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Taylor 







Como eu tive saudades dessa boca, quente e com gosto a hortelã. Suraya me fazia falta, e parece um sonho eu estar a beija— lá novamente. Sei o quanto ela também precisava disso, não consegui resistir ficar olhando para ela depois de tanto tempo sem poder toca— lá.  No princípio ela ficou resistindo, mas depois se deixou levar pela saudades. Pelo menos foi o que eu pensei. 

Sou empurrado para atrás com agressividade e meu rosto ardeu com a chapada. Olhei para ela e vi como está furiosa me fuzilando com os olhos. Ela não gostou do beijo? 

—  Não volte a fazer isso. —  diz eufórica.

—  Vai dizer que não gostou? 

—  Fique longe de mim, Taylor. 

— Tenta me manter longe de você.

—  Louco!

—  Pela minha família, sou sim. —  gargalho e encaro ela toda irritada. —  Sabes que você tem que me dividir com as crianças.

Não responde e destranca a porta e sai do quarto. Sorrio para mim mesmo. Está na cara que ela gostou tanto quanto eu. Não entendo as mulheres, aliás, nenhum homem consegue entender. 

Ela é que fugiu de mim, desapareceu por anos, e eu é que tenho que me sacrificar para ter seu amor de volta. O bom é que gosto, senão, eu já ia retirar meus filhos e deixa-lá para atrás, sofrer por cinco anos como eu sofri. Mas eu ainda amo ela, e quero uma família completa com ela, e recomeçar a partir do zero. 

Respiro fundo e vou até a sala. Esse amigo da minha mulher não me cheira a confiança, ele está na lista das pessoas que eu odeio e vou matar em breve. Se não foi ele quem fez aquelas ameaças, quem será que foi? 

O soldado que traiu a gente, e que o perdoei entres aspas, e mandei para voltar a ter contacto com o homem misterioso, apareceu morto em um restaurante em Chicago. Quem seja o homem encapuzado, é inteligente e conhece todas as rédeas da família. Resta saber quem.

Ando ao torno da sala e nossos os olhares se encontraram. É possível ver o ódio em nossos olhares. Eu não gosto desse homem, e eu vou descobrir sobre ele, já que Christopher conseguiu analisar detalhes do seu corpo e comparar com as do homem encapuzado. Respiro fundo e me sento no sofá. 

Ouço o casalzinho conversando e olho para eles. A mulher está bastante assustada e sussurrando no tal Eric o que vai acontecer. É uma pena que não posso dizer que quando eu sair daqui com a minha família, eles vão ser mortos pelos meus homens. 

É uma pena que não posso matar eles agora mesmo, com as minhas próprias mãos. Tudo pelas crianças, principalmente Lion, ele deve gostar desse traste na minha frente. Não sou racista por odiar esse homem por ser negro, veja bem, a mulher que eu amo é negra e tenho lindas filhas negras, então não pensem que sou racista, algo assim. Reviro os olhos, invés de resolver os problemas fico pensando nestas coisas.

Suraya não está na sala, deve estar com as crianças. Oportunidade perfeita para lhes dizer que vamos para a minha casa.

Levanto do sofá e vou até ao quarto que era das crianças. Adentro e vejo Suraya ajoelhada à frente das crianças sentadas sobre a cama e conversando. Me aproximo e os quatro olham para mim, Lilly já está acordada, sono leve essa garota, as minhas pequenas sorriem para mim, já a mãe e o filho, bom, esses eu tenho que conquistar com muito suor.

— Já contou para as crianças que vamos voltar para a casa? —  insinue 

— Que casa Papai? 

Recomeço - No Meio Da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora