Capítulo 5

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"Será que eles saíram bem? Onde será que essa louca me trouxe? Está tão escuro, não consigo ver nada." Depois que ela me envolveu com suas asas eu apaguei e acordei aqui nesse lugar, onde será que ela foi e porque ela não me matou ainda? Será que foi atrás do Ben e dos outros? "Ai meu Deus proteja meus amigos."

- EI SEU DEMONIO LOUCO, ME TIRA DAQUI!

Eu gritava e batia na porta daquele lugar tentando chamar a atenção de alguém. Eu tava desesperada com o pensamento de que ela poderia ter ido atrás dos meus amigos, foi quando me lembrei de um encantamento que li no diário da minha mãe, minha avó disse que só funcionava quando se tinha o escudo, mas quem sabe eu não consigo pelo menos abrir essa porta.

- Infinita in tenebris atque in hanc partem animae agnosco quaeso meque quæ catenulis interposuit. (Na lei do infinito e no escuro da alma eu te reconheço como minha outra metade e te peço que me liberte das amarras)

Senti uma pontada forte na cabeça, fiquei zonza e cai de joelhos no chão, comecei a ter visões, eram flashes de lugares que eu não conhecia, estavam destruídos, pessoas gritavam e eu sentia tudo o que eles sentiam, vi Ben, Samy e Anne ali no chão, ensanguentados e não pude conter o grito.

- Ahhhhhh!!!

Doía, doía muito, me faltava o ar, me senti fraca como se tudo girasse ao meu redor, que porra foi essa?

A porta abriu, me arrastei até a parede próxima, quando meus olhos se acostumaram com a luz fiquei pasma com o que vi.

- Sam, mas o que....o que você faz aqui? Como?

- Dessa, – ele correu em minha direção e me abraçou, me senti aliviada em vê-lo – foi você que chamou a gente, vamos o Tio Ben está distraindo os bichos.

Peguei na mão dele e sai de dentro daquela sala, estávamos em um lugar estranho era um corredor bem comprido e claro cheio de portas. Será que havia outros guardiões nessas salas? Corri até a porta mais próxima e abri devagar e pronta para correr, mas realmente tinha uma pessoa ali dentro, encolhida em um canto e visivelmente assustada.

- Ei, vem aqui, você está livre, vamos sair daqui.

Me virei e corri pelo corredor abrindo todas as portas e gritando para que eles saíssem. Depois de libertar todos olhei para trás, havia mais ou menos umas dez pessoas ali. De repente senti uma pontada na barriga...

- Argh!

Fechei os olhos pela dor e vi Ben ser golpeado, eu não sabia que tínhamos esse tipo de ligação.

- Benjamin! Samy o Benji está ferido, a gente precisa acha-lo.

- Ele correu pra lá – e apontou para a direita -, mas ele mandou ir embora assim que achasse você.

- Sam você sabe que eu não te deixaria para trás e não vou deixar o Ben também. Vamos nós temos que acha-lo.

Olhei pra trás e os guardiões já haviam sumido somente uma garota ficou, ela foi a primeira que libertei e pela sua aparência meio desidratada ela estava presa há um tempinho, era tão jovem também, seus cabelos loiros iam até a altura da cintura, olhos bem azuis e estava com uma expressão de completo pavor em sua face.

- Você consegue me entender?

Ela assentiu.

-Você sabe onde estamos?

- É um prédio comercial o centro da cidade. Aquela coisa que me trouxe aqui, ela .... ela matou meus pais.

Seus olhos estavam cheios de lagrimas e inchados dava para perceber que ela esteve chorando, peguei em sua mão lhe dando o mínimo de conforto que eu poderia oferecer nessa hora.

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