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Suraya







O trabalho está pesado hoje, nem consegui sair do escritório para almoçar. Geoffrey ao meu lado, tão paciente me ensinando tudo um pouco, e eu também sei um pouco.

Trabalho e estudo, amanhã mesmo vou fazer inscrição em uma universidade aqui. A porta é batida e olhamos para ela ao mesmo tempo com Geoffrey. Grito que pode entrar e vejo a porta se abrindo, revelando quem estava por trás. Peter!

— Peter? — digo admirada. Me levanto e caminho até ele, nos abraçamos sorrindo.

— Soube que está aqui, aliás, eu ouvi alguns comentários dos funcionários daqui. — ele sorri pouco desajeitado.

— Pois é. — dou de ombros. — Estou na boca dos funcionários daqui.

— Estou vendo. — dirigindo para se sentar e me sento ao lado do sofá. 

Geoffrey sai da sala nos deixando sozinhos. Não sei como Peter entrou aqui, eles são inimigos do Taylor, se souber que está aqui, certamente vai dar merda.

— Não te preocupes, já não somos inimigos. — ele responde meu pensamento. Pensei alto que ouviu? Sorrio e ele retribui.

— Soube que teve trigêmeos, parabéns. — Continuo.

— Obrigado! Como foi a tua vida durante esses anos, depois da.... Você sabe, eu lamento muito por isso. — falo sem jeito.

— Tudo bem, é passado, e tem que ficar no seu lugar, no passado. 

Sorrio. Conversamos por um tempinho, até seu irmão o chamar. Parece que Peter se deu bem esses anos, tem uma namorada, noiva, e a sua alegria é o sobrinho, filho do irmão.

Volto ao trabalho, Geoffrey volta para o escritório e continuamos. 

O sol já está a se pôr, muito cedo, hora de pegar meus filhos. Arrumo minha bolsa, Geoffrey também faz o mesmo, ele sai primeiro, me deixando sozinha. Olho para a mesa se não falta nada, quando sou conta, está tudo certo. Saio do escritório batendo a porta a minha atrás, caminho até à de Taylor. Adentro sem cerimônia e o vejo sentado atento no seu Notebook.

— Não terminou ainda? — pergunto quando me sento na cadeira a frente.

— Estava esperando por você. — responde.

— Então vamos? — me ponho de pé — Estou com saudades dos meus bebês.

— Nossos. — ele corrige enquanto sua mão toca na minha cintura.

Seus lábios tocam em meu rosto sem convite, num beijo longo, sua mão aperta leve minha cintura e sinto meu estômago queimando, não me afasto, ele mesmo faz isso, segura minha mão e caminhamos para fora.

Até quando ele vai continuar com esses beijos longos, para me deixar desse jeito. Ficar colado a mim sem dar mais nenhum passo, parece que espera que eu peça pra ele que o meu corpo deseja, mas meu ego impede, e vai continuar por mais um tempo.

As crianças estão todas saindo e seus pais os pegando, outros por motoristas dos pais, irmãos ou algum parente.

Vejo meus bebês caminhando em nossa direção, correndo quero eu dizer. As meninas correm para o pai e Lion para mim. Ergo ele nos meus braços e ganha um beijo no rosto e sou retribuída. Beijo as meninas no rosto. Vejo Taylor e Lion fazendo um toque com as mãos em punhos. Eles finalmente já estão começando a dar—se bem um com outro.

Recomeço - No Meio Da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora