e relendo a curta frase que Rose havia me mandado como mensagem há alguns minutos. "Talvez ela tenha te dado cano.", meu subconsciente alertou o que tentei ignorar. Bem, já haviam se passado minutos e eu não conseguia mais esperar. Mandei uma mensagem para ela perguntando se viria, mas ela não respondeu. Decidido. Caminhei para casa, enquanto ligava para minha mãe.

(Ligação on)

—Alô? - ela atendeu -

—Oi mãe, é o Emmett.

—Oi filho, precisa de alguma coisa? - ela perguntou, gentil, como sempre. -

—Na verdade não. Só liguei para avisar que... - ela me cortou.

Assim, do meu jeito.Onde histórias criam vida. Descubra agora