MVAD

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POV Manoela

Estava me arrumando para ir ao estúdio, porém não para gravar, hoje seria exibido o último capítulo de malhação, o que significava também a aproximação da minha partida. Eu tinha menos de 20 dias aqui no Brasil. Bem, e a Giovanna? Ela me ignorou totalmente durante esses 3 meses, eu tentei, com todas as minhas forças eu tentei reverter nossa situação, mas não houve sucesso. Agradeci mentalmente quando as gravações chegaram ao fim, estar naquela situação era um sofrimento, e ter que conviver com ela todo dia, e ainda por cima fazer o papel de cônjuge, ah, era torturante, mas as vezes eu realmente era agradecida por isso, eu sentia falta dela, não houve um segundo se quer durante esses 3 meses que não senti falta dela e dos nossos momentos, então era bom beija-lá em cena, mesmo que em selinho, às vezes tínhamos que repetir as cenas algumas vezes, tudo por pura falta de concentração da minha parte, claro.

Durante esse tempo que se passou muita coisa aconteceu, falei sobre o meu término com Giovanna em rede nacional, fechei realmente o contrato no Canadá e tive uma conversa com meu pai que me pareceu bem pleno quanto a minha sexualidade, e até reclamou por não ter tido a oportunidade de conhecer a nora.

Estava pronta e esperava o uber no hall do hotel. Não demorou e em pouco minutos já estava no estúdio. As fives sentaram juntas no chão em frente ao telão, Giovanna estava atrás de mim junto com Cao, vez ou outra durante as cenas ouvia ela rindo ou gritando.

Quando chegou a parte da nossa cena eu me senti estranha, pensar que aquele foi o último beijo que demos, e que em poucos dias estaria no Canadá, meu coração doeu e só quando senti Ana me abraçando percebi que chorava.

Chegou ao final do capítulo e eu estava totalmente emocionada, nostálgica e com vontade de beber. Nos reunimos na antiga Chapa do Romano, participei da entrevista do malhação ao vivo com as fives, estava saindo do local onde acontecia as entrevistas quando fui puxada, percebo Giovanna ao meu lado e o carinha estava fazendo perguntas para a gente. Perguntou sobre limantha, nos entregou o prêmio de melhor beijo de malhação e fez algumas piadas. Agradeci mentalmente por ele não ter tocado no assunto do nosso término.

Saímos do estúdio e fomos para uma espécie de bar restaurante, eu já estava no meu décimo terceiro copo de cerveja, estava alegre e totalmente fora de mim. Ouvi "Os lagostins" cantando pomar para mim, e uma Giovanna toda acanhada. Estava no bar quando ouço a voz de Giovanna.

- Eu não quero mais conversa...- começou cantando. Peguei meu copo e entreguei para Ana, fui ao lado esquerdo de Giovanna e a abracei pelo ombro segurando o celular dela que estava em sua mão. Ela me olha e volta a cantar.

Ela é tão linda, eu poderia beija-lá aqui mesmo. Lembrei de nossa situação, a música chegou ao fim e brincamos um pouco antes de deixar o "palco" para outras pessoas.

POV Ana

- Ana, leva a Manoela para casa, acho que ela já bebeu demais. - Disse Giovanna chegando ao meu lado e sussurrando em meu ouvido.

Eu não concordava com o término delas, eu sei que a Giovanna está priorizando o lado profissional de Manoela, mas eu não concordava. Tentei argumentar muitas vezes, alegando que elas poderiam manter um relacionamento à distância, mas sempre fui cortada por Giovanna. Manoela aparentemente não sabia dos reais motivos pelo qual Giovanna terminou, mas estava sofrendo. Lembro da primeira semana depois do termino, ela aparecia nas gravações com olhos cansados de tanto chorar. Giovanna não era diferente, ela estava abrindo mão da própria felicidade para preservar o profissional de Manoela, e Giovanna amava muito aquela menina, tanto que me doía o coração sempre que via seu estado. Manoela viajaria em menos de 20 dias, e elas mereciam uma despedida ao menos.

- Leva você! - Digo

- Não me sinto confortável com isso, por favor. - Exclama.

- Anem, Giovanna, vou não. - Digo e saio de perto. Pego meu celular e mando no privado de todos do elenco para não concordarem com o que Giovanna pedia.

POV Giovanna

Parecia até brincadeira com a minha cara, mas todos que eu pedia para levar Manoela pra casa dizia não é se afastava.

- Manoela! - Digo firme e ela me olha. - Vou te levar em casa, vem.

- Você me perdoou, amor? - Pergunta se jogando em meus braços.

- Vou chamar um uber. - Digo.

Chamo o uber, e seguimos viajem. Assim que chego no apartamento de Manoela a coloco no banho e vou preparar um café.

- Obrigada pelo café. - Diz Manoela depois do banho com uma xícara de café nas mãos.

- De nada, eu vou indo. - Digo pendurando o pano de prato.

Sinto Manoela me abraçar por trás e distribuir beijos pelo meu pescoço.

- Fica. - Diz perto do meu ouvido.

- Manoela, você está bebada e nos não podemos. - Digo tentando sair, mas ela me vira de frente.

- Eu estou solteira, e pelo que eu saiba você também. A bebida não tem mais efeito em mim, em minhas veias corre apenas a saudade de você. Saudade do teu toque. - Me puxou mais para ela pela cintura. - Saudades do teu cheiro. - Disse distribuindo beijos pelo meu pescoço. - Saudades do teu beijo! - Disse e atacou meus lábios, eu queria afastar ela, mas eu já tinha perdido toda a noção do mundo e só tinha restado a saudade e uma parede, na qual estava encostada nesse exato momento.

Manoela colocou sua mão em minhas costas, minhas mãos faziam um carinho em sua nuca. Começamos a andar pelo apartamento e esbarrávamos nos móveis.

Manoela senta no sofá e sento em seu colo. Ela leva as mãos até minhas coxas, levantando um pouco o vestido que eu usava. Sinto seus beijos em meu pescoço e logo percebo a ausência do meu vestido. Abocanho o pescoço de Manoela, intercalando entre beijos e mordidas. Nossa respiração já não tinha um ritmo específico ou decifrável. Estávamos pela primeira vez experimentando o ritmo da saudade.

Meu sutiã cai em algum lugar de seu apartamento. Manoela suga meu seio direito enquanto sua mão massageia o outro. Manoela para, eu já estava pronta para protestar quando a mesma me pega no colo e nos leva para k seu quarto. Sinto o colchão afundar assim que Manoela me coloca na cama, ela retira seu vestido e sobe em cima de mim distribuindo beijos por minha barriga.

- Eu senti tanto a sua falta, amor. - Ela diz com a boca em meu ouvido.

- Manu... - Digo arranhado.

Ela retira minha calcinha e deixa beijos em minha virilha. Sem aviso prévio penetra dois dedos em minha intimidade. Sinto meu corpo se desgrudar do colchão. Entre vai e vem sinto meu orgasmo chegar.

- Droga! - Digo

Não espero reação de Manoela, retiro sua calcinha e abocanho sua intimidade. Lhe penetro e entre movimentos de vai e vem sinto o seu ápice chegar e um gemido escapar de seus lábios.

Subi até a ponta da cama e ela me olhava com aquela cara de pensativa.

- O que está pensando? - Pergunto.

- Em como irei viver esse tempo todo sem você. - Ela diz.

Acordo na manhã seguinte e Manoela não se encontra. Vou até a cozinha e vejo ela preparando algo.

- Hey acordou, amor. - tenta me beijar mas eu desvio. - O que houve? Eu pensei que a gente tinha se resolvido e...

- Não, Manoela!- Digo firme.

- Mas ontem, a gente...- Tenta fala mas a corto.

- Eu estava bebada!- Digo firme.

- Vamos conversar, vem senta e come dai...- A corto novamente.

- Eu vou embora. - Digo indo em direção à porta.

- Gi, não deixa isso estragar o que a gente sente. - Ela me para e diz, me lembro de suas palavras durante a noite.

Era o certo, eu tinha que fazer.

Eu te amo, você me ama e...- Corto a fala de Manoela.

- Eu não te amo, Manoela! - Digo firme e segurando o choro.

A vida imita a arteOnde histórias criam vida. Descubra agora