Capítulo 26

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Ela estava ofegante quando chegou aos portões de ferro forjado, da altura da cintura e complexamente esculpidos, do cemitério. Ela estava engasgada com o cheiro esmagador de repolho e se sentindo muito sozinha com seus pensamentos. Onde estavam os outros? A definição de
"início da manhã" deles era diferente da dela? Ela olhou para seu relógio.

Já eram seis e quinze.

Tudo o que eles tinham dito a ela era para se encontrarem no cemitério, e Lola tinha bastante certeza de que essa era a única entrada.

Ela estava na divisa, onde o asfalto áspero do estacionamento dava lugar a um terreno destruído cheio de ervas daninhas. Ela notou um dente-de-leão solitário, e passou pela sua mente que uma Lola mais jovem teria pulado sobre ele e então feito um desejo e soprado.

Mas agora os desejos dessa
Lola pareciam pesados demais para algo tão leve.

Os portões delicados eram tudo o que dividia o cemitério do estacionamento. Incrível para uma escola com tanto arame farpado em todo o lugar. Lola passou a mão ao longo dos portões, seguindo o padrão floral ornamentado com seus dedos. Os portões deviam datar dos dias da Guerra da Secessão que Lana falara, quando o cemitério era utilizado para enterrar os soldados caídos. Quando a escola se juntou a ele, não era um lugar para loucos instáveis. Quando o lugar todo era muito menos cheio e sombrio. Isso era estranho - o resto do terreno era plano como uma folha de papel, mas de alguma forma, o cemitério tinha um formato côncavo, parecido com uma tigela. Daqui, ela podia ver a inclinação de toda a vastidão a partir dela. Fileira após fileira de lápides simples alinhavam-se nas inclinações como espectadores em um estádio.

Mas em direção ao centro, no ponto mais baixo do cemitério, o trecho
através do terreno se torcia em um labirinto de grandes túmulos
esculpidos, estátuas de mármore, e mausoléus. Provavelmente para oficiais da Confederação, ou apenas para soldados que tinham dinheiro.

Eles pareciam que seriam bonitos vistos de perto. Mas vistos dali, o simples peso deles parecia arrastar o cemitério para baixo, quase como se todo o lugar estivesse sendo engolido por um ralo.

Passos atrás dela. Lola girou ao seu redor para ver uma figura
pequena e grossa, vestida de preto, surgir de trás de uma árvore. Soph
Ela teve de resistir ao desejo de jogar seus braços em volta da garota. Lola
nunca tinha ficado tão contente em ver alguém - embora fosse difícil acreditar que Soph tivesse pego alguma detenção.

-Você não está atrasada?- Soph perguntou, parando alguns metros à
frente de Lola e dando a ela um aceno divertido de sua-pobre-novata com
a cabeça.

-Eu estou aqui há 10 minutos -Lola falou.

-Não é você quem está
atrasada?- Soph sorriu.

-De jeito nenhum, eu sou apenas uma madrugadora. Eu nunca peguei detenção.- Ela deu de ombros e empurrou seu óculos roxo
para cima em seu nariz.

-Mas você pegou, junto com outras cinco almas infelizes, que provavelmente estão ficando mais irritadas a cada minuto que esperam por você lá embaixo no monólito. -Ela ficou na ponta dos pés e apontou para trás de Lola, em direção a maior estrutura de pedra, que se levantava do meio da parte mais profunda do cemitério. Se Lola apertasse os olhos, ela poderia notar um grupo de figuras negras agrupadas em torno de sua base.

***

Eu finalmente estou de volta!!!!! Agora vão ter que me aguentar, muita saudades de vocês! 🌻💕


Capítulo revisado, me desculpem se teve algum erro que passou despercebido!

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Love Will Remember (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora