Capítulo 10

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Bryan olhou para Celine com calma assim que ela bateu a porta na cara de Rebecka. Ah, como ele odiava aquela garota arrogante.

– O que você tem pra mim? – Celine pergunta se referindo a missão dele da noite passada.

Ele suspirou antes de responder qualquer coisa.

– É como a dominus já suspeitava. Eles estão atrás da Rebecka. Conseguimos uma confissão de um dos subordinados. É perigoso demais deixar ela bolando por ai como se não fosse ninguém importante pelas madrugadas afora. Eles estão desesperados por ela. É mais do que uma simples missão para eles.

O que não é nenhuma novidade. Celine pensou. Não estava gostando do rumo em que tudo aquilo estava tomando. Ela esfregou o dedo indicador nos lábios e Bryan sabia que ela só fazia isso quando ela estava bolando alguma ideia na mente. Ela voltou a encará-lo. Só que com mais ferocidade.

– Você pode imaginar o que eles querem com ela, Bryan. Você se lembra o que eles queriam com você quando lhe colocou essa marca, não se lembra? Sabe os riscos que ela está passando e que podem ser muitos piores do que os que você passou.

Ele engoliu em seco e Celine viu o terror do passado confrontar os olhos dele. Ele estava se recordando de tudo. Instintivamente ele pegou na tatuagem em seu rosto. Celine não deixou aquilo despercebido. Depois de acalmar os próprios pensamentos ele tornou a olhá-la.

– O que quer que eu faça?

– Prepare nossos caçadores. O alerta é em nível ômega. Não podemos vacilar. Creio que o que está prestes a acontecer tem a ver com os nossos antepassados. Preciso me antecipar e pesquisar quanto a esses assuntos.

– E quanto à Rebecka?

– Isso é muito simples: vou vigiá-la dia e noite a partir de agora. Ela não sairá de nossas vistas.

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Rebecka balançava as pernas para a frente e para trás, sentada no banco de pedra que tinha no canto do salão principal de oração. Sua impaciência era visível e seu temor chegava a ser palpável. Ela não sabia como resolver seu problema, só sabia que não adiantaria nada fugir naquele momento.

– Não está colocando pensamentos idiotas nessa sua cabeça oca, não é? - Uma voz lhe tira dos seus pensamentos.

– Vai se ferrar, Bryan. Nada do que eu faço diz respeito a você. - Ela resmunga. 

Bryan revirou os olhos.

– Celine pediu para você ir ao local proibido. – Ele fala sem muito entusiasmo.

– Como você me garante que não está querendo me ferrar?

– Como assim, sua idiota?

– O local é proibido seu imbecil. Você com certeza tá querendo me ferrar. Eu não vou. – Rebecka cruza os braços.

Bryan bufa e seu rosto fica levemente vermelho.

– Odeio ter que tomar essa atitude, mas como é com você, não vou me sentir tão culpado assim.

Depois de falar isso, Bryan segura firme no braço de Rebecka. A cor da tatuagem no rosto dele muda e Rebecka se assusta com o que vê. Mas parece que o efeito que ele desejava não se cumpre. Pois Rebecka continua na mesma. Uma das sobrancelhas dele se ergue e ele olha para Rebecka com desconfiança e desespero.

– Por que você não desmaiou? – Ele pergunta ainda com aquele olhar assustado.

– Do que diabos você está falando?

Ele aperta o braço dela com mais força e dessa vez ela sentiu dor.

– O que aconteceu com você ontem à noite? - Ele a encara, inquisidor. 

Eu, RebeckaOnde histórias criam vida. Descubra agora