Sons de fogo crepitando em madeira era ouvido por todo o santuário. Já não se ouvia mais o som de batalha. Aquilo finalmente havia chegado ao fim.
– Então, meu senhor, como foi sua parte? - Um demônio franzino perguntou para Henri enquanto ele andava com Finn em seu ombro.
– Nada muito divertido, e um tremendo de um contratempo. – Ele falou com tédio.
O demônio escamoso olha pro ombro de seu mestre.
– E quem é esse, meu senhor?
– Ah, um novo receptáculo. - Ele sorri falando como uma criança que recebeu um brinquedo novo. - Parece que ele finalmente resolveu apagar. Já não aguentava mais as lamurias dele. Mas isso não interessa agora. Quantos demônios aqui ainda nos restam?
– Acho que uns 20, meu senhor.
– Ótimo. Quero que mande eles para as coordenadas que eu vou indicar. Peguem a irmã de Rebecka para mim. Eu já devia ter usado essa tática muito antes, mas estava muito focado em encontrar Rebecka. – Henri voltou a andar para fora do Santuário. – Não demorem muito, hoje eu estou de péssimo humor.
–Sim, mestre.
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O som da boate estava terrivelmente alto. Do jeito que J gostava.
Corpos suados a envolviam, aquele vibe boa de quem queria apenas se divertir e não se importava com nada ao seu redor.
E agora é que não estava se importando com nada mesmo depois de fumar 1 cigarro de maconha e ter bebido pelo menos uns 20 drinks. Todos ao redor de J pareciam estar na mesma vibe que ela e era disso mesmo que ela estava gostando e precisando. Seus cabelos negros e curtos balançavam de um lado para o outro de acordo com a música.
Ela estava em uma boate subterrânea que poucas pessoas conheciam. Era a primeira vez que ela estava naquele lugar, mas já estava adorando aquele ambiente sombrio. Já havia ido para vários tipos de boate, escondida, mas nenhuma havia se comparado àquela.
Se seus pais soubessem aonde ela estava naquele momento, a matariam. Mas... sorte dela que eles estavam viajando e a deixaram na responsabilidade de cuidar da casa, casa essa em que ela nem estava dentro. Mas não fazia mal, eles não descobririam.
Um cara do cabelo arrepiado e pintado de vermelho esbarrou nela, e ela apenas sorriu de forma boba para ele enquanto ele passava. Já sentia que seu corpo estava lento demais. O efeito enfim estava começando a surgir, apesar de ela achar que havia demorado bastante.
Estava daquele jeito quando sentiu alguém puxar o seu braço. Ela virou pro lado com raiva. Alguém esbarrar nela tudo bem, agora, alguém ficar puxando ela daquele jeito, era demais.
Ela virou pro lado de quem estava puxando seu braço, pronta pra começar briga com algum babaca qualquer quando levou um susto.
Era uma loira, de olhar bastante sério, e com o que parecia ser uma tinta vermelha no rosto, quem estava segurando seu braço com força. J sentiu seu corpo se arrepiar mesmo sem saber o porquê disso e ficou mais irritada ainda.
– Quem você pensa que é para tocar em mim desse jeito? – J grita para que a outra pudesse escutá-la, procurando se soltar da mão da outra.
A loira se aproxima mais dela. J sente um cheiro metálico daquela tinta que a outra usava. Se é que aquilo era realmente tinta, agora ela desconfiava.
– Nós temos que sair daqui. Agora!
– Eu não conheço você, sua maluca!
– Não tenho tempo para ouvir suas lamurias, eles estão atrás da gente. – A loira começa a arrastar J que tentava de todas as formas se soltar dela. As pessoas ao redor pareciam não notar aquela situação.
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Eu, Rebecka
Paranormal⚠Atenção⚠: Para melhor entendimento leia: Os caminhantes ... Bastava se distrair um pouco e já era. A vida de Rebecka era um emaranhado de problemas. Seus pais já não suportavam o que vinha acontecendo na vida da sua filha mais velha e queriam dar...