Capítulo 25

74 17 0
                                    

O meu pai não venho me visitar até agora, eu estou esperando ele vim. Provavelmente ele está fazendo alguma cirurgia aqui no hospital, ou treinando alguma equipe.

Minha mãe não conseguiu ficar muito tempo porque estava chorando muito, a enfermeira aplicou uma medicação na veia dela e disse que ela vai descansar por um tempo.

Os meus avós também vinheram e disseram que estão orando por mim e tudo vai voltar ao normal.

O Josh apareceu com alguns donouts e disse que vai cuidar do Pitoco enquanto eu estiver aqui.

...

Uma semana depois:

Eu vou receber alta hoje mas o meu pai não apareceu, ele deve estar muito bravo por eu ter me machucado. Uma vez ele me levou no pula pula e eu caí e prendi meu braço entre duas molas aí acabou trincando. Meu pai brigou comigo por eu ter me machucado tanto e disse que não ia me levar mais no pula pula.

Assim que eu sair daqui vou ligar pra ele dizer que eu estou bem e não me machuquei tanto.

O Dante me colocou na cadeira de rodas depois que a enfermeira tirou todos os fios de mim. O médico disse para eu ir a fisioterapia sempre e me desejou coisas boas.

Quando saí minha família estava me esperando então nós fomos embora.

Estou com muita saudade de andar. O Dante parou na casa dos meus pais para que a minha mãe e meus avós descessem.

- Eu quero ver meu pai, me ajuda a descer? Pega a cadeira pra mim.

Pedi e o Dante congelou, minha mãe me olhou acabada e disse:

- Vamos entrar.

O Dante olhou pra ela como se suplicasse algo e depois seus ombros caíram derrotados, ele pegou a cadeira e me ajudou a descer do carro.

Para subir os degraus da casa seria bem difícil mas o Dante conseguiu me levantar.

- PAI, CHEGUEI.

Gritei sorrindo, ele deve estar feliz.

- Vem abrir a porta, sou eu.

Minha mãe abriu a porta chorando e eu percebi que realmente alguma coisa estava muito errada.

Entrei e fui até a sala, esperava ver meu pai sentado na cadeira dele com um jornal na mão. Mas vi um pote.

- Cadê meu pai?

- O seu pai faleceu no dia que você sofreu o acidente.

Minha mãe disse desfalecida.

Eu não consegui fazer nada, ele morreu por minha culpa? Eu matei meu pai. Engoli um no que se formou na minha garganta e disse:

- Porque eu só estou sabendo agora?

- Por causa da sua saúde, nos cremamos ele pra que você pudesse estar junto quando formos depositar as cinzas.

- Me leva pra casa.

Eu pedi ao Dante, no caminho não falei nada com ele.

- Já coloquei suas coisas no meu apartamento.

Ele disse. Quando chegamos ao apartamento ele colocou algumas roupas minhas na cama e disse que eu poderia ficar a vontade.

Eu assenti e ele saiu do quarto.

Movi a minha cadeira até a janela do quarto e fiquei lá. Eu perdi o meu pai, ele morreu de desgosto. Porque eu tinha que ter tanta má sorte? Eu sou inútil, fiquei me preocupando com independência enquanto podia ter ficado mais tempo com meus pais.

No criado mudo tinha um convite muito bonito. Peguei o envelope pérola e com renda, abri e estava escrito: convite de casamento Adriana Monteiro & Joshua Duarte.

Coloquei o convite na mesa e tirei a minha aliança de noivado. Ele merece alguém melhor do que eu, ele pode se casar com a Brunella, não vou deixar ele preso a uma pessoa como eu.

Dante *P.o.V*

Ela não derramou nenhuma lágrima, parece estar tão... Sem vida depois de ter recebido a notícia. Comprei uma fritadeira de donouts, nem sei se esse é o nome mas vou fritar donouts pra ela todos os dias.

Ouvi a porta se fechando e então perguntei:

- Quem é? Luna?

Fui até o quarto e o convite do casamento da Drica estava aberto e em cima a aliança da Luna.

Saí correndo e quando eu olhei elas estava virando no corredor que leva para a escada.

- LUNA.

Corri rapidamente como nunca na minha vida. Cheguei antes que ela se aproximasse da escada e a detive.

- Você.tá.pensando.o.que?

- Me deixa ir Dante, vai ser melhor pra você.

- Você tá brincando comigo? Sabe o quanto eu amo você? Eu a amo mais do que qualquer pessoa, se você me deixar o que eu faço? Pensou no nosso filho? Você não está sozinha... Você vai tirar duas vidas de mim Luna, seu pai não morreu por sua culpa, ele estava doente faz tempo mas não contou para ninguém. Ele tinha cerca de um mês de vida, o que aconteceu só fez com que ele sofresse menos.

- Do que você está falando?

- No testamento dele ele disse que você deveria ser sempre feliz e que a lembrança do seu sorriso fazia ele descansar bem todas as noites mesmo quando a dor parecia insuportável. E ainda pediu para que você fosse feliz.

Nesse momento ela começou a chorar compulsivamente e se agarrou a minha camisa.

Hipocrisia Cor de RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora