Outro dia

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A rua estava movimentada, carros por todos os lados, pessoas iam e vinham. Dentro do carro estava Jack, afobado, olhando para todos os lados, tentando disfarçar. Com o veículo parado a frente da loja de celulares, ele olhava a cada minuto para a vidraça, impaciente.

Pôde ver seu parceiro através do vidro, batendo com a arma no balcão. Pegou o que queria e saiu da loja correndo.

- Liga o carro! Liga o carro! - veio disparado, sacudindo o saco cheio de dinheiro.

Ligou de imediato. Ao fundo viu o dono da loja sair com um bastão de beisebol em punho, indo em direção a ele. Todos na calçada se afastaram, assustados. Com a janela aberta, o bandido saltou para dentro.

- Dirige, moleque. Dirige!

O carro saiu em alta velocidade, desviando dos que estavam estacionados e parados no semáforo.

Fez uma curva violenta e seguiu para uma rua pouco movimentada. Não demorou para estarem em uma rua deserta. Parou o veículo, em um ferro velho, ao ver o jovem esguio, loiro e com um moletom preto, escorado em um sedan.

- Vamos - o mais velho saiu do carro e tirou a máscara de esqui - Jack - apontou -, veja se não deixou algo no carro.

Ainda tenso, Jack analisou cada ponto do veículo. Nada. Tirou as luvas e a máscara.

- Rápido - apressou o loiro que aguardara.

- Já vou - fechou as portas e foi até o carro junto com seus parceiros.

Todos estavam dentro. Jack, o piloto de fuga, ligou o veículo e saiu em alta velocidade. No semáforo parou quando vermelho. A frente viram uma viatura se aproximando rapidamente. Prenderam o fôlego, tentando agir normalmente. A viatura de sirene ligada passa direto. Logo atrás vem uma ambulância em alta velocidade.

- Deus - Jack suspirou.

- É isso aí! - o velho acompanhou a viatura com os olhos - Conseguimos. Bate aqui - bateu a mão junto com Zack, o jovem loiro.

- Você feriu alguém lá? - perguntou Jack, ao volante.

- Claro que não. Ouviu algum tiro? Vai ver algum velho teve um infarto. Sei lá. Vamos embora.

Já estava tarde, o veículo estava estacionado embaixo da ponte, enquanto os três contavam o dinheiro dentro dele.

- Filho da puta - Brian resmungou.

- O quê? - Jack olhou para o dinheiro em sua mão.

- O Dony mentiu. Não tinham dois mil naquele caixa.

- A gente foi lerdo. Como uma loja de celulares ia ter tanta grana assim? - debochou Zack.

- Cala boca - Brian rosnou.

Brian já tinha uma aparência de cão bravo. Careca, barbudo e com óculos para leitura - que quando sem, seu olhar ameaçador amedrontava qualquer um. - e ser encarado por ele quando exaltado não era lá das melhores sensações. Sendo assim, Zack deixou quieto.

- Eu pego ele. E vai ser hoje - Brian olhava fixamente para o porta luvas, falando enquanto esmagava as notas em suas mãos.

- O que acha da gente deixar o Dony para amanhã?

- Não - Brian olhou para Jack - Eu faço isso sozinho - abriu a porta do carro - Fizeram um bom trabalho hoje, meninos. Vão para casa. Eu cuido disso - fechou a porta com força, deixando a sacola com Jack e Zack.

- Ele pirou, de novo - Zack o olhava através da janela.

- Com certeza. Te deixo em casa?

- Pode ser - Zack vai para o banco carona. Jack ligou o carro - Acha que ele vai mesmo fazer isso? - guardou umas notas no bolso e o resto na sacola.

Era Zumbi: O Próximo MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora