Acordei com o barulho das buzinas, odeio dias agitados. Esse é um dos problemas de morar na Avenida Principal.
Fiz minha higiene, trancei meu cabelo e coloquei uma coroa de flores em tons claros de rosa, uma blusa com alguns pássaros que parecem estar livres, uma saia rosa mais escura e uma gladiadora clara. Passei um gloss cor da boca, base, pó e um blush que faz minhas bochechas terem um pouco de cor.
Peguei minha bolsa rosa salmão coloquei meu celular, carteira, balas e mais alguma coisa que eu possa precisar pra relaxar hoje.
Geralmente ninguém precisa dizer o que eu preciso ou não fazer, mas estou tão desorientada que até o Dante (o porteiro) teve que abrir a porta porque eu não estava conseguindo (ao invés de empurrar eu estava puxando).
- Teve pesadelos cor de rosa?- Perguntou sarcástico.
- Não é da sua conta.
- Acordou de mal humor?
- Eu não, já você parece estar em estado constante de mal humor.
- Falou a meiguice em pessoa.
- Você é bizarro.
- Bizarro?- Arqueou a sobrancelha direita.
- É, tipo... Ridículo.
Ele me olhou torto e se recompôs...
- Você não me acha ridículo.- Disse sério.
- Acredite, eu acho.- Não acho não.
Ele riu, olhou pra baixo e depois me encarou com aquele sorriso de lado perfeito que ele deve fazer pra que as outras meninas se derretam.
- Você não me acha não, eu devo ser o cara mais lindo que você já viu.
Foi a minha vez de rir, eu ri como a tempos não ria.
- Olha só David...
- Dante.- Me corrigiu.
- Que seja... Olha só Dante, não tenho tempo pra ficar discutindo com você. Tchau.
Disse e saí logo, revirei os olhos e ri. Ele é idiota, só que um idiota que eu gosto de implicar.
Estava andando a um bom tempo e estava cansada. Já caminhei uns seis bairros.
- Ei gata, mamãe e papai esqueceram de dar sua mesada?
Um cara que estava em um grupo implicou.
- Eu acho que o motorista particular dela deve ter se atrasado.
Disse outro cara e todos os outros riram.
- Quer uma caroninha?
Apressei o passo e com menos de dez minutos cheguei na casa da Drica. Fui entrando, chamei por ela e ninguém respondeu.
- Lua?
- Oi Laura, cadê a Drica?
- Adriana está no trabalho, você também não devia estar lá?- Perguntou com o cenho franzindo.
Esqueci completamente, não acredito que andei até aqui à toa.
- Ah, não... É uma longa história. Eu vou indo então.
- Senta aí, você parece estar cansada. Veio correndo do ponto de ônibus até aqui?
- Na verdade eu vim a pé.
Ela me olhou desacreditando e eu dei de ombros.
- Senta, toma um copo de água. Faz um bom tempo que você não vem aqui.
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Hipocrisia Cor de Rosa
RomansaLei n°9.610- Plágio é crime, 10/05/2017. Lua Alonso tem a personalidade forte, luta pelo que quer e tem uma vida toda escrita (com caneta cor de rosa); isso até ela se apaixonar pelo mesmo garoto que a sua melhor amiga é apaixonada e sua vida m...