Recomeço - No Meio Da Máfia

24°

Taylor

O dia hoje está caótico, parece que depois de tanto tempo sem encontrar a felicidade, parece que o destino decidiu trazer problemas logo depois.

Essa história da explosão não me agradou nada, e Elisabete é de quem mais desconfio, ela não me convenceu, todos tinham a quem provar seus álibis, quem os viu, e as câmaras fizeram o mesmo, mas nenhumas delas mostrou imagens de Elisabete, acho que não foi tão inteligente nesta parte.

Decidi não trabalhar na empresa hoje, ficar todo o dia sem ver minha mulher, nem meus filhos, mas é para acabar logo com isso. Theo adentra na minha sala, um tanto chateado, acho que não tem nada a ver com o facto das ameaças, acho que mais um problema no casamento. 

— Descobriu alguma coisa? — pergunta.

— Até ao momento nada, mas sei que em menos de algumas horas, vou saber.

— Eu não sei como vocês resolvem isso, mas poderíamos envolver a polícia daqui.

— Claro que não, Erick. Envolver a polícia, vai atrasar muito. — Theo responde por mim.

Erick ligou para mim na manhã cedo quando deixei a casa, pedi para ele me encontrar aqui, tive que dar o endereço, ele me contou que prenderam um suspeito de participar na morte da família da Suraya.

— Começo a pensar que a família da Suraya não tem ligação com o que acontece agora. Meu pai tem um álibi que pode não ser mesmo o culpado, como aparenta ou querem fazer acreditar. 

— Pode ter razão, mas pensa um pouco Erick, por quê agora é que apareceu o suposto culpado, logo que a minha casa explodiu? — falo desconfiado. — Algo está muito estranho.

— Vou avisar meu pai, falar sobre isso. — ele pega no celular e vai até ao ouvido e sai do nosso lado.

— Problemas? — pergunto quando vejo Erick longe o suficiente.

— Nada que não se resolva. — ele dá de ombros e continuamos o nosso trabalho.

Não sou conhecido no mundo da Máfia como melhor capo que existe, pela minha forma de torturar, é um dos motivos, mas, pela minha liderança e como consigo resolver as coisas sem me passar a perna.

Tem espiões que coloquei atrás da Elisabete, acho, não, tenho a certeza que se a seguir, vou descobrir mais do que imagino. Meia hora depois, meu celular toca e é um dos meus espiões. Olho para Theo e ele percebe, atendo a chamada e coloco no viva voz para ele tambor ouvir.

— Senhor, a mulher saiu de casa têm meia hora, a seguimos e foi se encontrar com o senhor Smith em um lugar isolado. — a ligação termina. Nos entreolhamos surpresos. Meu pai. Richard com Elisabete, por quê?

— Papai com a sua empregada? — Theo diz sem entender.

— Você ouviu. — falo incomodado — O tempo todo foi ele, sei que sim.

— Como podes ter a certeza? — Theo fala inconformado.

— Não sei como, mas esse tempo todo, foi ele, mas se quer provas, vou dar a você. — digo irritado e ligo para um dos meus espiões ele atende no primeiro toque.

— Seguem todos os passos de Richard, ele vai nos levar ao verdadeiro culpado. 

— Sim senhor! — a ligação termina.

Encaro Theo sentado, ele ama o pai, vou sentir muito meter uma bala na testa de Richard, por causa dele. Eu sempre tive motivos para matar ele, mas não o fazia só por causa do meu irmão, mas desta vez, meu irmão não poderá impedir.