Capítulo 28

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Dia 25 de dezembro:

- Nesse Natal eu só tenho a agradecer pela família que nós somos. E desejar que continuemos unidos e felizes.- Josh disse- Claro que não podemos esquecer de quem não está mais aqui com a gente, espero que eu consiga ser um pai como o Sidney foi.

- Vamos sempre nos lembrar dos bons ensinamentos que ele deixou.- Drica disse.

- Mas estando aqui agora, todos unidos e esperando ansiosos as duas vidas que virão ao mundo nos próximos dois meses eu e Drica resolvemos escolher o nome do nosso filho. Pode falar amor.- Josh disse.

- Ele se chamará Sidney Monteiro Duarte, em homenagem ao grande homem que o Sidney foi.

Eu já estava chorando, minha mãe disse:

- Ele deve estar feliz por ter sido uma pessoa tão especial, aquele velho bobo.

- Eu não sei nem como agradecer vocês.- eu falei chorando.

Nos abraçamos em família e começamos a comer quando de repente a Drica disse:

- Minha bolsa estourou.

- O que? Meu Jesus amado.- Joshua disse.

- E agora?- A Drica falou desesperada.

- Eu não sei.- O Josh disse suando.

- Peguem o carro, vamos, levem ela...

Começaram a correr e minha mãe foi pegar um pano para ajudar ela. Josh estava tremendo e o Luka teve que carregar ela até o carro.

Os pais da Drica foram junto e eles esqueceram de mim. Depois de quarenta minutos e umas cinquenta ligações que eu fiz o Dante voltou para me buscar.

- Desculpa te deixar pra trás.

Eu quase bati nele mas estou tão ansiosa e preocupada.

- Acelera esse carro, assim vamos chegar lá só ano que vem.

- Calma amor, eu estou na velocidade correta.

Bufei e liguei pro Joshua que não me atendeu.

- Ela tá em trabalho de parto a muito tempo... Eu deveria estar lá dentro com ela.

- Eu sei me desculpa.

- Sua filha tá estressada aqui dentro, ela está chutando com muita força.- Fiz drama.

- Chegamos filha, chegamos.

Ele tirou a cadeira do porta malas e me colocou em cima antes que ele me empurrasse eu saí correndo.

Cheguei na recepção e me informaram onde eu deveria esperar. Ficamos cerca de duas horas e o médico veio avisar que deu tudo certo.

...

O bebê nasceu com quase quatro quilos, ele é negro um pouco mais claro que o pai e tem os olhos e cabelos iguais aos da Drica.

Peguei no colo e ele se mexeu um pouco.

- Que coisa mais cheirosa da tia.

Eu disse. Nem parece que é recém nascido de tão bonitinho.

Os avós quiseram pegar ele e tinha uma fila enorme do lado de fora com todos os irmãos da Drica então eu tive que soltar o bebê.

Dante apareceu com uma garrafinha de água e um pedaço de bolo de chocolate pra mim.

- Obrigada.

- Você está se sentindo bem? Como é o neném?

- Ele parece mais com o pai do que com a mãe mas tem os olhos e os cabelos da Drica e está bem gordinho, ele é lindo.

- Não vejo a hora de ver a minha filha.

- Você não pode paparicar ela demais tá bom?

- Porque? É lógico que eu vou paparicar ela.

- A gente tem que comprar o berço, ainda não achei aquele que eu queria.

- Amanhã nós vamos olhar todas as lojas da rua então.

- Você trouxe a bolsa de pós parto da Drica? Tudo que ela precisa tá lá.

- O Josh não trouxe? Como eu ia saber disso?

Revirei os olhos.

- Vamos buscar, ela vai precisar.

Fomos e voltamos rapidamente. Não sei como ele não reclama de ter que me levantar toda hora. Eu estou muito gorda.

- Espera.

Eu disse antes de entrar no carro e ele veio correndo.

- Sua bolsa estourou?- Veio checar desesperado.

- Não... Eu quero comer fruta-pão frito.

- O que?

- Fruta-pão.

- Inacreditável, vamos procurar isso. Não quero minha filha com cara de fruta-pão.

Eu ri e ele me levou em um mercado de frutas. No mercado tinha uma senhora carregando alguns morangos no carrinho de mão então eu pedi o Dante pra comprar e logo depois eu vi algumas goiabas verdes enormes e me deu vontade de comer com sal, mais a frente tinha cajá e foi assim que compramos quase tudo que tinha.

Enquanto nós íamos de volta para o hospital eu conferi sacola por sacola pra ver se não tinha esquecido de nada.

- Você já olhou isso duas vezes.

- E o meu milho verde? Não tô encontrando.

- Milho verde? Tá aqui olha...

E foi assim que ele desviou da pista e em frações de segundo...

Hipocrisia Cor de RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora