Kent, 1855.O dia em que Agatha Crane decidiu que se casaria com Ethan Denbrook tornou-se uma data inesquecível. Memorável. Decerto porque, a despeito do desânimo aparente do futuro noivo, a menina fez questão de mencionar a novidade das bodas todas as horas, de todos os dias, durante o verão de 1855 que passaram em Aubrey Hall, em Kent.
Quando chegou a vez de seus pais, Oliver e Isabella Crane, ouvirem a notícia, eles esboçaram um belo par de sorrisos acolhedores. Um amor nascido na mais tenra idade, eles sabiam por conhecimento próprio, não era algo que merecesse ser desprezado. Isabella também amara seu marido desde que era uma menininha. E o amaria até seu último suspiro de vida na Terra.
Oliver pegou a filha no colo, aninhando-a em seus fortes braços, e a observou por um momento precioso. Ainda ficava maravilhado com a semelhança que havia entre sua adorável esposa e a menina. Não apenas pela cor vibrante dos cabelos ruivos de ambas, mas Agatha também tinha um olhar franco e obstinado, que recordava Isabella na época da infância. Depositando-lhe um beijo no topo da cabeça da menina, ele deu a sua benção ao matrimônio. Desde que esse ocorresse dali a duzentos anos.
– Ah, papai! – a garotinha exclamou, achando graça. Ainda rindo, abraçou forte o pai e repousou a cabeça em seu ombro.
Se ele soubesse...
Naquele verão, Agatha fez uso de toda a sabedoria adquirida em seus cinco anos de existência para convencer o relutante Ethan que eles deveriam viver felizes para sempre. Juntos. Casados. Mas sem beijos. Beijos, pelo o que ela notara, eram molhados e nojentos.
– Você pode parar de me seguir, por favor? – disse Ethan educadamente, certo dia, tentando conter a irritação. Meses antes seu tutor lhe ensinara que manifestar emoções tolas não era digno de um futuro conde.
Agatha não parou, entretanto. Pelo contrário, a menina de cabelos cor de fogo foi mais diligente que a própria sombra de Ethan na missão de segui-lo. Sentava-se ao seu lado à mesa enquanto tomavam café da manhã na ala infantil. O mesmo acontecia no almoço e jantar. Quando não estavam comendo, ela se oferecia para participar de qualquer que fosse a atividade em que o objeto de sua afeição estivesse envolvido. Ethan, por sua vez, sempre recusava com veemência, preferindo a companhia dos meninos de sua idade. E na opinião de rapazes de dez anos, garotas eram irritantes e pegajosas, motivo pelo qual deveriam ser evitadas. Terminantemente.
Nada o que a menina fazia parecia dar certo. O verão terminou, e Ethan partiu junto com sua família, para visitar alguns parentes em Hampshire. Para seu profundo desalento, ele foi embora sem ao menos despedir-se dela. Tampouco formalizar um pedido de casamento.
No ano seguinte, os Denbrooks viajaram para França por meses, o que deixou Agatha desolada. Ela ansiava ver mais uma vez o menino de olhos impressionantemente cinzas, como se fossem feitos de prata derretida no fogo, os cabelos encaracolados, cor de chocolate. O mesmo doce magnífico que seu tio Benedict lhe trazia de Londres, todas as vezes que viajava. E também tinha sua voz. O som de sua voz era magnífico.
Demorou mais dois anos até que o conde e sua família estivessem livres para aceitar o convite do visconde Bridgerton para uma estadia prolongada em sua casa de campo. Lorde Tilghman era dono de seis propriedades espalhadas pela Inglaterra, além de uma casa na França e um castelo na Escócia, e em virtude disso, passava boa parte de sua vida viajando e administrando suas terras.
Em uma bela tarde de domingo, Ethan e seus pais chegaram à residência do visconde. As horas de viagem haviam sido exaustivas, contudo, o garoto já havia se acostumado com o desconforto causado pela má qualidade das estradas e o tédio de permanecer enclausurado dentro do espaço limitado do veículo. Embora nunca reclamasse, não podia negar a euforia que sentia quando pousou seus pés outra vez ali. Adorava aquele lugar. Os Bridgertons eram uma família grande, desta sorte, todas as brincadeiras contavam com um número considerável de participantes. O que para um filho único era o verdadeiro céu.
Ele estava tão entusiasmado que, por alguns minutos, esqueceu-se da ruivinha pedante que testara seu autocontrole alguns verões antes. Não se lembrava do nome da garota. Mas, quando os preciosos minutos de distração acabaram, a primeira coisa que veio à mente é que deveria se manter afastado daquela coisinha irritante.
Ethan era ainda mais lindo que Agatha se lembrava. Ela precisou conter-se para não sair correndo em sua direção assim que o menino atravessou o vestíbulo. Damas não corriam, sua mãe havia lhe ensinado. Aparentemente, existia uma interminável lista de regras que as meninas deviam seguir se desejassem um bom casamento. Tendo isso em mente, Agatha tentou piamente domar sua natureza voluntariosa, para que Ethan visse que ela era uma dama.
Uma dama em formação, na verdade.
– Aceita um pouco de chá, milorde? – Agatha indagou, esmerando-se para agir exatamente como sua tia Kate fazia com seus convidados. Ela aproveitou a primeira refeição do dia para pôr em prática seu plano em mostrar sua refinada educação.
Ela sentia-se uma verdadeira lady. Foi inevitável não moldar os lábios em um sorriso de puro orgulho de si mesma.
O futuro conde Tilghman, que estava sentado no lado oposto da mesa, precisamente de frente para Agatha, ao ouvir a pergunta, interrompeu o movimento de seu braço, congelando-o no ar, um pouco antes de alcançar a boca. Sua mão segurava uma xícara de porcelana chinesa, decorada com pequenos traços dourados que se entrelaçavam em delicadas flores azuis. A xícara estava cheia de chá fumegante, que acabara de ser servido por uma criada roliça, de estatura pequena. Franzindo o cenho, Ethan observou a menina o encarando com os olhos cintilantes. Sua mãe já havia o admoestado para que tratasse a filha do senhor Oliver com delicadeza, assegurando-se de não ferir seus sentimentos. Por isso, ele tentou sorrir, e então respondeu:
– Eu já fui servido. – tomou um gole longo de chá, como se precisasse comprovar sua afirmativa, e, em seguida, acrescentou: – Mas obrigado por perguntar, Agatha.
Santo menino Jesus! Ele acertara seu nome pela primeira vez! A menina passou o dia inteiro de bom humor depois disso, lembrando o som que as letras de seu nome emitiam ao escaparem dos lábios de Ethan. Grande parte do tempo, ele raramente se dirigia a ela. E quando o fazia, a chamava de "Alba", que, na verdade, era o nome da filha do administrador do seu tio Anthony, que vivia nos arredores da propriedade.
Após esse pequeno – porém, muito comemorado – avanço, as esperanças de Agatha foram renovadas. Confiante em seu final feliz, igual ao das histórias românticas que sua mãe lhe contava antes de dormir, ela deu início ao próximo passo imprescindível para a formação de uma dama. O bordado. Aos oito anos ela havia tido somente algumas aulas, no entanto, sua natureza determinada não permitiu que desistisse quando o primeiro bordado não dera certo. Arranjou um novo lenço de linho, e pôs-se a bordar outra vez. No sétimo lenço, finalmente, ela conseguiu terminar o trabalho. Com linha azul, que descobrira ser a cor preferida de Ethan, ela bordou as iniciais do nome dele em um elegante lenço branco.
– B e O? – o menino observava o tecido, confuso.
Usando a pontas dos dedos ele contornou os pontos grotescos e disformes. O bordado estava torto. Do outo lado do tecido era ainda pior. Um emaranhado de linha formavam uma camada grossa, embolada. A aparência era deplorável. Agatha viu na expressão dele que o presente o desagradara. As suas bochechas coraram, quase se igualando a cor do seu cabelo. Fitando os próprios pés, uma vez que não tinha coragem de encarar a decepção que provavelmente estampava o rosto de Ethan, ela tentou se explicar:
– Na verdade. – resmungou, os ombros ligeiramente curvados. – É um "E" de Ethan e um "D" de Denbrook.
– Ah. – ela o ouviu exclamar, e se sentiu mortificada com aquele som constrangedor.
O tempo havia amanhecido agradável naquele dia. O sol cintilava no céu em todo seu esplendor. As crianças maiores aproveitaram para nadarem no lago, uma excelente maneira de aplacar o calor repentino. Seus primos Miles e Alexander, pescavam. Violet Bridgerton, sua bisavó, brincava com as crianças menores, no grande caramanchão construído ali perto. O mundo seguia seu rumo, todavia, Agatha não se atentou para nenhuma das cenas que se desenvolviam ao seu redor, seus olhos estavam fixos no chão, como se ela estivesse contando os grãos de terra em volta dos seus sapatos. Ela precisava sair dali. Sentia-se uma tola.
– Não precisa aceitar o presente, se não desejar. – disse, dando de ombros. Valendo-se do seu último resquício de orgulho. – Eu ainda estou aprendendo a usar a agulha de bordado. Não é grande coisa.
Agatha ergueu a cabeça e esperou que Ethan se decidisse. Em seu íntimo, ela desejou que ele não se importasse com a aparência do objeto, e sim, com todo sentimento e dedicação nele empregados. Levara o dia anterior todo trancada no quarto bordando. Às vezes, ela era sonhadora além do recomendável...
– Tudo bem, então. – o menino dobrou o lenço laconicamente. Não fugiu à atenção dela que, durante o processo, ele fez questão que a parte bordada ficasse encoberta. Quando terminou ele estendeu a mão e lhe ofereceu o lenço de volta.
Hum.
Idiota.
Exatamente naquele instante Agatha Crane, a despeito de sua pouca idade, aprendeu uma lição valiosa.
O amor não pode ser forçado.
***
Por obra do acaso, ou capricho do destino, durante anos seguintes, nas ocasiões em que Agatha viajara para Kent, os Denbrooks não puderam comparecer. E na época em que ela estivera explorando a Itália com sua família, Ethan e os pais se hospedaram por dois meses em Aubrey Hall.
Foi somente na primavera de 1864 que Agatha e Ethan voltaram a se encontrar.
Daquela vez, Agatha estava em Londres, acompanhada dos pais, para conhecer seu novo primo. Andrew Darwin Bridgerton nascera robusto e saudável, trazendo alegria a todos na Casa Bridgerton.
– Primo Edmund, seu filho é adorável. Ele tem os olhos do tio Anthony. – elogiou Agatha, segurando o bebê nos braços.
Mais tarde no mesmo dia, ela estava na sala de estar com as outras mulheres da família, tomando chá e comendo bolinhos, quando o mordomo entrou no recinto e anunciou a chegada de lorde Tilghman. O coração de Agatha disparou inadvertidamente, mas ela tentou controlar suas emoções. Não era mais uma criança boba e inocente. Tinha 14 anos, era uma moça educada e inteligente. E havia entendido que seus sentimentos não eram correspondidos. Mesmo que não tivesse como esquecê-lo simplesmente, correr atrás de Ethan como um cachorrinho não estava mais em seus planos. Ela sequer tinha um plano. Apenas deixaria a vida acontecer.
O conde foi o primeiro adentrar a sala. Ethan surgiu logo após. Com sua usual polidez aristocrática, pai e filho cumprimentaram as damas, curvando-se em uma reverência impecável. Em seguida, transmitiram à Lady Susanne votos de felicidade e saúde para seu bebê. Devido a uma forte gripe a condessa precisou permanecer acamada, recuperando-se. Os homens da casa foram incumbidos da visita, em seu nome, para parabenizar os amigos.
