A vida imita a arte

Sleep here?

POV Giovanna

Eu já estava no meu 6 shot de tequila quando resolvo ir ao banheiro. Quando abro a porta vejo duas garotas se pegando. Eu nunca tive curiosidade, mas depois que esse negócio de Limantha começou eu despertei uma vontade interior de querer pegar uma mulher. Não sei o que estava passando na minha cabeça, parece que a bebida estava fazendo efeito. De repente escuto a porta abrir.

- Gi, você não parece nada bem. - Manu se aproxima e me olha no rosto. - Vem, vou te leva para casa. - Diz passando minha mão esquerda pelo seu ombro direito.

Eu não estava raciocinando muito bem, mas vi quando Manu entregou a chave do seu carro para o Gabriel que parecia ser o único sóbrio entre todos. Ela se despediu de Ana e chamou um Uber. Acabei adormecendo em seu ombro e só acordando quando Manu me chamou avisando que já tínhamos chegado em meu apartamento. Ela abriu a porta e me levou para o banheiro.

- Essa água está congelando, Manu. - Grito tentando sair do box mas ela fecha.
- Pense bem na próxima vez que for beber desse tanto, vou buscar uma roupa e já volto. - Diz saindo do banheiro.

Minutos depois ela entra novamente com uma toalha e um baby doll de ursinho.

- Te espero lá na cozinha. - Diz e se retira.

Fico mais um pouco em baixo da água. Tirar roupa molhada do corpo deve ser a pior coisa da vida. Me visto e coloco a toalha no cabelo indo em direção a cozinha.

- Obrigada por me trazer. - Digo vendo Manu de costa na cozinha.

- Não tem de quer, Gi. Toma isso aqui. - Me entrega uma xícara de café. - Depois beba esse remédio e vá dormir, amanhã me liga para me avisar como está. - Disse pegando o seu celular.

- Não! - Quase grito. - Dorme aqui hoje, está tarde já, é perigoso. - Ela pensa por alguns segundos e acaba concordando.

Depois de um tempo eu e Manu fomos deitar, insisti até ela aceitar dormir na mesma cama que eu. Não demorou muito e ela já tinha pegado no sono, por causa do café eu não conseguia dormir. Observar a Manu estava se tornando um dos meus passatempos favorito, ela era toda meiga dormindo, parecia um neném. Mas quando estava de pé era uma mulher tão forte e batalhadora. Senti vontade de abraçá-la, mas resolvi ficar só na vontade, não queria acorda-la. Aqueles lábios, eu poderia facilmente deixar objetos espalhados pelo cenário para ter que repetir muitas e muitas vezes nossas cenas Limantha.

- Melhor ir dormir. - Digo me dando conta dos meus pensamentos.

Acordo assustada, tive um pesadelo muito estranho. Olho no relógio e são 5:46 a.m. Do meu lado esquerdo Manu dormi serenamente. Resolvo me levantar, só então me dou conta da baita dor de cabeça que eu estava sentindo.

- Que merda! Nunca mais eu bebo. - Falo e me arrependo no mesmo momento em que Manu resmunga e abre o olho.

- Está sentindo algo, Gi? - Pergunta se sentando rapidamente.

- Desculpa te acordar, Manu. Tive um pesadelo e iria beber água na cozinha mas minha cabeça parece que vai explodir. - Digo deitando novamente.

Ela se levanta apressada e sai do quarto. Alguns segundos depois ela volta com uma garrafinha de água e um remédio.

- Toma isso, vai melhorar. - Me entrega a água e o remédio. Pegando a garrafinha novamente assim que termino.

- Muito obrigada, Manu. - Digo sorrindo. - Nossa, aqui está bem frio, em. - Me encolhi.

Manu se aproxima, sinto sua respiração tocar meu nariz, ela encosta os lábios na minha testa e involuntariamente eu fecho os olhos.

- Você está com febre, Gi. Vou buscar outro remédio. - Diz saindo novamente.

Ela volta, mas diferente do que eu imaginava ela estava só procurando seu sapato.

- Vou na farmácia comprar, você não tem aqui, não ouse sair da cama. - Diz e sai correndo não deixando chance para que eu falasse nada.

Me encolhi na cama e estava quase caindo no sono novamente quando escuto a porta sendo destrancada. Manu entra e me entrega um remédio, pegando novamente a garrafinha de água e me dando.

- Bebe bastante água. - Diz me olhando e eu apenas sorrio.

Ela guarda a garrafinha de água, retira o sapato e deita. Repete o ato de encostar sua boca na minha testa para checar minha temperatura.

- Já já melhora. - Diz sorrindo mas eu acabo tremendo. - Vem cá. - Diz me puxando para o seu lado e me abraçando enquanto fazia carinho em minha cabeça.

Não sei quanto tempo ficamos assim, mas depois de algum tempo acabei adormecendo.

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Estou mega amando escrever, acho que ainda posto outro hoje.
Beijinhossss