Capítulo 40

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**No capítulo abaixo contém cenas e palavras de violência!**

Sem Revisão!
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- Acorda sua Imbecil!

Ouço,seguido de um chute nas minhas costelas. Com dificuldade,abro os olhos e o lugar estava escuro,com apenas uma lâmpada acesa. Parecia um galpão.

- A negrinhazinha acordou. A patroa vai adorar saber disso. - ouço um homem dizer,e logo,um chute na minha barriga é dado,me fazendo perder o ar.

Sinto meu corpo todo dolorido e dificuldades para respirar. Levanto assustada e as dores se tornam ainda mais fortes.

Meu filho...

Desço minhas mãos para minha barriga,na esperança que ele ainda esteja lá.

Por favor,meu amor... não desiste de nós.

- Porra,mas ela é gostosa para caralho! Será que a patroinha deixa a gente brincar com ela depois? - diz outro cara,ainda de máscara,se abaixando ao meu lado,cheirando meus cabelos.

Asco me sobe a garganta,ao sentir o mesmo deixando beijos por todo o meu pescoço. Uso uma de minhas pernas e lhe dou um chute na barriga,fazendo o mesmo cambalear para trás,caindo sentado. Em segundos,sinto um puxão sobre o meu cabelo,e lágrimas se formam em meus olhos.

- Você me paga sua vadia!

- Ou! Ou! Ou! Já chega dessa porra! A menina deve estar viva para a patroa de vocês. Não ouviram as ordens?

Espera...essa voz...

Logo,o cara solta o meu cabelo,e torno a cair no chão. Ao olhar para o lado,diante de mim está ninguém mais ninguém menos que: Clóvis,o segurança de Lucca.

- Surpresa chefinha? - diz ele,me lançando um sorriso maligno.

- O-o que v-vocês Q-quem? - pergunto,pela primeira vez. Minha garganta estava seca,e por pouco,não consigo falar.

- Já vai descobrir. - diz Clóvis,saindo pela porta.

- Ainda não acabou vagabunda! Mal posso esperar para me enterrar nesse corpinho delicioso.

- Nem vem. Terá que dividir comigo. - conversam os dois caras,e saem rindo dali,me deixando sozinha.

Meus olhos lacrimejam e eu me encolho ali,num colchão qualquer que já estava ao chão,como um cachorro de rua. Abracei minhas pernas e chorei em silêncio.

Medo me dominava completamente...

Lucca,você precisa me encontrar...

Não desiste de mim...

Não desiste de nós...

Minhas mãos descem e envolvem meu ventre,na esperança de sentir qualquer sinal de vida do meu filho.

Meu filho...

Meu bebê...

Fruto do meu amor...

Meu e de Lucca...

- Meu amor,perdoa a mamãe. E-eu não sabia que você estava aí minha vida.

Um nó se forma em minha garganta,e respiro fundo,inundada em lágrimas.

- Seja forte meu bebê. Aguenta que já vamos sair daqui. O papai vai vir nos buscar,você vai ver.

Ouço um barulho de porta,seguido pelo ecoar de saltos batendo ao chão.

- Negrinha favelada... a quanto tempo espero por esse momento...

Mesmo Sem EstarOnde histórias criam vida. Descubra agora