Agatha perdeu o fôlego quando viu o rapaz – não mais um menino – diante de seus olhos. Ele havia crescido, estava quase tão alto quanto o pai, que era um dos homens mais altos que ela já vira. Seu cabelo, agora aparado em um corte mais rente, ainda a fazia se lembrar de um delicioso chocolate. Os traços firmes e angulosos de seu rosto lhe garantiam um ar de masculinidade cativante, que quase a fez gemer audivelmente. Céus! Ele estava lindo. Em algum canto de si mesma, ela havia guardado a esperança que ele se transformaria em um nobre gorducho, com indícios nítidos de calvície e nariz protuberante. Além de uma personalidade arrogante e tediosa. Então ela poderia levantar as mãos ao céu e agradecer por ele nunca a ter dado atenção. E finalmente ser liberta do encanto que Ethan Denbrook lançou sobre ela.
Mas contrariando o que Agatha desejara, ali estava Ethan, um jovem belo, de modos irrepreensíveis e um espírito doce. Ele fazia com que ela se apaixonasse um pouco mais por ele a cada momento em que dizia algo inteligente ou engraçado. Ou quando, por alguns instantes furtivos, o pegava distraído, e aproveitava para admirar cada contorno do seu rosto.
Assim que passou pela porta, Ethan foi atraído pela cor vivaz e lustrosa, um tom escarlate que sobressaía à decoração predominantemente em tons pastéis da sala. Ela se destacava. Levava os cabelos lisos soltos, até a altura da cintura, o que era incomum. Geralmente as senhoritas apresentavam-se de cabelos presos, como ditava o costume. O rapaz precisou de alguns segundos para processar o fato de que seu corpo havia reagido inapropriadamente à figura de Agatha.
Todos os traços da infância a tinham abandonado. O que se via ao olhar para ela era uma beleza exótica, um prenúncio da mulher extraordinária em que se transformaria. Seu comportamento também estava surpreendente digno de uma garota bem nascida. Ela o tratou com cortesia e amabilidade, sem pressioná-lo em nenhum momento sobre casamento, um cachorro branco para a casa de campo deles, oito filhos como sua bisavó tivera e todas as coisas desmedidas que costumava mencionar no passado.
Aquela foi uma tarde agradável.
Quem poderia prever? Que de modo natural e simples, tudo que Agatha desejou pudesse acontecer. Ethan estava rindo de suas anedotas. E também a incluía sempre que possível na conversa. Eles estavam se conhecendo.
- Eu a peguei no colo, garotinha. - ele zombou, enquanto ela cortava mais um pedaço de bolo para servi-lo.
- Então, terei que considerar meus pais dois irresponsáveis por permitir tal feito! Você mal sabia andar e falar quando eu nasci, era só um pouco mais crescido que um bebê.
Ethan sorriu, curvando apenas um lado do rosto. Santo menino Jesus! Era o sorriso mais lindo que ela já testemunhara. Atordoada com aquela visão encantadora, a jovem distraiu-se e acabou sujando o dedo de glacê. Como estava apenas entre pessoas íntimas, ela não usava luvas e, antes de pensar na impropriedade do que estava prestes a fazer, Agatha levou o dedo indicador aos lábios e lambeu o recheio, deslizando a língua por toda a extensão do dedo, até que a sua mão estivesse limpa por completo.
O rapaz, que assistia a tudo hipnotizado, remexeu-se no sofá, desconfortável. Maldito corpo viril e inflamável! De repente, a temperatura pareceu esquentar. Ele desejou poder retirar ao menos a gravata. Estava sufocando, mais alguns minutos e morreria asfixiado.
Nada antes o despertara de maneira tão visceral como Agatha Crane com os cabelos soltos e ligeiramente bagunçados, sugando o próprio dedos, moldando seus apetitosos lábios em um bico sensual. E ela sequer tinha consciência do que estava causando nele. Deus do céu, Ethan praguejou, a garota acabara de sair da infância, e ele já a maculava com esses pensamentos impertinentes.
Pensamentos impertinentes bem específicos.
