Emily Walker vivia sua vida como uma adolescente comum de cidade grande, estudava, tinha momentos de diversão com sua melhor amiga e ia em algumas festas. E em uma dessas festas ela se vê entrando no próprio inferno.
Todos os diagnósticos diziam a...
O coração de Lola pulou quando ela olhou para seu próprio relógio. Ela e Liz haviam falado apenas quinze palavras uma para a outra - como seus quinze minutos já podiam ter acabado?
- Lola? Oi? - Liz parecia impaciente do outro lado da linha. - Você está sendo estranha. Tem alguma coisa que você não está me contando? Você já me substituiu por algum cortador de escola reformatória? E o cara?
- Shh - Lola assobiou no telefone. - Matt, espere - ela disse, segurando o telefone longe de sua boca. Ele já estava meio caminho da porta. - Só um segundo. Eu estava... - ela engoliu - eu estava só me despedindo.
Matt deslizou seu relógio de bolso para dentro da parte da frente de seu blazer preto e se duplicou em relação a Lola. Ele ergueu seus olhos verdes e riu alto quando ouviu a voz de Liz crescer do telefone.
- Não pense em desligar. Você não me contou nada! Nada!
- Eu não quero por ninguém pra fora - Matt brincou, gesticulando para o telefone que ladrava. - Pegue minha ficha, você pode me devolver qualquer dia desses.
- Não - Lola disse rapidamente.
Da mesma forma que ela queria continuar falando com Liz, ela imaginou que Matt sentia do mesmo jeito em relação a quem quer que ele fosse telefonar. E diferente de várias pessoas na escola, Matt não havia sido nada mais que legal com ela. Ela não queria o fazer abrir mão de seu turno no telefone, especialmente agora, que ela estava nervosa sobre fofocar com Liz a respeito dele.
- Liz - ela falou, suspirando no telefone. - Eu tenho que ir. Eu ligo logo assim que...
Mas então só havia o vago zumbido do tom de discagem em seu ouvido. O telefone havia sido programado para ser usado apenas por quinze minutos. Agora ela podia ver o pequeno contador marcando 0:00 em sua base. Elas nem haviam se despedido e agora ela teria que esperar mais uma semana inteira para ligar.
Horário estendido na mente Lola é como um abismo sem fim.
- Melhor amiga? - Matt perguntou, entrando no cubículo ao lado de Lola.
Seus suas sobrancelhas continuavam arqueadas.
- Eu tenho três irmãs mais novas, eu posso praticamente cheirar a vibração de melhores amigas ao telefone.
Ele se inclinou para frente como se ele fosse cheirar Lola. o que a fez soltar um riso abafado... E depois congelar. A aproximação inesperada dele fez o coração dela pular.
- Deixe-me ver - Matt endireitou-se para trás e levantou o queixo. - Ela quer saber tudo sobre os bad boys de escolas reformatórias?
- Não!
Lola sacudiu a cabeça para provar veementemente que caras não estavam na sua mente de qualquer forma... Até que ela percebeu que Matt estava apenas brincando. Ela corou e fez uma piada de volta.
- Eu quis dizer, não há nenhum solteiro bom aqui.
Matt piscou.
- Precisamente o que deixa isso tão excitante. Você não acha?
Ele tinha um jeito de permanecer muito quieto, o que fazia Lola ficar muito quieta, o que fazia o tique-taque do relógio de bolso dentro do blazer dele parecer mais alto do que possivelmente poderia ser.
Congelada próxima de Matt, Lola de repente estremeceu quando alguma coisa preta atacou violentamente a sala. A sombra parecia jogar amarelinha entre os painéis do teto de um jeito bem cauteloso, preenchendo um quadrado e depois o outro, e depois o outro. Maldição. Nunca seria bom estar sozinha com alguém - especialmente alguém que estivesse centrado nela como Matt estava naquele momento - quando as sombras vinham. Ela podia sentir espasmos, tentando parecer calma enquanto as sombras negras giravam em torno do ventilador de teto, dançando.
Sozinha ela poderia ter resistido. Talvez. Mas as sombras também estavam fazendo os piores de seus terríveis barulhos, um som que Lola havia escutado quando ela viu uma coruja bebê cair de uma árvore e sufocar até a morte. Ela queria que Matt apenas parasse de olhar para ela. Ela queria que alguma coisa acontecesse para chamar sua atenção. Ela desejava Charlie Russell.
E então ele apareceu. Salva pelo maravilhoso cara usando jeans rasgados e uma camiseta branca surrada. Ele não parecia muito com a salvação - desleixado sobre sua pesada pilha de livros da biblioteca, olheiras cinzas embaixo de seus olhos azuis congelantes. Charlie parecia estar meio acabado. Seu cabelo loiro caía encima de seus olhos, e quando eles se fixaram em Lola e Matt, Lola os viu se estreitarem.
Ela estava tão ocupada se lamuriando sobre o que havia feito para incomodar Charlie dessa vez, que nem percebeu a coisa momentânea que aconteceu: um segundo depois que a porta se fechou atrás dele, as sombras deslizaram sobre a porta e foram para a noite. Era como se alguém houvesse tirado um vácuo e limpado toda a sujeira da sala.
Charlie apenas assentiu em sua direção e não desacelerou enquanto ele passava. Quando Lola olhou para Matt, ele estava observando Charlie. Ele se virou para
Lola e disse, mais alto do que o necessário:
- Eu esqueci de te dizer. Terá uma pequena festa no meu quarto essa noite depois da social. Eu amaria se você fosse.
Charlie continuava escutando. Lola não fazia ideia do que era essa social que todo mundo ficava resmungando sobre, mas ela supostamente tinha que encontrar com Soph depois. Elas supostamente tinham que andar juntas.
Seus olhos estavam fixos na nuca de Charlie, e ela sabia que tinha que responder a Matt sobre sua festa, e isso não deveria ser tão difícil, mas quando Charlie se virou e olhou para ela com um olhar que ela jurava ser cheio de lamentos, o telefone atrás dela começou a tocar, e Matt o alcançou e disse:
- Eu tenho que atender, Lola. Você estará lá?
Quase imperceptivelmente, Charlie assentiu
- Sim - Lola disse para Matt.
***
Talvez falte pouco para a história chegar ao fim, espero que tenham gostado do capítulo, bjos Angels! 🌠
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