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Louis






Encaro a janela a partir do prédio com vista a grande empresa Avalon Smith, todos os dias eu o vejo naquela janela trabalhando, e não é que faz um bom trabalho, o admiro.

Falta pouco, para tirar tudo dele, todos estarão aos meus pés, todas as máfias estarão sob o meu comando, por tudo que nunca tive na minha vida porque o tiraram de mim antes de eu ter sob a minha posse.

Ouço o som da porta se abrir e vejo ele entrar na minha sala, não é maior como a de Taylor, mas será por pouco tempo. Consegui os melhores aliados, e vou colocar uma contra a outra para destruir tudo.

— Louis...— ele tenta falar meu nome mais é interrompido.

— Sem nomes! 

— Como quiser! — ele dá de ombros e se senta na cadeira a frente sem ser convidado. Velho idiota!

— O que conseguiu?? — pergunto.

— Foi fácil. — ele sorri. Como odeio ele. — A mulher é louca pelo Taylor e faz tudo para ter ele só pra ela.

— Uma vagabunda isso sim. — esbravejo.

— A bomba será ativada em meia noite. 

— O China está pronto para fazer o seu trabalho?

— Tudo pronto! Ele vai pensar que foram os chineses, sem dúvidas.

— Já pode ir. — aviso — Tenho coisas para planejar. 

— Vai ligar para mim? — ele diz quase implorando.

— Ligo sim, quando estiver desocupado. Não podemos ser vistos ainda.

— É claro! Até mais. — se retira da minha sala.

Suspiro quando ele sai da sala finalmente. Toda a vez que ele está perto de mim tenho que prender a respiração, só para não respirar o mesmo ar que ele. Eu o odeio, odeio todos eles e vão pagar por tudo. 

Quando eu conseguir o que quero, ele será o primeiro em que vou apontar a arma que fizeram o mesmo com ela. Eu a guardo desde a sua morte, tem uns dez anos. Precisei planejar anos para chegar até aqui, e vou conseguir, eu vou conseguir.

O dia chega ao fim finalmente, hora de chegar em casa. Saio da minha sala, passo pela recepção e caminho para o parque de estacionamento e entro no meu carro e dou partida.

Em trinta minutos chego em casa. É uma casa normal, não uma mansão como a dele, com muito luxo, mas para ter está, foi com muito suor.

A casa tem um jardim, garagem, quatro quartos, um escritório, cozinha e tudo necessário para uma casa. Estaciono o carro na garagem e logo que saio dela uma criatura pequenina corre para meus braços.

— Papai! — abraço e beijo seu rosto. — Como foi no trabalho?

Ela sempre pergunta quando chego em casa. É o único motivo que me trouxe risos e algumas horas de felicidade antes de estar no inferno.

— O melhor de todos e seu? — pergunto enquanto caminho para dentro de casa e a vejo na cozinha pondo a mesa. — Oi amor!

Beijos seus lábios e sorri para mim. Como é bom estar em casa, sentir que estas em casa.

— Como foi no trabalho? — gargalho e ela percebe que já me foi perguntado isto. — Percebi, espertinha.

— Vou me trocar e já volto. — me despeço delas e subo para tomar uma banho antes e depois desço para jantar com a minha família.

Recomeço - No Meio Da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora