Eles voltaram a se beijar, dessa vez com mais intensidade e mais paixão. Os braços, mãos e lábios unidos como se fossem um só, como se se pertencessem um ao outro. Alfonso deitou de costas e Maite se ajeitou em cima dele para poder beijá-lo melhor. Os beijos desciam pelo rosto, maxilar, pescoço até o peito e voltava lentamente, até a boca quente que formigava, ansiando o toque do outro.
Maite soltou um gritinho de surpresa quando Alfonso a levantou, agarrando suas coxas e a levou para o outro lado da cama, mudando a posição e agora ficando em cima dela. Ela abriu os olhos para encarar os olhos que tanto amava e se viu pequena embaixo do corpo muscular em cima do seu, se sentiu frágil, mas ao mesmo tempo protegida pelo homem que amava e que a tratava com tanta doçura e cuidado. Se olharam por mais alguns instantes, em silencio e ofegantes apenas para recomeçarem tudo com um sorriso travesso no rosto. Ao se beijarem, ela fez questão de entrelaçar as pernas envolta do dorso de Alfonso e trazê-lo para perto, deixando claro sua intenção, o que arrancou um gemido de satisfação dele ao sentir o quanto ela o queria.
"Você não precisa fazer se não quiser" Alfonso sussurrou em seus lábios. Maite abriu os olhos, extasiada pelos sentimentos que tomavam conta naquele momento e abriu um sorriso que Alfonso jurou ser sua perdição.
"Eu quero e quero você agora, Alfonso. Te quero."
Alfonso se ocupou de cuidar dos prazeres de Maite, beijando cada parte de seu corpo com devoção e cuidado que sempre tinha. Cada gemido dela era a motivação que ele precisava para continuar as carícias que tanto apreciava. Seus lábios passavam pelos ossos da clavícula, descendo pelos ombros e chegando aos seios, onde se demorou prazerosamente, o que deixou o corpo de Maite em chamas, clamando por mais. Ela, por sua vez, brincava com as mãos pelo corpo quente do amado e, enquanto chamava por seu nome sentiu uma onda imensa de prazer tomar conta de si. Havia chegado ao seu primeiro, de vários orgasmos que teria naquela noite. Alfonso também chamou por seu nome quando chegou ao seu clímax e quando e uniram pela primeira vez foi como se tivessem finalmente cumprido o que há tempos estava escrito para acontecer. O momento único vivido pelos dois foi tudo o que sempre sonharam. Uma experiência quase que transcendental, realmente tudo o que esperavam e muito, muito mais. Maite sentia que tinha se transformado em uma nova pessoa com a chegada de Alfonso, mas ali, em seus braços, ela tinha certeza.
Quando chegaram ao último clímax daquela madrugada, eles ficaram um tempo abraçados, se encarando, olhos fixados um no outro, sorvendo cada detalhe, cada expressão, cada respiração. O vínculo entre eles já havia se formado muito antes, mas foi ali que tudo foi realmente selado, ela havia se entregado muito mais que corpo à ele e ele tinha feito o mesmo. Os medos, inseguranças e incertezas haviam ficado para trás e nele Maite só conseguia enxergar o futuro.
"Eu te amo" Ela sussurrou, quebrando o silencio. Alfonso a beijou no rosto e deitou ao seu lado.
"Eu sei, eu te amo" Ele disse, a trazendo para perto de si. Ele olhou para baixo e viu como naturalmente ela se encaixava em seu abraço e como seus corpos se moldavam um ao outro. Ele seguiu desde os lençóis e edredom embolados nos pés da cama, pelas curvas do corpo de Maite até chegar na cabeça apoiava em seu ombro. Ela era realmente linda. "Eu te amo demais." Maite suspirou feliz e se deixou encaixar mais ainda. Alfonso depositou um beijo em sua testa suada e puxou os lençóis para cima, cobrindo-a.
Eles ficaram por um bom tempo apenas escutando a respiração um do outro, se curtindo.
"Você acha que alguém ouviu o que fizemos?" Alfonso riu. "É sério."
"Eu sei, desculpa" Pediu, se sentando. "Ninguém ouviu nada, fica tranquila. E não é como se estivéssemos fazendo algo proibido, você é minha namorada" Explicou, dando pequenos beijos pelo rosto dela. "E somos adultos, meus pais entendem isso."
"Entender não é a mesma coisa que gostar né"
"Eles já te adoram, já disse." Lembrou ele. Maite apertou os lábios, ainda desconfiada. "Ei, fica tranquila, na verdade eles até sugeriram que nós dormíssemos no mesmo quarto." Maite olhou Alfonso, surpresa. "Sabe, o tempo aqui pode ser bem cruel" Falou baixo, apontando com o nariz a neve que caía lá fora. Maite riu, balançando a cabeça.
"Você é absurdo." Ela cobriu o rosto dele com uma das mãos e o empurrou de volta para a cama, rindo.
"E você é linda quando fica toda surtada." Ela revirou os olhos e ele se levantou. "Volto já" Ela assentiu, vendo como ele caminhava nu até o banheiro.
Quando ele fechou a porta atrás de si, ela suspirou e se virou para pegar a camiseta esquecida no chão e a vestiu. Ajeitou o edredom e esperou Alfonso voltar para dormirem juntos, mas acabou caindo no sono antes que ele voltasse. Ele a encontrou adormecida, perfeita com os cabelos jogados pelo travesseiro. Ele vestiu sua calça de moletom, jogada nos pés da cama e se juntou a ela em um sono mais que merecido.
O dia seguinte havia amanhecido nublado, mas um raio de sol havia sido forte o suficiente para atravessar as janelas de madeira e tocar os corpos do casal adormecido. Logo após, gritos estridentes e batidas na porta, terminaram o serviço e acabaram por acordar Maite.
"Tio!Tio Alfonso, anda, acorda, é Natal" Gritou uma.
"É natal, tio Alfonso!! Acorda seu dorminhoco" Gritou a outra. "Vamos tio, acorda" Maite sorriu de olhos fechados e quando os abriu, viu o namorado ainda de bruços, totalmente imóvel. Ela depositou um pequeno beijo em suas costas e então se levantou, se enrolou no hobbe de inverno que havia trazido e foi atender as pequenas.
"Bom dia, meninas, Feliz Natal!" Elas responderam um feliz natal apressado e correram para pular em cima de Alfonso, que as recebeu com um gemido de dor e frustração. Maite riu do modo que elas puxavam o cabelo do tio ou tentavam fazer com que ele levantasse. Não demorou muito para que Serena aparecesse preocupada, amarrando o hobbe de lã na cintura.
"Bom dia, Maite. Oh, mil desculpas pelas pestinhas, não precisava ter aberto a porta, elas são muito enxeridas." Ela então se virou para as filhas "Suas pestinhas, que feio acordando a tia Maite e o tio Alfonso desse jeito."
"Ah, não se importe com isso, imagina, eu já estava levantando." Mentiu, ainda divertida pela situação inusitada. "E Alfonso poderia usar um despertador assim, ele é muito dorminhoco mesmo" Contou, vendo que agora o namorado fazia cócegas nas sobrinhas.
"Vocês me acordaram agora vou me vingar matando vocês de cócegas ha-ha-ha!" Alfonso disse, com sua voz grave de 'monstro'. As meninas gritaram animadas e tentavam fugir do tio.
"Por que não desce para tomar café comigo, Maite? Se eu bem conheço essa trupe, isso aqui vai longe." Maite concordou e se virou para ela.
"Só vou ao banheiro e já desço." Serena assentiu e voltou pelo caminho por onde veio. O quarto estava tomado pelas risadas das gêmeas e a de Alfonso, que trocou rapidamente um olhar divertido com Maite, sendo retribuído com um piscar de olhos e voltou sua atenção às meninas. Maite adorava ver como sua relação com as sobrinhas era genuíno e super divertido.
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Mais Que Palavras
FanficUm momento pode mudar sua vida para sempre. E Maite sentiu na pele o que é estar prestes a cometer a maior loucura e ser resgatada por um estranho que mudará sua vida para sempre.