Resistindo ao impulso de fechar os olhos e entregar-se à fantasias próprias de um rapazote que acabara de descobrir os prazeres carnais, dois meses antes, quando foi com seus amigos a um bordel em Somers Town, ele desviou o olhar e tentou concentrar-se na conversa que seu pai estava tendo sobre irrigação com o duque de Hastings.
Na manhã seguinte, Ethan estava cavalgando no Hyde Park com os amigos do tempo de escola quando viu Agatha caminhar à beira do Serpentine. Com um gesto de mão e uma breve despedida, ele afastou-se do grupo e mudou de direção, indo de encontro a ela.
Agatha não ouviu o som dos cascos do cavalo pisando nos cascalhos. Ela estava ocupada demais aproveitando a beleza daquela área verdejante, repleta de árvores. Era a segunda vez apenas que passeava pelo Hyde Park. A maior parte do tempo os Cranes preferiam a tranquilidade de sua propriedade no campo.
Só quando viu uma sombra projetar-se no chão, ao seu lado, ela virou-se e foi surpreendida com a presença de Ethan, montado em um grande cavalo, um puro-sangue inglês, de pelos brancos como a lã e porte impressionante. A crina caída, quase cobrindo os olhos impressionantemente azuis. Evidentemente, Agatha só reparou em Ethan.
- Posso acompanhá-la em seu passeio, senhorita? - ele perguntou, descendo do cavalo.
Ela deu de ombros, tentando conter a alegria que sentia.
- Se o seu cavalo não morrer de tédio acompanhado o ritmo pacato dos meus passos...
- Você vai ficar impressionada ao descobrir que a opinião de uma criatura de quatro patas não é levada tão em conta assim no nosso mundo.
Sorrindo, ela aproximou-se do animal. Uma vez que nasceu no campo, ela não tinha o medo infundado de bichos, como as outras moças de sua idade.
- Não escute o que ele diz. - ela disse ao cavalo, acariciando sua fronte. - A sua opinião é muito estimada por mim.
Ethan estava rindo da forma solene que ela se dirigia a Platão, ainda que não passasse de um gracejo.
- Tanto é. - ela continuou, séria. - Que eu colocarei o meu destino em suas mãos. - Agatha fez uma pausa, pensativa. - Ou patas, neste caso. Faremos assim, se relinchar duas vezes seguidas eu e Ethan caminharemos juntos. Agora, se você, sendo um cavalo inteligente, decidir permanecer em silêncio, seguirei meu caminho e deixarei seu dono inteiramente para você.
Ethan estava parado atrás dela, não conseguia vê-lo, apenas sentir seu cheiro. Ela encarou o cavalo, sem desviar o olhar. O bicho mais parecia uma estátua, daquelas que se admirava nos museus, do que um ser vivo. Mas então, quando ela estava a ponto de se dar por vencida, Agatha escutou o som mais lindo de toda a natureza.
Um relinchar forte e audível. Seguido por outro.
Ela sorriu.
Bendito cavalo! Que sorte tivera.
Ethan sorriu.
Bendito cavalariço! O homem havia ensinado alguns truques ao animal. Bastava coçar a orelha uma vez se quisesse que empinasse, sustentando-se apenas pelas patas detrás. E cada vez que alguém apertava o nariz, Platão relinchava.
- Vamos? - Ethan lhe ofereceu o braço. Ela olhou de relance para a sua acompanhante, que estivera todo tempo sentada sob a sombra de uma árvore, e fez um gesto para que a mulher a seguisse à distância.
Um dia, Agatha refletiu, contaria aos seus netos sobre aquele adorável passeio, e então, poderia confessar que sempre soubera que o cavalo do avô do jovem Ethan era adestrado.
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Como enlouquecer um conde
FanfictionAgatha Crane vive uma pacata e feliz vida no campo, até que um dia uma visita inesperada e inoportuna ameaça pôr fim à sua tranquilidade. Desesperada, a jovem impetuosa fará o que estiver ao seu alcance para afastar um certo hóspede indesejado, mete...