Capítulo 21

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"Estou pensando em como as pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas.
Talvez apenas o toque de uma mão Eu, me apaixono por você a cada dia. –Ed
Sheeran.


Um zumbido mecânico fez Lola pular. Ela olhou diretamente para uma câmera de vigilância pregada acima da porta de Richard.

Os vermelhos. Dando zoom em cada um dos seus movimentos. Ela se
encolheu, embaraçada por razões que nenhuma câmera seria capaz de
discernir. De todo modo, ela tinha vindo aqui para ver Lana – cujo quarto, ela percebeu, pelo jeito era do outro lado do corredor em frente ao quarto de Richard.


Em frente ao quarto de Lana, Lola sentiu uma pequena pontada de doçura. Toda a porta estava lotada por adesivos - uns impressos, outros obviamente caseiros. Havia tantos que eles se sobre punham, cada slogan semi cobrindo e geralmente contradizendo o que o de cima dizia. Lola riu baixinho imaginando Lana coletando adesivos indiscriminadamente (PESSOAS MÁS SÃO DEMAIS... MINHA
FILHA É UMA ESTUDANDO NOTA ZERO NA Sword&Cross... VOTE
NÃO NA PROPOSIÇÃO 666) e então colando-os com um foco casual –
mas compromissado – em seu território.


Lola podia ter ficado entretida por uma hora lendo a porta de Lana, mas logo ela se sentiu consciente de que estava em frente a um quarto de dormitório que ela estava somente meia certa de que havia
sido convidada.

Então ela viu um segundo avião de papel. Ela tirou-o do quadro e desdobrou a mensagem:

"Minha Querida Lola.
Se você realmente apareceu para sairmos hoje à noite, parabéns! Nós vamos nos dar tããão bem!
Se você me deu um bolo, então... tire as suas garras da minha carta privada, Richard!! Quantas vezes eu tenho que te dizer isso?Jesus.
De qualquer modo: eu sei que disse pra você passar aqui essa noite, mas eu tive que correr da estação de descanço e recuperação na enfermaria (a cereja em cima do bolo do meu tratamento de arma de choque hoje) para fazer uma revisão de biologia com a Albatroz. Ou seja,fica pra próxima?
Sua psicoticamente
L."


Lola ficou com a carta nas mãos, incerta sobre o que fazer a
seguir. Ela estava aliviada por Lana estar sendo cuidada, mas ela
ainda desejava poder ver a garota pessoalmente. Ela queria ouvir a
indiferença na voz dela, então ela saberia como sentir-se sobre o que
houve na lanchonete. Mas estando ali no corredor, Lola estava cada vez
mais incerta sobre como processar os eventos do dia. Um pequeno
pânico a invadiu quando ela percebeu que estava sozinha, depois da escuridão, na Sword &Cross.

Atrás dela, uma porta abriu-se. Uma fatia de luz apareceu no chão abaixo do seu pé. Lola ouviu música sendo tocada dentro do quarto.

—O que cê tá fazendo? -Era Richard, parado no vão da sua porta
com uma camisa branca e jeans rasgados. Ele estava com seu topete liso e segurava uma gaita nos lábios.

—Eu vim ver Lana, Lola disse, tentando controlar-se para
olhar através dele se havia alguém mais no quarto. —Nós íamos...

—Ninguém está em casa,– Ele disse, obscuramente. Lola não sabia se ele queria dizer de Lana ou todas os outros no dormitório, ou o que. Ele assoprou algumas notas na gaita, mantendo seus olhos nela o
tempo todo. Então ele abriu a porta um pouquinho mais e ergueu suas
sobrancelhas. Ela não conseguia afirmar se ele estava ou não
convidando-a para entrar.

—Bem, eu só estava passando a caminho da biblioteca– ela
mentiu rapidamente, virando-se para o caminho de onde ela havia
vindo. —Há um livro que eu preciso emprestar. – Lola diz.

Lola. –Roland chamou.
Ela se virou. Eles não haviam se conhecido ainda oficialmente,
e ela não esperava que ele soubesse o seu apelido. Seus olhos relampejaram um sorriso para ela e ele usou a gaita para indicar adireção oposta. "A biblioteca é para lá," ele disse. Ele cruzou os braços sobre o tórax. —Tenha certeza de checar as coleções especiais da parte leste.

Obrigada.–Lola disse, sentindo-se realmente grata enquanto
ela mudava de direção. Richard parecia tão real ali, acenando e tocando algumas notas na sua gaita enquanto ela saía. Talvez ele só tenha feito- a sentir-se nervosa mais cedo por ela ter pensado nele como amigo do Charlie. Pelo que ela sabia, Richard podia ser uma boa pessoa.

Seu humor se elevou enquanto ela caminhava pelo corredor. Primeiro a
carta de Lana havia sido impertinente e sarcástica, depois ela teve
um encontro não-estranho com Richard Coleman; além do mais, ela
realmente queria dar uma olhada na biblioteca. As coisas estavam
ficando boas.




Capítulo revisado, me desculpem se teve algum erro que passou despercebido!

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Love Will Remember (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora