Capítulo 4

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Sem Revisão
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E com essa ação,consigo analisar seu rosto de perto. Ele possuía uma barba por fazer,traços firmes no rosto,uma boca fina,mas o que mais me chamou a atenção não foi sua fisionomia e sim seus olhos. Que olhos! Eles eram um verde folha,num tom claro alternando com escuro. Parecia possuir uma auréola em volta. Simplesmente... perfeito. Só havia visto um olhar desses uma única vez. Mas não...foco Melany! Esqueça o passado!

Droga...esse homem é lindo!

Ashley,eu te mato por ter tanta razão!

Para! Eu sou noiva!

– Perdeu a voz,senhorita Smith?

Essa voz... é para acabar com o psicológico de qualquer uma!

– Não! E-Eu não perdi.

– Está nervosa é?

– Não! - Sim! Eu tô!

– Então,o que me diz?

– Estou surpresa de encontrar o senhor. Peço perdão pelo que lhe disse ontem,estava cansada da viagem.

– E resolveu descontar nos outros? Que feio senhorita.

Como se a culpa fosse só minha!

Idiota!

– Olha,eu sinto muito. Vim aqui para a entrevista de emprego. Mas se o senhor não deseja perder seu precioso tempo comigo,tudo bem. Não vou insistir. Tenha um bom dia. - digo,me virando e indo até a porta,com o coração em pedaços por não ter conseguido a vaga.

– Me dê o currículo.

Eu ouvi direito?! Ele vai me dar uma chance?

– Oi?

– Você é surda ou o que? Me dê logo a droga do currículo!

Ignorante!

Viro-me e sigo de volta para mesa,no entanto,no caminho tropeço na beirada do tapete da sala,indo ao chão,espalhando todos os papéis.

– Essa não! Eu quero me matar!

Ouço-o suspirar,parecia estar se segurando para não me esfolar viva. Começo a recolher os papéis de joelhos. Ele dá a volta na mesa,ficando de frente para mim,de braços cruzados,apoiando o quadril na mesa. O último estava nos pés dele.

Eu não mereço isso!

Não! Realmente,não mereço!

Quando vou até lá pegar,ele se abaixa e o toma antes de mim. Era meus dados pessoais do currículo. Eu me levanto do chão,com a cabeça baixa, totalmente envergonhada.

– Melany Rose Smith...25 anos. Melany…?!

Ele sussurra meu nome. Se eu não o conhecesse diria que estava surpreso pelo meu nome.

Ele levanta o olhar para mim, surpreso,e me analisa de cima a baixo. Ele balança a cabeça em negação,e volta para atrás da mesa, se sentando.

– Pode ir.

– M-mas…

– Vá! Agora!

– E-Eu…

– Saia! - grita ele.

Eu me encolho diante do seu grito,e saio da sala às pressas.

Meus olhos se enchem de lágrimas não,derramadas.

Mesmo Sem EstarOnde histórias criam vida. Descubra agora