A luz fluorescente das chamas brilhava nos olhos de Bryan que olhava com olhos tristes e marejados, o corpo mortal da deusa Gaia queimar. Ainda segurava a espada com a mão direita com força. Seu braço esquerdo não estava mais apenas deslocado, estava quebrado. Bem quebrado. Mas ele tentava não se importar com a dor que sentia e sabia que tinha que sair dali logo.
Tito não se encontrava mais no local. Depois de ser surpreendido com o poderio que o caçador tinha, havia dado um jeito de fugir. Bryan não tinha a mínima intenção de ir atrás dele naquele momento.
Ele queria saber o que estava acontecendo. Já fazia algum tempo que não conseguia mais sentir a presença espiritual de Celine e nem de Rebecka e isso o preocupava.
O fogo parecia não diminuir.
Bryan aguardou mais um pouco e então saiu da presença da deusa em chamas.
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Finn já não poderia mais suportar. – Na verdade, achava que já tinha aguentado o suficiente para que Rebecka fugisse, já que ela sempre foi bastante rápida. – Tinha quase a certeza de que uma de suas costelas havia perfurado o seu pulmão esquerdo. Fora outras lesões que não queria nem pensar a respeito.
Era bem possível que não sobrevivesse naquela noite...
– O que foi, Ó nobre guerreiro?! Não consegue mais lutar? Não havia falado tanto sobre as propriedades magicas de seu martelo? – Henri debocha, mas ele em si não estava em uma situação muito boa também.
Estar na forma física só lhe trouxe problemas, estava todo machucado, com sangue escorrendo por vários lados do corpo, ossos quebrados, vista turva e para piorar tudo: ainda não estava com Rebecka em sua posse. Ele tornou a olhar para Finn com tédio e uma certa dificuldade, já que seu corpo físico estava nas últimas e logo teria que voltar para o Sheol, Finn estava de joelhos e cuspindo sangue. Seus pulmões queimavam como o inferno.
– Não estou mais afim de me divertir com você, caçador. Está na hora do golpe final.
– Como se eu fosse tombar assim tão fáci... – Veio uma crise de tosse com sangue em Finn e ele conseguia mal respirar. Ele não podia mais sequer erguer o martelo de Erico. Até mesmo seu corpo estava pesando.
Ele se sentia sonolento...
– Ora, vamos. Não seja tão confiante, moleque. Vou tentar lhe proporcionar uma morte rápida. – Henri esticou a palma da mão e apontou para o peito de Finn.
Quando sua mão já estava bem próxima do corpo do caçador, e ele já estava quase sentindo o coração do outro pulsar em sua mão, a mesma é decepada de forma magistral.
Ele olhou surpreso pro lado.
– Você não ouviu ele dizer que não tombaria fácil, seu maldito? – Bryan falou, estava ofegante. Quase não havia chegado a tempo.
Finn se jogou pra trás se deitando na terra, fechou os olhos e suspirou.
– Caraca, eu achei que ia ser o meu fim.
– Se levanta, idiota, isso aqui ainda não acabou! – Bryan grita com Finn.
Finn sorri com aqueles dentes super alvos. Ele continuava de olhos fechados. Dessa vez quando ele falou, foi em um tom mais baixo:
– Eu não consigo mexer as minhas pernas... babaca.
Bryan arregalou os olhos e seu coração bateu tão forte que doeu. Aquilo estava indo de mal a pior.
– Você vai ter que me vingar, Bry-an. – Ele falou o nome de Bryan cantarolando. Ainda estava com o sorriso idiota no rosto e sequer se atrevia ou conseguia abrir os olhos outra vez.
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Eu, Rebecka
Paranormal⚠Atenção⚠: Para melhor entendimento leia: Os caminhantes ... Bastava se distrair um pouco e já era. A vida de Rebecka era um emaranhado de problemas. Seus pais já não suportavam o que vinha acontecendo na vida da sua filha mais velha e queriam dar...