Capítulo 24

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Adriana chegou ao hospital nesse instante.

- Cadê a minha amiga?

- Adriana... A minha filha... A minha filhinha tá paralítica e o pai dela me deixou pra sofrer sozinha...

A mãe entrou em desespero.

- O que eu fiz pra merecer isso? Até o meu neto que nem veio ao mundo está sofrendo e com risco de vida.

- O que?

Adriana sentou na hora e começou a passar mau. Eu xinguei todos os nomes possíveis na minha cabeça.

Um policial apareceu e me chamou:

- Eu sou o policial Chói. Você chegou primeiro ao local do crime, poderia me responder algumas perguntas?

- Você vai pegar o criminoso?

- Na verdade, pela placa do carro chegamos a uma pessoa e queremos saber se ela tem alguma ligação com a vítima.

- Quem é?

- Brunella Favalessa Vidal.

Eu mato ela, a que ponto que ela chegou? Isso é tudo por minha culpa?
Engoli em seco. Eu sou um ser humano desprezível.

- A Brunella é amiga da minha prima, ela apresenta sérios problemas psicológicos e é obsessiva, uma semana atrás ela foi ao meu apartamento e fez ameaças e tenho vídeos das câmeras de segurança do meu hotel que podem comprovar a visita dela.

- Ameaças? Quais tipos de ameaças?

- Ela disse que iria se vingar se eu continuasse com a Luna e que ela iria pagar por ter me roubado e coisas do tipo.

- Porque não relatou?

- Você teria relatado isso se fosse com você? Eu achei que fossem ameaças infundadas.

- Certo, eu vou emitir um mandato de prisão.

- Faça isso, se eu ver essa garota na minha frente posso acabar ferindo a legislação.

Disse e saí, o médico estava falando alguma coisa pra família e eu escutei a Adriana dizer:

- Ao menos isso.

- O que?- Perguntei.

- Seu filho está bem e a Luna já acordou, daqui a pouco vai receber visitas. A Margot foi consultar a situação do tio Sidney junto com os avós da Luna.

...

O médico liberou a entrada de duas pessoas por vez e como só estávamos eu, Drica e o Josh fomos eu e a Adriana.

Luna *P.o.V*

Eu acordei em um lugar muito claro, tinha um lençol branco em cima de mim e vários fios pelo meu corpo. O bip de um dos aparelhos estava me irritando e minha cabeça está doendo.

Um rapaz vestido de enfermeiro apareceu e quando me viu acordado fez perguntas e alguns testes então eu percebi que não sentia minhas pernas.

Ele chamou o doutor e eu quis acreditar que era apenas efeito da anestesia.

O médico me disse para descansar que depois explicaria minha situação, fez um ultrassom na minha barriga e uma dúvida surgiu na minha cabeça:

- O que é isso?

- Seu bebê, parece que por um milagre ele era intacto. Parabéns mamãe, ele ou ela vai crescer muito saudável.

Eu chorei e ele disse que vai liberar as visitas daqui a pouco. Quero contar para o Dante, será que ele vai reagir igual o Josh?

...

O tempo passou devagar, o Dante e a Drica entraram no quarto finalmente e eu sorri. Até que fim estou vendo eles.

- Eu devo ter dado um baita susto.

- Você nunca mais faça isso comigo.

Adriana me abraçou chorando.

- Como você está se sentindo?

O Dante perguntou.

- Minha cabeça dói um pouco e eu não sinto minhas pernas... É por causa da anestesia não é?

Silêncio.

- Porque ninguém me diz? É isso não é? A anestesia.

- Luna...

- Eu posso andar certo? Eu posso não é?

Tentei levantar mas não consegui então o Dante começou a chorar.

- Essa garota... Você está viva e eu te amo ainda mais por não ter me deixado. Agora você precisa descansar.

- Como eu vou cuidar do bebê? Como eu vou ensinar ele a andar se não posso nem mostrar como se faz? Você sabia que eu estou grávida? Eu estou grávida...

Comecei a chorar de desespero.

- Luna...

- Porque? Agora meu pai vai ter que me levar em uma cadeira de rodas até o altar.

A Drica chorou mais ainda e meu coração vacilou.

- Qual é o problema? Tem mais alguma coisa que eu não sei?

Hipocrisia Cor de RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora